ape
Acta Paulista de Enfermagem
Acta Paul Enferm
0103-2100
1982-0194
Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo
Resumen
Objetivo
Evaluar la incidencia y los factores asociados a los accidentes de trabajo con material biológico ocurridos durante la limpieza de productos para la salud por profesionales de equipos de enfermería en Brasil.
Métodos
Estudio de cohorte retrospectivo realizado entre 2015 y 2019. La población fue dividida en dos grupos para fines comparativos, uno con profesionales que sufrieron accidentes durante la limpieza de productos para la salud y el otro grupo con profesionales que se accidentaron en otras circunstancias. Los datos del estudio se extrajeron del Sistema de Información de Agravios de Notificación (número de accidentes) y del Registro Nacional de Establecimientos de Salud (número de profesionales). Se analizaron los factores asociados a la incidencia de accidentes de trabajo con material biológico (variable dependiente) durante la limpieza de productos para la salud mediante la regresión de Poisson múltiple.
Resultados
El índice promedio de incidencia de accidentes de trabajo con material biológico fue de 115,0 casos cada 100.000 profesionales de enfermería entre 2015 y 2020; y entre los técnicos de enfermería, la incidencia fue de 151,6 casos cada 100.000 profesionales. Se verificó que el riesgo de accidentes fue 2,49 veces más grande en exposiciones precutáneas entre los profesionales de enfermería. El riesgo de accidentes fue 1,87 veces más grande cuando el material era sangre. El riesgo aumentó más cuando el agente eran hojas/lancetas y otros agentes.
Conclusión
El índice de incidencia fue alto y se asoció a los factores demográficos, laborales y relacionados con el accidente.
Introdução
Os ambientes de saúde apresentam uma variedade de riscos, sendo o risco biológico o mais comum e o de maior incidência. Ele é definido como a probabilidade da ocorrência da exposição ocupacional a agentes capazes de promover efeitos adversos à saúde e é frequentemente envolvido na ocorrência de acidentes de trabalho com exposição a material biológico.(1)
Dentre as unidades hospitalares com maior magnitude de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, está o Centro de Material e Esterilização, onde os trabalhadores estão frequentemente expostos a diversos riscos laborais, sobretudo o biológico.(2) O Centro de Material e Esterilização é uma das unidades de apoio indispensáveis para o funcionamento de um serviço de saúde, uma vez que é o local específico para o processamento de Produtos Para Saúde. É dividido em área suja, denominada de expurgo, onde são realizados os procedimentos de limpeza e secagem dos materiais, e em área limpa, onde os Produtos Para Saúde são preparados, empacotados, esterilizados, guardados e distribuídos.(3,4)
A limpeza é uma das etapas mais importantes para o sucesso do processamento de Produtos Para Saúde, mas também é a que oferece mais risco ao trabalhador que permanentemente manuseia os Produtos Para Saúde contaminados. No expurgo, os Produtos Para Saúde oriundos de todas as unidades assistenciais são submetidos a diversas etapas que requerem o contato das mãos do trabalhador, o que aumenta a chance de acidentes de trabalho com exposição a material biológico.(3-5)
Os acidentes de trabalho com exposição a material biológico apresentam elevada magnitude. Nos Estados Unidos, estima-se que 385 mil profissionais de hospitais sofram acidentes de trabalho com exposição a material biológico a cada ano.(6) No Brasil, os acidentes de trabalho com exposição a material biológico também representam importante problema de saúde pública. No período de 2010 a 2016, foram notificados 243.621 acidentes de trabalho com exposição a material biológico em profissionais da saúde, correspondendo a 34.803 notificações/ano. A taxa de incidência desses acidentes varia de 3,65 casos/1.000 profissionais da saúde/ano na Paraíba a 24,7 casos/1.000 profissionais da saúde/ano no Paraná. A maioria dos profissionais que se acidenta é do sexo feminino e adulto jovem. Além disso, 76,4% dos acidentes em 2016 envolveram profissionais da equipe de enfermagem (enfermeiros ou auxiliares/técnicos de enfermagem).(7)
Embora sejam frequentes no Brasil, estudos sobre a epidemiologia dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde têm sido pouco investigados, sobretudo nos profissionais de enfermagem, grupo com maior incidência. Há uma lacuna na literatura sobre a incidência dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico e seus fatores de risco, a qual se amplia quando se considera a análise de dados nacionais. Estudos epidemiológicos que avaliam esses aspectos são úteis para subsidiar a saúde do trabalhador dos profissionais de enfermagem, permitindo o planejamento de estratégias para diminuir riscos e a magnitude desses agravos no Brasil.(8) Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a incidência e os fatores associados aos acidentes de trabalho envolvendo material biológico ocorridos durante a limpeza de Produtos Para Saúde em profissionais da equipe de enfermagem no Brasil.
Métodos
Estudo de coorte retrospectivo. A população global do estudo foi composta de profissionais de enfermagem que sofreram acidentes de trabalho com exposição a material biológico e foram notificados, independentemente do tipo de circunstância do acidente, incluindo aqueles que se acidentaram durante a administração de medicamentos, descarte inadequado de materiais, procedimentos assistenciais básicos, entre outros. A população de interesse incluiu profissionais que sofreram acidentes durante a limpeza de Produtos Para Saúde e foi comparada àqueles que sofreram acidentes em outras circunstâncias. Neste estudo, foi considerado acidentes de trabalho com exposição a material biológico todo caso de acidente envolvendo exposição direta e/ou indireta do trabalhador a material biológico potencialmente contaminado por patógenos, por meio de material perfurocortante ou não,(9) cujo código da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) é o Z20.9.(10) Foram incluídos os seguintes profissionais, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): enfermeiros (CBO: 2235-05) e auxiliares (CBO: 3222-30)/técnicos de enfermagem (CBO:3222-05).(11)
Os microdados do número absoluto de acidentes de trabalho com exposição a material biológico foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os dados desse sistema provêm das fichas de notificação compulsória e investigação, incluindo as notificações dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico. O acesso ao banco foi concedido pela Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Além disso, foram utilizados os microdados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que contém informações sobre o número de profissionais de saúde dos serviços de saúde no Brasil.
O estudo incluiu notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico de profissionais da equipe de enfermagem de todas as 27 unidades da federação das cinco grandes regiões do Brasil: Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O estudo abrangeu as notificações registradas entre 1° de janeiro de 2015 e 27 de julho de 2020, data da última atualização dos microdados utilizados. A extração de dados ocorreu em dezembro de 2020.
O principal indicador analisado foi a taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos durante a limpeza de Produtos Para Saúde, no período de 2015 a 2020, conforme a fórmula:
Taxa de
incidência
Número de acidentes
ocorridos durante a
limpeza de Produtos
Para Saúde
Número de
profissionais da equipe
de enfermagem
×
100
mil
Para a análise dos fatores associados, a variável dependente foi a ocorrência de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a limpeza de Produtos Para Saúde. Essa variável foi do tipo qualitativa binária, classificada como zero (“0”) ou um (“1”). As variáveis independentes foram: sociodemográficas – faixa etária, em anos, categorizada a partir dos 18 anos (18-29 anos; 30-39 anos; 40-49 anos; 50-59 anos ou ≥60 anos); sexo (masculino ou feminino); região geográfica de residência (Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Norte ou Nordeste) e escolaridade (nível técnico ou nível superior); laborais – categoria profissional (enfermeiros e auxiliares/técnicos de enfermagem) e vínculo empregatício (empregado com carteira assinada, servidor público ou outros); relacionadas ao acidente – exposição percutânea (não ou sim), exposição em pele íntegra (não ou sim); exposição com pele não íntegra (não ou sim); exposição à mucosa oral/ocular (não ou sim); material orgânico (sangue/soro/plasma, líquidos cavitários, fluidos com sangue e outros líquidos) e agente (agulha/intracath, lâmina/lanceta ou outros) e vacina contra o vírus da hepatite B (VHB), categorizada em não ou sim. O profissional que referiu pelo menos três doses da vacina antes do acidente foram considerados vacinados.
O ano da notificação e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) no momento do acidente foram considerados na análise descritiva. Foram analisados os seguintes EPI: luvas (não ou sim); óculos de proteção (não ou sim); máscara (não ou sim); botas (não ou sim) e avental (não ou sim).
Os dados foram analisados pelo programa STATA, versão 16.0. A análise dos dados foi realizada em duas etapas, sendo uma a de análise descritiva e a outra a de análise inferencial.
Na análise descritiva, estimaram-se as características da população segundo grupos 1 e 2 por meio da frequência absoluta (n) e relativa (%). A taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos durante a etapa de limpeza de Produtos para Saúde foi estimada para o Brasil, regiões, unidades da federação e para cada categoria profissional.
A análise inferencial, bivariada e múltipla, foi usada para analisar os fatores associados ao acidente de trabalho com exposição a material biológico ocorrido durante a limpeza de Produtos Para Saúde. Dessa forma, o grupo de profissionais que sofreu acidente durante a limpeza foi comparado com o dos que sofreram acidentes em outras situações laborais. Na análise bivariada, foi feita regressão de Poisson para verificar a associação entre cada variável independente e a variável dependente. Valores de p<0,20 foram adicionados a um modelo de regressão múltipla de Poisson com variância robusta, pelo método de entrada única. A qualidade do ajuste do modelo final foi avaliada pelo goodness-of-fit. A magnitude do efeito do modelo de regressão múltipla foi estabelecida pelo Risco Relativo Ajustado (RPA) e respectivos Intervalo de Confiança de 95% (IC95%). O teste do qui-quadrado de Wald foi utilizado para estabelecer a significância estatística. O coeficiente de McFadden’s (R2 de McFadden’s) foi utilizado para analisar o poder explicativo do modelo.
Na presente investigação, não houve necessidade de submissão e de avaliação do projeto do estudo ao Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que se trata de pesquisa sobre dados secundários, sem identificação dos participantes e dados sensíveis, conforme preveem as resoluções 466, de 12 de dezembro de 2012 e 510, de 7 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde.(12,13)
Resultados
Foram analisados 167.093 acidentes de trabalho com exposição a material biológico em profissionais de enfermagem notificados entre 1° do janeiro de 2016 a 27 de julho de 2020. A taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde foi de 115,0 casos a cada 100 mil profissionais de enfermagem no Brasil. Observou-se que a menor taxa foi verificada no Amapá (18,7 casos a cada 100 mil profissionais de enfermagem) e a maior em Santa Catarina (300,2 casos a cada 100 mil profissionais de enfermagem), conforme sintetiza a figura 1.
Figura 1
Taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa de limpeza de produtos para saúde em profissionais da equipe de enfermagem
Na categoria profissional dos enfermeiros, a taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde foi de 22,0 casos a cada 100 mil enfermeiros. Nas categorias dos auxiliares e técnicos de enfermagem, a taxa de incidência média foi 6,89 vezes maior (151,6 casos a cada 100 mil profissionais). A tabela 1 sintetiza as características dos profissionais da equipe de enfermagem incluídos no estudo, estratificadas por aqueles sem (n = 161.398; 96,6%) e com envolvimento em acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde (n = 5.695; 3,4%). A média de idade dos profissionais da equipe de enfermagem envolvidos em acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde foi de 37,1 anos (desvio-padrão=10,6), com 27,2% e 35,8% na faixa etária de 18-29 anos e 30-39 anos, respectivamente. A maioria era do sexo feminino (91,1%), técnico de enfermagem (75,9%) e empregado com carteira assinada (72,1%). A Região Sudeste representou 42,6% dos casos notificados desses profissionais. Do total, 76,5% foram exposições percutâneas e, em 70,3%, o material orgânico envolvido foi o soro/sangue/plasma; outros agentes estiveram envolvidos em 65,1% dos acidentes. A frequência de uso de EPI no momento do acidente de trabalho foi de 93,3% para as luvas, 68,1% para o avental, 46,1% para os óculos de proteção, 50,1% para máscara e 26,4% para botas. A maioria dos profissionais (95,9%) apresentava esquema completo da vacina contra o VHB.
Tabela 1
Características dos profissionais da equipe de enfermagem, estratificadas segundo a ocorrência ou não de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, durante a etapa da limpeza de Produtos para Saúde
Variáveis
Total (n=167.093) n(%)
Não (n=161.398) n(%)
Sim (n=5.695) n(%)
Idade (anos), média (DP)
35,5(9,9)
35,5(9,8)
37,1(10,6)
Faixa etária (anos)
18-29
51.318(30,7)
49.770(30,8)
1.548(27,2)
30-39
64.001(38,3)
61.691(38,4)
2.040(35,8)
40-49
34.996(20,9
33.706(20,7)
1.290(22,7)
50-59
14.241(8,5)
13.706(8,4)
675(11,9)
>60
2.537(1,5)
2.395(1,5)
142(2,5)
Sexo
Feminino
148.066(88,6)
142.877(88,5)
5.189(91,1)
Masculino
19.011(11,4)
18.506(11,5)
505(8,9)
Missing data
16
5
1
Região
Sudeste
76.177(45,6)
73.751(45,8)
2.426(42,6)
Nordeste
31.558(18,9)
30.703(19,0)
846(14,8)
Centro-Oeste
13.609(8,1)
13.132(8,1)
467(8,2)
Sul
37.197(22,3)
35.483(22,0)
1.714(30,1)
Norte
8.552(5,1)
8.309(5,1)
243(4,3)
Escolaridade
Nível superior
26.086(15,6)
25.782(16,0)
304(5,3)
Nível técnico
141.007(84,4)
135.616(84,0)
5.391(94,7)
Categoria profissional
Enfermeiros
25.086(15,6)
25.782(16,0)
304(5,3)
Auxiliar de enfermagem
22.632(13,5)
21.559(13,4)
1.073(18,8)
Técnico de enfermagem
118.375(70,8)
114.047(70,6)
4.318(75,9)
Situação empregatícia
ECA
98.913(65,6)
95.128(65,3)
3.785(72,1)
Servidor público
41.308(27,4)
40.043(26,5)
1.265(24,1)
Outras
10.625(7,0)
10.425(7,2)
200(3,8)
Missing data
16.247
15.802
445
Tipos de exposição
Percutânea
123.689(74,8)
119.468(74,7)
4.322(76,5)
Missing data
1.522
1.477
45
Pele íntegra
47.436(28,6)
45.874(28,7)
1.562(27,6)
Missing data
1.522
1.477
45
Pele não íntegra
8.155(4,9)
7.862(4,9)
293(5,2)
Missing data
1.510
1.466
44
Mucosa oral/ocular
20.925(12,6)
20.275(12,7)
650(11,5)
Missing data
1.522
1.477
45
Material orgânico
Soro/sangue/plasma
133.671(85,4)
130.179(85,9)
3.492(70,3)
Líquidos cavitários
1.978(1,3)
1.912(1,3)
66(1,3)
Fluido com sangue
7.818(5,0)
7.249(4,8)
569(11,5)
Outros líquidos
13.007(8,3)
12.166(8,0)
841(16,9)
Missing data
10.619
9.892
727
Agente
Agulha/intracath
116.882(72,7)
116.817(74,6)
1.065(19,4)
Lâmina/lanceta
11.685(7,2)
10.825(6,9)
850(15,5)
Outros
32.566(20,1)
28.981(18,5)
3.485(65,1)
Missing data
4.960
4.765
195
Uso de EPI
Luvas
122.077(76,9)
116.947(76,3)
5.130(93,3)
Missing data
8.296
8.102
194
Avental
65.210(43,5)
61.640(42,6)
3.570(68,1)
Missing data
17.203
16.751
452
Óculos de proteção
26.396(17,7)
23.999(16,7)
2.397(46,1)
Missing data
17.914
17.414
500
Máscara
41974(28,1)
39383(27,3)
2.591(50,1)
Missing data
17871
17335
526
Botas
18168(12,6)
16855(12,1)
1313(26,4)
Missing data
23.019
22.015
1.004
Vacina contra o VHB
Sim
149.947(96,6)
144.827(96,6)
5.120(95,9)
Não
5.272(3,4)
5.054(3,4)
218(4,1)
Missing data
11.874
11.517
357
DP - Desvio Padrão; ECA - Empregado com Carteira Assinada; EPI - Equipamentos de Proteção Individual; VHB - Vírus da Hepatite B
O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o risco de acidentes foi 1,48 vez (IC95%=1,32-1,65) maior em mulheres do que em homens. Verificou-se gradiente positivo do risco de acidentes com o incremento da faixa etária após 40 anos, aumentando 1,54 vez (IC95%=1,27-1,88) naqueles com 60 anos ou mais quando comparados à faixa etária mais jovem (18-29 anos). Indivíduos das Regiões Centro-Oeste, Sul e Norte apresentaram risco de acidentes 1,30 vez (IC95%=1,16-1,46), 1,45 vez (IC95%=1,35-1,55) e 1,27 vez (IC95%=1,09-1,49) maior quando comparados aos da Região Sudeste, respectivamente. Auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem apresentaram risco de acidentes 3,70 vezes (IC95%=3,17-4,31) e 2,83 vezes (IC95%=2,46-3,25) maior quando comparados aos enfermeiros, respectivamente. Empregados com carteira assinada apresentaram risco de acidentes 1,44 vez (IC95%=1,22-1,70) maior quando comparados àqueles com outras situações empregatícias (Tabela 2).
Tabela 2
Fatores de risco para acidentes de trabalho com exposição a material biológico, durante a etapa de limpeza de produtos para saúde em profissionais da equipe de enfermagem
Variáveis
RRA
IC95%
β
p-value*
Faixa etária (anos)
18-29
1,00
30-39
1,07
0,99-1,15
0,068
0,074
40-49
1,18
1,08-1,29
0,166
<0,001
50-59
1,52
1,37-1,68
0,417
<0,001
>60
1,54
1,27-1,88
0,434
<0,001
Sexo
Masculino
1,00
Feminino
1,48
1,32-1,65
0,389
<0,001
Região
Sudeste
1,00
Nordeste
1,01
0,91-1,13
0,013
0,807
Centro-Oeste
1,30
1,16-1,46
0,262
<0,001
Sul
1,45
1,35-1,55
0,372
<0,001
Norte
1,27
1,09-1,49
0,241
0,003
Categoria profissional
Enfermeiros
1,00
Auxiliares de enfermagem
3,70
3,17-4,31
1,308
<0,001
Técnicos de enfermagem
2,83
2,46-3,25
1,039
<0,001
Situação empregatícia
Outras
1,00
Servidor público
1,18
1,00-1,40
0,167
0,055
ECA
1,44
1,22-1,70
0,367
<0,001
Tipos de exposição
Percutânea
Não
1,00
Sim
2,49
2,26-2,75
0,914
<0,001
Pele íntegra
Não
1,00
Sim
1,05
0,98-1,12
0,044
0,189
Mucosa oral/ocular
Não
1,00
Sim
0,35
0,31-0,40
-1,035
<0,001
Material orgânico
Soro/sangue/plasma
1,00
Líquidos cavitários
1,20
0,94-1,54
0,188
0,135
Fluido com sangue
1,87
1,70-2,06
0,628
<0,001
Outros líquidos
1,39
1,28-2,52
0,333
<0,001
Agente
Agulha/intracath
1,00
Lâmina/lanceta
8,40
7,55-9,34
2,128
<0,001
Outros
22,37
20,50-24,41
3,107
<0,001
Vacina contra o VHB
Sim
1,00
Não
1,37
1,17-1,59
0,312
<0,001
Intercepto: -7,472
Nota - modelo de regressão múltipla de Poisson com variância robusta ajustado por todas as variáveis da tabela; β=Coeficiente de regressão; ECA - Empregado de Carteira Assinada; IC95% - Intervalo de Confiança de 95%; RRA - Risco Relativo Ajustado; VHB - Vírus da Hepatite B; *Teste de qui-quadrado de Wald. Parâmetros do modelo: R2 de McFadden’s - 0,216; χ2 de Pearson goodness-of-fit: 18577,69; p-value - 1,000; χ2 de Wald do modelo - 7636,55; Valor de P<0,001
Observou-se que o risco de acidentes foi 1,87 vez (IC95%=1,70-2,06) maior quando o material biológico envolvido era fluido com sangue e 1,37 vez (IC95%=1,28-2,52) maior em outros líquidos quando comparado a materiais envolvendo soro/sangue/plasma. Verificou-se que o risco de acidentes foi 2,49 vezes (IC95%=2,26-2,75) maior em exposições percutâneas e 0,35 vez (IC95%=0,31-0,40) menor em exposições à mucosa oral/ocular do que os acidentes sem esses tipos de exposições, respectivamente. O risco aumentou ainda quando o agente envolvido era lâmina/lanceta (RRA=8,40; IC95% de 7,55-9,34) e outros agentes (RRA=22,37; IC95%=20,50-24,41) quando comparados às agulhas/intracaths. Por fim, o risco foi 1,37 vez (IC95%=1,17-1,59) maior em indivíduos sem esquema completo de vacinação contra o VHB quando comparado àqueles vacinados (Tabela 2).
Discussão
Este estudo apresenta algumas limitações. Primeiro, ele utilizou dados secundários do Sinan, com diferentes níveis de completitude de informações. Muitas variáveis apresentaram missing data, sugerindo baixa qualidade na informação, o que pode subestimar as taxas de incidências e influenciar nas análises dos fatores de risco. Segundo, não afasta a possibilidade de preenchimento incorreto das fichas de notificação por parte dos profissionais notificadores, o que pode levar à presença de viés na informação dos acidentes. Terceiro, a ficha de notificação não apresenta variáveis importantes que poderiam auxiliar na compreensão da epidemiologia dos acidentes, como o local de ocorrência do acidente de trabalho com exposição a material biológico (por exemplo: dentro ou fora do Centro de Material e Esterilização, em unidades de Atenção Primária à Saúde), tipo de luva utilizado no momento do acidente, tipo de limpeza (manual ou automatizada) e momento de ocorrência do acidente (recepção, pré-limpeza, limpeza e secagem). Quarto, o grupo de comparação foi constituído de profissionais que se acidentaram em outras circunstâncias (por exemplo: punção venosa) ao invés de um grupo comparativo de profissionais que desenvolviam atividades semelhantes, mas que não acidentaram durante a etapa de limpeza. Assim, o uso desse grupo de comparação pode ter influenciado nos resultados dos fatores de risco.
Verificou-se que auxiliares e técnicos de enfermagem apresentaram maior risco de acidentes quando comparados aos enfermeiros. Esse resultado foi semelhante ao de outros estudos que avaliaram acidentes na unidade do Centro de Material e Esterilização e em outras unidades assistenciais.(14,15)Ainda, os auxiliares e técnicos de enfermagem são as categorias que mais se acidentam em outras unidades assistenciais.(7) Isso ocorre devido ao fato de esses profissionais desenvolverem mais frequentemente as atividades técnicas com maiores riscos de exposição a material biológico, como no caso do manuseio de objetos pontiagudos, cuidados com os pacientes com doenças infectocontagiosas e, mais recentemente, com a doença causada pelo coronavírus 2019 (Covid-19), entre outras.(1,16)
O Centro de Material e Esterilização se destaca em relação a qualquer outra unidade assistencial, por se tratar de um lugar insalubre e com exposição a Produtos Para Saúde contaminados que são frequentemente manuseados, o que confere alto risco, principalmente, no processo de limpeza, cujas atividades são desenvolvidas quase exclusivamente por auxiliares e técnicos de enfermagem.(14) Esse fato justifica a maior ocorrência de acidentes nessas categorias. Além do maior risco ocasionado pelas atividades desenvolvidas no nível técnico, há de se considerarem as jornadas de trabalho extenuantes, associadas a múltiplos vínculos, remanejamento frequente para composição das equipes, acúmulos de funções por insuficiência de recursos humanos que incorrem em maior desgaste profissional, queda de rendimento e redução de atenção ao trabalho, aumentando a probabilidade de acidentes de trabalho com exposição a material biológico.(17)Desse modo, ressalta-se a importância do enfoque das políticas de prevenção de acidentes nessa categoria profissional, visando à redução da ocorrência dos acidentes envolvendo material biológico.
Foi observado risco aumentado de acidentes de trabalho com exposição a material biológico em profissionais com o aumento da faixa etária quando comparados à faixa etária mais jovem, o que corrobora outros achados ocorridos em unidades assistenciais.(1,7) Alguns autores discutem que, apesar desse grupo, em geral, apresentar maior destreza e experiência em atividades, esses fatos não asseguram redução de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, provavelmente devido à maior confiança, o que pode ter subestimado a adesão às Precauções Padrão e oferecido resistência à utilização de EPI,(17) sendo necessário, mais atenção a esse público durante a supervisão diária na realização do trabalho.
As lancetas e lâminas são, frequentemente, envolvidas em casos de acidentes, tendo sido relatadas porcentagens que chegam até 12,0% dos acidentes.(18,19)Neste estudo, entre os profissionais da equipe de enfermagem, foi observado aumento do risco de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde quando o contaminante envolvido era fluido com sangue, em exposições percutâneas e quando o instrumento envolvido eram lâminas/lancetas. Um estudo na unidade do Centro de Material e Esterilização identificou que 81,82% dos acidentes ocorreram durante a limpeza de Produtos Para Saúde, sendo que, destes, 90% referiram o sangue como agente contaminante.(20) É importante mencionar que acidentes ocorridos nessas circunstâncias são considerados graves, com grande risco de exposição e transmissão a diversos agentes infecciosos.(21)
Outros estudos também relataram o sangue como o mais presente nos acidentes ocorridos em diversos setores das unidades hospitalares,(22,23) sendo um dado preocupante a ocorrência de acidentes com lâminas/lancetas ou agulhas com lúmen no contexto do trabalho em Centro de Material e Esterilização, no momento da limpeza de Produtos Para Saúde, quando não seria esperada a presença de resíduos perfurocortantes. Tais acidentes representam falhas no gerenciamento de resíduos, especificamente em sua primeira fase, a segregação, e atingem profissionais que, pela lógica da atividade desempenhada, não mantêm contato direto com o paciente, mas manuseiam os resíduos oriundos dessa assistência, como, por exemplo, a equipe do Centro de Material e Esterilização. Verificaram-se, assim, neste estudo, a concretização das consequências do manejo inadequado de materiais perfurocortantes por profissionais e a segregação incorreta dos resíduos nos setores assistenciais, incorrendo diretamente em acidentes de trabalho com exposição a material biológico nos profissionais responsáveis pelos processos de limpeza no Centro de Material e Esterilização.(3,4)
Devido ao manuseio de Produtos Para Saúde contaminados com fluidos corporais, o uso de EPI e a automatização de métodos de limpeza tornam-se fundamentais. Os achados deste estudo mostram baixas frequências de uso de EPI no momento dos acidentes de trabalho, com exposição a material biológico na equipe de enfermagem. A frequência de registro em relação às luvas mostra que 6,7% dos profissionais não utilizavam luvas durante a limpeza de Produtos Para Saúde no momento dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico. Tal dado é preocupante ao se considerar o potencial de contaminação da limpeza de Produtos Para Saúde. Sabe-se que, apesar de as luvas não impedirem a perfuração, funcionam como uma barreira mecânica que auxilia na redução da exposição aos patógenos, pois removem grande parte do fluido orgânico de uma agulha quando há perfuração.(24) Destaca-se, ainda, que o banco de dados não permite identificar o tipo de luvas utilizado, impedindo uma análise quanto ao atendimento à recomendação do uso de luvas grossas e cano longo.(3)
Também chamou a atenção o registro do uso de óculos de proteção e máscaras no momento acidentes de trabalho com exposição a material biológico, de 46,1% e 50,1%, respectivamente. Sabe-se que a geração de aerossóis é uma consequência da limpeza manual que é comum no Brasil.(14,25) A ficha do Sinan não identifica o sítio da mucosa exposta, mas, neste estudo, a exposição à mucosa representou 11,5% dos acidentes entre a equipe de enfermagem, fato também observado em outra investigação.(26)
Além disso, enfatiza-se a importância de uma política de educação permanente para os trabalhadores responsáveis pela limpeza de PSS, visando à segurança do processamento e, por conseguinte, do paciente, e também no sentido de fazer entender a importância da adesão aos EPI, visando à segurança do trabalhador. Sabe-se que profissionais despreparados e desmotivados para a realização da função muitas vezes incorrem em negligência do uso do EPI, e é maior a ocorrência de acidentes de trabalho com exposição a material biológico.(27) Assim, consideram-se imprescindíveis a implementação de políticas de monitoramento para o cumprimento da legislação vigente quanto à disponibilidade e ao uso dos EPI e a automatização dos métodos de limpeza no contexto do processamento de Produtos Para Saúde em todos os níveis da assistência. Sabe-se que a limpeza manual ainda deverá permanecer como prática em Centro de Material e Esterilização, mas estando limitada aos Produtos Para Saúde de conformação complexa,(28) o que terá, obviamente, com frequência muito menor.
Conclusão
A taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa da limpeza de Produtos Para Saúde em profissionais da equipe de enfermagem no Brasil foi de 115,0 casos a cada 100 mil profissionais de enfermagem, sendo maior em auxiliares e técnicos de enfermagem quando comparados aos enfermeiros. A análise de regressão mostrou mais risco de acidentes em mulheres, nas faixas etárias mais velhas e entre os servidores públicos. Os materiais perfurocortantes foram os mais envolvidos nos acidentes; o fluido com sangue foi o principal agente biológico, e as luvas foram o Equipamento de Proteção Individual mais frequente entre os trabalhadores no momento dos acidentes. Máscaras e óculos tiveram menores frequências de uso no momento da ocorrência dos acidentes.
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Brasil
Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Resolução - RDC N. 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências
Brasília (DF)
Ministério da Sáude e ANVISA
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citado 2024 Jan 17
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html
10.37689/acta-ape/2025AO0002701i
Original Article
Accidents involving biological material during cleaning of reusable medical devices in nursing
0000-0002-6422-4295
Trindade
Júnnia Pires de Amorim
contributed to study design
data analysis and interpretation
article writing
relevant critical review of intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0001-5171-7958
Guimarães
Rafael Alves
contributed to study design
data analysis and interpretation
article writing
relevant critical review of intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0002-0812-2243
Tipple
Anaclara Ferreira Veiga
contributed to study design,
data analysis and interpretation
article writing
relevant critical review of intellectual content and approval of the final version to be published
1
1
Brazil
Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brazil.
Corresponding author: Anaclara Ferreira Veiga Tipple; E-mail: anaclara_tipple@ufg.br
Associate Editor:
Alexandre Pazetto Balsanelli (https://orcid.org/0000-0003-3757-1061) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Conflicts of interest:
nothing to declare.
eAPE0002701i
Abstract
Objective
To assess incidence and factors associated with occupational accidents involving biological material that occur during the cleaning of reusable medical devices among nursing staff in Brazil.
Methods
This is a retrospective cohort study conducted between 2015 and 2019. The population was divided into two groups for comparison purposes, one composed of professionals who suffered accidents while cleaning reusable medical devices and the other composed of professionals who suffered accidents under other circumstances. The study data were extracted from the Notifiable Diseases Information System (number of accidents) and the Brazilian National Registry of Health Establishments (number of professionals). The factors associated with the incidence of occupational accidents involving biological material (dependent variable) during the cleaning of reusable medical devices were analyzed using multiple Poisson regression.
Results
The mean incidence rate of occupational accidents involving biological material was 115.0 cases per 100,000 nursing professionals between 2015 and 2020, and, among nursing technicians, the incidence was 151.6 cases per 100,000 professionals. For nursing professionals, it was found that the risk of accidents was 2.49 times higher in percutaneous exposure. The risk of accidents was 1.87 times higher when the material involved was blood. The risk increased even more when the device involved was a blade/blood lancet and others.
Conclusion
The incidence rate was high and was associated with demographic, work-related and accident-related factors.
Accidents
Accidents, occupational
Biocompatible materials
Nursing, team
Incidence
Introduction
Healthcare environments present a variety of risks, with biological risk being the most common and the most prevalent. It is defined as the probability of occupational exposure to agents capable of causing adverse health effects and is frequently involved in the occurrence of occupational accidents involving exposure to biological material.(1)
Among the hospital units with the highest number of occupational accidents involving exposure to biological material is the Central Sterile Supply Department, where workers are frequently exposed to various occupational risks, especially biological risks.(2) The Central Sterile Supply Department is one of the essential support units for the operation of a healthcare service, since it is the specific location for reprocessing reusable medical devices. It is divided into a dirty area, called the contaminated area, where the cleaning and drying procedures of materials are carried out, and a clean area, where reusable medical devices are prepared, packaged, sterilized, stored and distributed.(3,4)
Cleaning is one of the most important stages for a successful reprocessing of reusable medical devices, but it is also the one that poses the greatest risk to workers who constantly handle contaminated reusable medical devices. During cleaning, reusable medical devices from all healthcare units are subjected to several steps that require contact with workers’ hands, which increases the chance of occupational accidents involving exposure to biological material.(3-5)
Occupational accidents involving exposure to biological material are of high magnitude. In the United States, it is estimated that 385,000 hospital professionals suffer occupational accidents involving exposure to biological material each year.(6) In Brazil, occupational accidents involving exposure to biological material also represent an important public health concern. Between 2010 and 2016, 243,621 occupational accidents involving exposure to biological material among healthcare professionals were notified, corresponding to 34,803 notifications/year. The incidence rate of these accidents ranges from 3.65 cases/1,000 healthcare professionals/year in Paraíba to 24.7 cases/1,000 healthcare professionals/year in Paraná. The majority of professionals who suffer accidents are female and young adults. Furthermore, 76.4% of accidents in 2016 involved nursing staff (nurses or nursing assistants/technicians).(7)
Although they are common in Brazil, studies on the epidemiology of occupational accidents involving exposure to biological material that occur during the cleaning stage of reusable medical devices have been little investigated, especially among nursing professionals, the group with the highest incidence. There is a gap in the literature on the incidence of occupational accidents involving exposure to biological material and their risk factors, which is widened when considering national data analysis. Epidemiological studies that assess these aspects are useful to support nursing professionals’ health, allowing planning strategies to reduce the risks and magnitude of these injuries in Brazil.(8) Thus, this study aimed to assess the incidence and factors associated with occupational accidents involving biological material that occurred during the cleaning of reusable medical devices among nursing staff in Brazil.
Methods
This is a retrospective cohort study. The overall study population consisted of nursing professionals who suffered occupational accidents involving exposure to biological material and were notified, regardless of the type of accident circumstance, including those who suffered accidents during medication administration, improper disposal of materials, basic care procedures, among others. The population of interest included professionals who suffered accidents while cleaning reusable medical devices and were compared to those who suffered accidents in other circumstances. In this study, occupational accidents involving exposure to biological material were considered to be any case of accident involving direct and/or indirect exposure of workers to biological material potentially contaminated by pathogens, through sharp or non-sharp material,(9)whose International Classification of Diseases (ICD-11) code is Z20.9.(10) The following professionals were included, according to the Brazilian Classification of Occupations (CBO): nurses (CBO: 2235-05) and nursing assistants (CBO: 3222-30)/technicians (CBO: 3222-05).(11)
Microdata on the absolute number of occupational accidents involving exposure to biological material were extracted from the Notifiable Diseases Information System (SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação). The data in this system comes from compulsory notification and investigation forms, including notifications of occupational accidents involving exposure to biological material. Access to the database was granted by the General Coordination of Workers’ Health of the Health Surveillance Department of the Ministry of Health. Moreover, microdata from the Brazilian National Registry of Health Establishments (CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) were used, which contains information on the number of healthcare professionals in healthcare services in Brazil.
The study included notifications of occupational accidents involving exposure to biological material among nursing staff from all 27 states in the five major regions of Brazil, such as Southeast, South, Central-West, North and Northeast. The study covered notifications recorded between January 1, 2015 and July 27, 2020, the date of the last update of the microdata used. The data was extracted in December 2020.
The main indicator analyzed was the mean incidence rate of occupational accidents with exposure to biological material that occurred during the cleaning of healthcare devices, from 2015 to 2020, according to the formula:
Incidence
rate
=
Number of accidents
occuring during
the cleaning of
healthcare devices
Number of nursing
staff
×
100
thousand
For the analysis of associated factors, the dependent variable was occurrence of occupational accidents with exposure to biological material during the cleaning of reusable medical devices. This binary qualitative variable, classified as zero (“0”) or one (“1”). Independent variables were sociodemographic - age group, in years, categorized from 18 years old (18-29 years old, 30-39 years old, 40-49 years old, 50-59 years old, ≥60 years old), sex (male or female), geographic region of residence (Southeast, South, Central-West, North or Northeast), education (technician level or higher education)); labor - professional category (nurses and nursing assistants/technicians), employment relationship (employee with a formal contract, public servant or others); related to accident - percutaneous exposure (no or yes), exposure to intact skin (no or yes), exposure to non-intact skin (no or yes), exposure to oral/ocular mucosa (no or yes), organic material (blood/serum/plasma, cavity fluids, blood-containing fluids and other fluids) and device (needle/intracath, blade/blood lancet or others); and hepatitis B virus (HBV) vaccine, categorized as no or yes. Professionals who notified at least three doses of the vaccine before the accident were considered vaccinated.
The year of notification and use of Personal Protective Equipment (PPE) at the time of accident were considered in descriptive analysis. The following PPE were analyzed: gloves (no or yes); safety goggles (no or yes); mask (no or yes); boots (no or yes); and apron (no or yes).
The data were analyzed using STATA version 16.0. Data analysis was performed in two stages, one being descriptive analysis and the other being inferential analysis.
In descriptive analysis, the population characteristics were estimated according to groups 1 and 2 using absolute (n) and relative (%) frequencies. The mean incidence rate of occupational accidents with exposure to biological material occurring during the cleaning stage of reusable medical devices was estimated for Brazil, regions, Federation Units and for each professional category.
Inferential, bivariate and multiple analysis were used to analyze factors associated with occupational accidents with exposure to biological material that occurred during the cleaning of reusable medical devices. Thus, the group of professionals who suffered accidents during cleaning was compared with those who suffered accidents in other work situations. In bivariate analysis, Poisson regression was performed to verify the association between each independent variable and dependent variable. P-values <0.20 were added to a Poisson multiple regression model with robust variance, using the single-entry method. The final model adjustment quality was assessed by goodness-of-fit. The magnitude of the effect of the multiple regression model was established by Adjusted Relative Risk (ARR) and respective 95% Confidence Interval (95%CI). The Wald chi-square test was used to establish statistical significance. McFadden’s coefficient (McFadden’s R2) was used to analyze the explanatory power of the model.
In the present investigation, there was no need to submit the study project to the Research Ethics Committee for review, since this is research on secondary data, without identification of participants and sensitive data, as provided for in Resolutions 466 of December 12, 2012 and 510 of April 7, 2016 of the Brazilian National Health Council.(12,13)
Results
A total of 167,093 occupational accidents involving exposure to biological material in nursing professionals notified between January 1, 2016 and July 27, 2020 were analyzed. The mean incidence rate of occupational accidents involving exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices was 115.0 cases per 100,000 nursing professionals in Brazil. The lowest rate was observed in Amapá (18.7 cases per 100,000 nursing professionals), and the highest, in Santa Catarina (300.2 cases per 100,000 nursing professionals), as summarized in Figure 1.
Figure 1
Mean incidence rate of occupational accidents with exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices among nursing staff
In the professional category of nurses, the mean incidence rate of occupational accidents involving exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices was 22.0 cases per 100,000 nurses. In the categories of nursing assistants and technicians, the mean incidence rate was 6.89 times higher (151.6 cases per 100,000 professionals). Table 1 summarizes the characteristics of the nursing staff included in the study, stratified by those without (n = 161,398; 96.6%) and those with involvement in occupational accidents with exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices (n = 5,695; 3.4%). The mean age of the nursing staff involved in occupational accidents with exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices was 37.1 years (standard deviation = 10.6), with 27.2% and 35.8% in the age range of 18-29 years and 30-39 years, respectively. The majority were female (91.1%), nursing technicians (75.9%) and employees with a formal employment contract (72.1%). The Southeast region accounted for 42.6% of notified cases among these professionals. Of the total, 76.5% were percutaneous exposures and, in 70.3%, the organic material involved was serum/blood/plasma; other agents were involved in 65.1% of accidents. The frequency of PPE use at the time of the occupational accident was 93.3% for gloves, 68.1% for aprons, 46.1% for safety goggles, 50.1% for masks and 26.4% for boots. The majority of professionals (95.9%) had completed the HBV vaccination schedule.
Table 1
Characteristics of nursing staff, stratified according to the occurrence or not of occupational accidents with exposure to biological material, during the cleaning stage of reusable medical devices
Variables
Total (n=167,093) n(%)
No (n=161,398) n(%)
Yes (n=5,695) n(%)
Age (years), mean (SD)
35.5(9.9)
35.5(9.8)
37.1(10.6)
Age range (years)
18-29
51,318(30.7)
49,770(30.8)
1548(27.2)
30-39
64,001(38.3)
61,691(38.4)
2040(35.8)
40-49
34,996(20.9
33,706(20.7)
1290(22.7)
50-59
14,241(8.5)
13,706(8.4)
675(11.9)
>60
2537(1.5)
2395(1.5)
142(2.5)
Sex
Female
148,066(88.6)
142,877(88.5)
5189(91.1)
Male
19,011(11.4)
18,506(11.5)
505(8.9)
Missing data
16
5
1
Region
Southeast
76,177(45.6)
73,751(45.8)
2426(42.6)
Northeast
31,558(18.9)
30,703(19.0)
846(14.8)
Central-West
13,609(8.1)
13,132(8.1)
467(8.2)
South
37,197(22.3)
35,483(22.0)
1714(30.1)
North
8552(5.1)
8309(5.1)
243(4.3)
Education
Higher level
26,086(15.6)
25,782(16.0)
304(5.3)
Technical level
141,007(84.4)
135,616(84.0)
5391(94.7)
Professional category
Nurses
25,086(15.6)
25,782(16.0)
304(5.3)
Nursing assistant
22,632(13.5)
21,559(13.4)
1073(18.8)
Nursing technician
118,375(70.8)
114,047(70.6)
4318(75.9)
Employment status
ESC
98,913(65.6)
95,128(65.3)
3785(72.1)
Public servant
41,308(27.4)
40,043(26.5)
1265(24.1)
Others
10,625(7.0)
10,425(7.2)
200(3.8)
Missing data
16,247
15802
445
Types of exposure
Percutaneous
123,689(74.8)
119,468(74.7)
4322(76.5)
Missing data
1522
1477
45
Intact skin
47,436(28.6)
45,874(28.7)
1562(27.6)
Missing data
1522
1477
45
Intact skin
8155(4.9)
7862(4.9)
293(5.2)
Missing data
1510
1466
44
Oral/ocular mucosa
20,925(12.6)
20,275(12.7)
650(11.5)
Missing data
1522
1477
45
Organic material
Serum/blood/plasma
133,671(85.4)
130,179(85.9)
3492(70.3)
Cavity fluids
1978(1.3)
1912(1.3)
66(1.3)
Blood-containing fluid
7818(5.0)
7249(4.8)
569(11.5)
Other fluids
13,007(8.3)
12,166(8.0)
841(16.9)
Missing data
10619
9892
727
Device
Needle/intracath
116,882(72.7)
116,817(74.6)
1065(19.4)
Blade/blood lancet
11,685(7.2)
10,825(6.9)
850(15.5)
Others
32,566(20.1)
28,981(18.5)
3485(65.1)
Missing data
4960
4765
195
Use of PPE
Gloves
122,077(76.9)
116,947(76.3)
5130(93.3)
Missing data
8296
8102
194
Apron
65,210(43.5)
61,640(42.6)
3570(68.1)
Missing data
17,203
16,751
452
Protective goggles
26,396(17.7)
23,999(16.7)
2397(46.1)
Missing data
17,914
17,414
500
Mask
41,974(28.1)
39,383(27.3)
2591(50.1)
Missing data
17,871
17,335
526
Boots
18,168(12.6)
16,855(12.1)
1313(26.4)
Missing data
23,019
22,015
1004
HBV vaccine
Yes
149,947(96.6)
144,827(96.6)
5120(95.9)
No
5272(3.4)
5054(3.4)
218(4.1)
Missing data
11,874
11,517
357
SD - Standard Deviation; ESC - Employee with Signed Contract; PPE - Personal Protective Equipment; HBV - Hepatitis B Virus.
Poisson regression model with robust variance showed that the risk of accidents was 1.48 times (95%CI=1.32-1.65) higher in women than in men. A positive gradient in the risk of accidents was observed with increasing age after 40 years, increasing 1.54 times (95%CI=1.27-1.88) in those aged 60 years or older when compared to the youngest age group (18-29 years). Individuals from the Central-West, South and North presented a risk of accidents 1.30 times (95%CI=1.16-1.46), 1.45 times (95%CI=1.35-1.55) and 1.27 times (95%CI=1.09-1.49) higher when compared to those from the Southeast, respectively. Nursing assistants and nursing technicians presented a risk of accidents 3.70 times (95%CI=3.17-4.31) and 2.83 times (95%CI=2.46-3.25) higher when compared to nurses, respectively. Employees with a formal employment contract presented a risk of accidents 1.44 times (95%CI=1.22-1.70) higher when compared to those with other employment situations (Table 2).
Table 2
Risk factors for occupational accidents involving exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices among nursing staff
Variables
ARR
95%CI
β
p-value*
Age range (years)
18-29
1.00
30-39
1.07
0.99-1.15
0.068
0.074
40-49
1.18
1.08-1.29
0.166
<0.001
50-59
1.52
1.37-1.68
0.417
<0.001
>60
1.54
1.27-1.88
0.434
<0.001
Sex
Male
1.00
Female
1.48
1.32-1.65
0.389
<0.001
Region
Southeast
1.00
Northeast
1.01
0.91-1.13
0.013
0.807
Central-West
1.30
1.16-1.46
0.262
<0.001
South
1.45
1.35-1.55
0.372
<0.001
North
1.27
1.09-1.49
0.241
0.003
Professional category
Nurses
1.00
Nursing assistants
3.70
3.17-4.31
1.308
<0.001
Nursing technicians
2.83
2.46-3.25
1.039
<0.001
Employment status
Others
1.00
Public servant
1.18
1.00-1.40
0.167
0.055
ESC
1.44
1.22-1.70
0.367
<0.001
Types of exposure
Percutaneous
No
1.00
Yes
2.49
2.26-2.75
0.914
<0.001
Intact skin
No
1.00
Yes
1.05
0.98-1.12
0.044
0.189
Oral/ocular mucosa
No
1.00
Yes
0.35
0.31-0.40
-1.035
<0.001
Organic material
Serum/blood/plasma
1.00
Cavity fluids
1.20
0.94-1.54
0.188
0.135
Blood-containing fluid
1.87
1.70-2.06
0.628
<0.001
Other fluids
1.39
1.28-2.52
0.333
<0.001
Device
Needle/intracaths
1.00
Blade/blood lancet
8.40
7.55-9.34
2.128
<0.001
Others
22.37
20.50-24.41
3.107
<0.001
HBV vaccine
Yes
1.00
No
1.37
1.17-1.59
0.312
<0.001
Intercept: -7.472
Note - Poisson multiple regression model with robust variance adjusted for all variables in the table; β = Regression coefficient; ESC - Employee with Signed Contract; 95%CI - 95% Confidence Interval; ARR - Adjusted Relative Risk; HBV - Hepatitis B Virus; *Wald chi-square test. Model parameters: McFadden’s R2 - 0.216; Pearson’s χ2 goodness-of-fit: 18577.69; p-value - 1.000; Wald’s χ2 of the model - 7636.55; p-value <0.001.
It was observed that the risk of accidents was 1.87 times (95% CI = 1.70-2.06) higher when the biological material involved was fluid with blood and 1.37 times (95% CI = 1.28-2.52) higher in other liquids when compared to materials involving serum/blood/plasma. It was found that the risk of accidents was 2.49 times (95% CI = 2.26-2.75) higher in percutaneous exposures and 0.35 times (95% CI = 0.31-0.40) lower in exposures to the oral/ocular mucosa than accidents without these types of exposure, respectively. The risk increased further when the device involved was a blade/blood lancet (ARR=8.40; 95%CI 7.55-9.34) and others (ARR=22.37; 95%CI=20.50-24.41) when compared to needles/intracaths. Finally, the risk was 1.37 times (95%CI=1.17-1.59) higher in individuals without a complete HBV vaccination schedule when compared to those vaccinated (Table 2).
Discussion
This study has some limitations. Firstly, it used secondary data from SINAN, with different levels of completeness of information. Many variables presented missing data, suggesting low quality of information, which may underestimate incidence rates and influence the analysis of risk factors. Secondly, it does not rule out the possibility of incorrect completion of notification forms by notifying professionals, which may lead to bias in information on accidents. Thirdly, the notification form does not present important variables that could help in understanding the epidemiology of accidents, such as the place where the occupational accident occurred with exposure to biological material (e.g., inside or outside the Central Sterile Supply Department, in Primary Health Care units), type of glove used at the time of accident, type of cleaning (e.g., manual or automated) and time of occurrence of the accident (e.g., reception, pre-cleaning, cleaning and drying). Fourthly, the comparison group consisted of professionals who had accidents in other circumstances (e.g., venipuncture) instead of a comparison group of professionals who performed similar activities but did not have accidents during the cleaning stage. Thus, the use of this comparison group may have influenced the results of risk factors.
It was found that nursing assistants and technicians had a higher risk of accidents when compared to nurses. This result was similar to that of other studies that assessed accidents in the Central Sterile Supply Department and in other care units.(14,15)Furthermore, nursing assistants and technicians are the categories that suffer the most accidents in other care units.(7) This occurs because these professionals more frequently perform technical activities with greater risks of exposure to biological material, such as handling sharp objects, caring for patients with infectious diseases and, more recently, with the disease caused by coronavirus 2019 (COVID-19), among others.(1,16)
The Central Sterile Supply Department stands out compared to any other care unit, as it is an unhealthy place with exposure to contaminated reusable medical devices that are frequently handled, which poses a high risk, especially in the cleaning process, whose activities are carried out almost exclusively by nursing assistants and technicians.(14) This fact justifies the higher occurrence of accidents in these categories. In addition to the greater risk caused by activities developed at the technical level, it is necessary to consider the exhausting working hours, associated with multiple jobs, frequent reshuffling of staff composition, accumulation of functions due to insufficient human resources that result in greater professional exhaustion, decreased productivity and reduced attention to work, increasing the probability of occupational accidents with exposure to biological material.(17)Thus, the importance of focusing accident prevention policies on this professional category is highlighted, aiming to reduce the occurrence of accidents involving biological material.
An increased risk of occupational accidents involving exposure to biological material was observed in professionals with increasing age when compared to the younger age group, which supports other findings that occurred in healthcare units.(1,7) Some authors argue that, although this group generally presents greater dexterity and experience in activities, these facts do not ensure a reduction in occupational accidents involving exposure to biological material, probably due to greater confidence, which may have underestimated adherence to standard precautions and offered resistance to the use of PPE,(17)requiring more attention to these professionals during daily supervision in work performance.
Blood lancets and blades are frequently involved in accidents, accounting for up to 12.0% of accidents notified.(18,19)In this study, among nursing staff, an increased risk of occupational accidents with exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices was observed when the contaminant involved was fluid with blood in percutaneous exposure and when the device involved was blades/blood lancets. A study in the Central Sterile Supply Department identified that 81.82% of accidents occurred during the cleaning of reusable medical devices, and of these, 90% notified blood as the contaminating agent.(20) It is important to mention that accidents occurring under these circumstances are considered serious, with a high risk of exposure and transmission to various infectious agents.(21)
Other studies have also notified blood as the most common substance in accidents occurring in various sectors of hospital units,(22,23)and a worrying fact is the occurrence of accidents involving blades/blood lancets or needles with lumens in the context of work in the Central Sterile Supply Department when cleaning reusable medical devices, when the presence of sharp waste would not be expected. Such accidents represent failures in waste management, specifically in its first phase, segregation, and affect professionals who, due to the logic of the activity performed, do not have direct contact with patients, but handle the waste resulting from this care, such as the Central Sterile Supply Department staff. This study therefore verified the consequences of inadequate handling of sharp materials by professionals and the incorrect segregation of waste in healthcare sectors, directly resulting in occupational accidents with exposure to biological material among professionals responsible for cleaning processes in the Central Sterile Supply Department.(3,4)
Due to the handling of reusable medical devices contaminated with body fluids, the use of PPE and automation of cleaning methods become essential. The findings of this study show low frequencies of PPE use at the time of occupational accidents with exposure to biological material in the nursing staff. The frequency of records on gloves usage shows that 6.7% of professionals did not use them when cleaning reusable medical devices at the time of occupational accidents with exposure to biological material. This data is worrying when considering the potential for contamination from cleaning reusable medical devices. It is known that, although gloves do not prevent puncture, they act as a mechanical barrier that helps reduce exposure to pathogens, as they remove a large part of the organic fluid from a needle when there is a puncture.(24) It is also worth noting that the database does not allow identifying the type of gloves used, preventing an analysis of compliance with the recommendation to use thick, long-sleeved gloves.(3)
The use of protective goggles and masks at the time of occupational accidents involving exposure to biological material was also noteworthy, at 46.1% and 50.1%, respectively. It is known that the generation of aerosols is a consequence of manual cleaning, which is common in Brazil.(14,25) The SINAN form does not identify the site of the exposed mucosa, but in this study, exposure to the mucosa accounted for 11.5% of accidents among the nursing staff, a fact also observed in another investigation.(26)
Furthermore, the importance of a policy of continuing education for workers responsible for cleaning reusable medical devices is emphasized, aiming at reprocessing safety and, consequently, patient safety, in order to make workers understand the importance of adhering to PPE, seeking worker safety. It is known that professionals who are unprepared and unmotivated to perform their duties often neglect the use of PPE, and the occurrence of occupational accidents involving exposure to biological material is higher.(27) Therefore, it is considered essential to implement monitoring policies to ensure compliance with current legislation regarding the availability and use of PPE and automation of cleaning methods in the context of the reprocessing of reusable medical devices at all levels of care. It is known that manual cleaning should still remain a practice in Central Sterile Supply Departments, but limited to reusable medical devices with complex shapes,(28)which will obviously be much less frequent.
Conclusion
The mean incidence rate of occupational accidents involving exposure to biological material during the cleaning stage of reusable medical devices among nursing staff in Brazil was 115.0 cases per 100,000 nursing professionals, and was higher among nursing assistants and technicians when compared to nurses. Regression analysis showed a higher risk of accidents among women, older age groups, and public servants. Sharp objects were the most frequently involved in accidents; blood-containing fluid was the main biological agent; and gloves were the most frequently used PPE among workers at the time of accidents. Masks and goggles were used less frequently at the time of accidents.
Autoría
Júnnia Pires de Amorim Trindade
contribuíram com a concepção do estudo
análise e interpretação dos dados
redação do artigo
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.Universidade Federal de GoiásBrasilGoiânia, Goiás, BrasilFaculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.Universidade Federal de GoiásBrasilGoiânia, Goiás, BrasilFaculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.Universidade Federal de GoiásBrasilGoiânia, Goiás, BrasilFaculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.
Alexandre Pazetto Balsanelli (https://orcid.org/0000-0003-3757-1061) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Conflitos de interesse:
nada a declarar.
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS
Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.Universidade Federal de GoiásBrasilGoiânia, Goiás, BrasilFaculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil.
Figura 1
Taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa de limpeza de produtos para saúde em profissionais da equipe de enfermagem
Tabela 1
Características dos profissionais da equipe de enfermagem, estratificadas segundo a ocorrência ou não de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, durante a etapa da limpeza de Produtos para Saúde
Tabela 2
Fatores de risco para acidentes de trabalho com exposição a material biológico, durante a etapa de limpeza de produtos para saúde em profissionais da equipe de enfermagem
imageFigura 1
Taxa de incidência média de acidentes de trabalho com exposição a material biológico durante a etapa de limpeza de produtos para saúde em profissionais da equipe de enfermagem
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table_chartTabela 1
Características dos profissionais da equipe de enfermagem, estratificadas segundo a ocorrência ou não de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, durante a etapa da limpeza de Produtos para Saúde
Variáveis
Total (n=167.093) n(%)
Não (n=161.398) n(%)
Sim (n=5.695) n(%)
Idade (anos), média (DP)
35,5(9,9)
35,5(9,8)
37,1(10,6)
Faixa etária (anos)
18-29
51.318(30,7)
49.770(30,8)
1.548(27,2)
30-39
64.001(38,3)
61.691(38,4)
2.040(35,8)
40-49
34.996(20,9
33.706(20,7)
1.290(22,7)
50-59
14.241(8,5)
13.706(8,4)
675(11,9)
>60
2.537(1,5)
2.395(1,5)
142(2,5)
Sexo
Feminino
148.066(88,6)
142.877(88,5)
5.189(91,1)
Masculino
19.011(11,4)
18.506(11,5)
505(8,9)
Missing data
16
5
1
Região
Sudeste
76.177(45,6)
73.751(45,8)
2.426(42,6)
Nordeste
31.558(18,9)
30.703(19,0)
846(14,8)
Centro-Oeste
13.609(8,1)
13.132(8,1)
467(8,2)
Sul
37.197(22,3)
35.483(22,0)
1.714(30,1)
Norte
8.552(5,1)
8.309(5,1)
243(4,3)
Escolaridade
Nível superior
26.086(15,6)
25.782(16,0)
304(5,3)
Nível técnico
141.007(84,4)
135.616(84,0)
5.391(94,7)
Categoria profissional
Enfermeiros
25.086(15,6)
25.782(16,0)
304(5,3)
Auxiliar de enfermagem
22.632(13,5)
21.559(13,4)
1.073(18,8)
Técnico de enfermagem
118.375(70,8)
114.047(70,6)
4.318(75,9)
Situação empregatícia
ECA
98.913(65,6)
95.128(65,3)
3.785(72,1)
Servidor público
41.308(27,4)
40.043(26,5)
1.265(24,1)
Outras
10.625(7,0)
10.425(7,2)
200(3,8)
Missing data
16.247
15.802
445
Tipos de exposição
Percutânea
123.689(74,8)
119.468(74,7)
4.322(76,5)
Missing data
1.522
1.477
45
Pele íntegra
47.436(28,6)
45.874(28,7)
1.562(27,6)
Missing data
1.522
1.477
45
Pele não íntegra
8.155(4,9)
7.862(4,9)
293(5,2)
Missing data
1.510
1.466
44
Mucosa oral/ocular
20.925(12,6)
20.275(12,7)
650(11,5)
Missing data
1.522
1.477
45
Material orgânico
Soro/sangue/plasma
133.671(85,4)
130.179(85,9)
3.492(70,3)
Líquidos cavitários
1.978(1,3)
1.912(1,3)
66(1,3)
Fluido com sangue
7.818(5,0)
7.249(4,8)
569(11,5)
Outros líquidos
13.007(8,3)
12.166(8,0)
841(16,9)
Missing data
10.619
9.892
727
Agente
Agulha/intracath
116.882(72,7)
116.817(74,6)
1.065(19,4)
Lâmina/lanceta
11.685(7,2)
10.825(6,9)
850(15,5)
Outros
32.566(20,1)
28.981(18,5)
3.485(65,1)
Missing data
4.960
4.765
195
Uso de EPI
Luvas
122.077(76,9)
116.947(76,3)
5.130(93,3)
Missing data
8.296
8.102
194
Avental
65.210(43,5)
61.640(42,6)
3.570(68,1)
Missing data
17.203
16.751
452
Óculos de proteção
26.396(17,7)
23.999(16,7)
2.397(46,1)
Missing data
17.914
17.414
500
Máscara
41974(28,1)
39383(27,3)
2.591(50,1)
Missing data
17871
17335
526
Botas
18168(12,6)
16855(12,1)
1313(26,4)
Missing data
23.019
22.015
1.004
Vacina contra o VHB
Sim
149.947(96,6)
144.827(96,6)
5.120(95,9)
Não
5.272(3,4)
5.054(3,4)
218(4,1)
Missing data
11.874
11.517
357
table_chartTabela 2
Fatores de risco para acidentes de trabalho com exposição a material biológico, durante a etapa de limpeza de produtos para saúde em profissionais da equipe de enfermagem
Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São PauloR. Napoleão de Barros, 754, 04024-002 São Paulo - SP/Brasil, Tel./Fax: (55 11) 5576 4430 -
São Paulo -
SP -
Brazil E-mail: actapaulista@unifesp.br
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