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Acta Paulista de Enfermagem
Acta Paul Enferm
0103-2100
1982-0194
Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo
Resumen
Objetivo
Analizar la relación entre el índice de vulnerabilidad social y la condición de debilidad física y el delirium en personas mayores hospitalizadas.
Métodos
Estudio transversal y analítico llevado a cabo con personas mayores en un hospital del sur de Brasil. Se emplearon los siguientes instrumentos para la recopilación: cuestionario sociodemográfico, índice de vulnerabilidad social, marcadores del fenotipo de debilidad física y Confusion Assessement Method. Se utilizó la estadística descriptiva e inferencial.
Resultados
De las 305 personas mayores evaluadas, el 59,4 % era de sexo femenino, el 40,9 % de más de 80 años y el 92,6 % con morbilidades. Se observó asociación entre hospitalización y sexo femenino con vulnerabilidad baja y mediana (64,8 %; IC95 % 55,9-72,7 y 63 %; IC95 % 53,2-71,8, respectivamente, con p=0,0262). El delirium se observó en el 29,5 % (IC95 % 22,3-38,4) de las personas mayores de más de 60 años con vulnerabilidad baja, el 17 % (10,9-25,5) mediana y el 14,5 % (8,6-23,9) alta, con p=0,0151. No se observó relación entre delirium e índice de vulnerabilidad en personas de más de 80 años, con p=0,235. La incidencia de delirium llegó al 44,3 % (32,5-56,7) de personas mayores con vulnerabilidad baja, 35 % (22,1-50,5) mediana y 25 % (12-44,9) alta. No se observó asociación entre debilidad y vulnerabilidad social, con p=0,927. Entre las personas mayores de 80 años o más, prevalecieron los débiles en las tres categorías de vulnerabilidad (baja 59,7 %; mediana 57,5% y alta 56%), p=0,788.
Conclusión
La hospitalización y el delirium se asociaron a mujeres más jóvenes, predébiles y con vulnerabilidad social baja y mediana. La condición de debilidad no se correlacionó con la vulnerabilidad social. Se resalta la necesidad de una mejor comprensión de los factores biopsicosociales que pueden aumentar el delirium en personas mayores hospitalizadas con vulnerabilidad social baja.
Introdução
Idosos hospitalizados frequentemente trazem consigo não só a doença de base/crônica, mas um conjunto de características próprias e do contexto no qual residem. Nesse cenário, surge o Índice de Vulnerabilidade das Áreas de Abrangência das Unidades Municipais de Saúde (IVAB), que considera dimensões sobre a adequação do domícilio, o perfil e a composição familiar, o acesso ao trabalho, à renda e às condições de escolaridade.(1)
Na área da saúde, a vulnerabilidade social surge como um conceito utilizado para compreender, de forma abrangente, as questões sociais que podem afetar a saúde dos idosos. É considerada o grau em que as situações sociais gerais tornam um indivíduo suscetível a resultados de saúde ruins.(2)
Ainda que a vulnerabilidade social seja importante para indivíduos em qualquer faixa etária, seu impacto é provavelmente maior em pessoas idosas, devido ao aumento da incidência de mudanças sociais significativas.(3) Essas transições incluem aposentadoria, morte de um parceiro de vida e dependência de outras pessoas para atividades de autocuidado, como compras ou higiene pessoal. Para alguns idosos, o acúmulo de mudanças sociais pode resultar em declínio funcional, psicológico e fisiológico,(2) frequentemente reconhecidos como componentes da fragilidade.
Tendo em vista tais relações, os bairros com menor vulnerabilidade social podem fornecer mais oportunidades para apoiar a saúde e o bem-estar. Os processos sociais baseados na vizinhança, como a coesão e a participação social, protegem contra a fragilidade por meio da criação e manutenção das conexões sociais e redes de apoio.(4,5)
Em revisão de escopo realizada nos Estados Unidos em 2019, foram analisados 13 estudos envolvendo esta temática. Constatou-se associação entre a fragilidade e as características sociais e físicas dos residentes dos bairros, incluindo as privações da população, a diversidade, a heterogeneidade étnica, a coesão social e a capacidade de caminhar. A maioria dos estudos incluídos nessa revisão avaliou a fragilidade utilizando o fenótipo baseado no Cardiovascular Health Study ou uma abordagem de índice. A medição do fenótipo avalia os componentes físicos da fragilidade, enquanto uma abordagem de índice avalia os contribuintes físicos e psicossociais para o desenvolvimento da fragilidade.(6)
Por sua vez, a fragilidade física é definida como um estado clínico caracterizado por aumento da vulnerabilidade no indivíduo quando exposto a estressores internos e externos, além de ser um dos principais contribuintes para o declínio funcional e mortalidade precoce em idosos.(7)
A condição de fragilidade foi alvo de um estudo transversal e analítico realizado em Curitiba (PR) com 1.716 idosos da comunidade e observou 65,3% de pré-frágeis e 15,8% frágeis.(8) Em revisão sistemática com metanálise que incluiu 26 estudos, totalizando amostra de 13.502 idosos hospitalizados, observou-se prevalência de fragilidade de 34% (intervalo de confiança de 95% - IC95% 0,26-0,42, p=0).(9)
Um estudo conduzido com 2.413 idosos no Caboolture Hospital, Austrália, objetivou avaliar a fragilidade e os desfechos hospitalares em uma área de desvantagem socioeconômica. O instrumento Clinical Frailty Scale (CFS) foi associado à mortalidade em 28 dias, com chances de mortalidade aumentando 1,5 vez por unidade de aumento na CFS (IC95% 1,3-1,7). Para os autores, as intervenções e a alocação de recursos devem considerar a gestão do idoso frágil como prioridade no ambiente hospitalar. Nesse mesmo estudo, o delirium foi evidenciado em 0,8% dos idosos robustos e 5% dos frágeis; p<0,001.(10)
Frequentemente identificado em idosos no ambiente hospitalar, o delirium se associou ao status de emprego e fatores demográficos, como idade, sexo, etnia e a própria fragilidade física.(11) Do mesmo modo, em estudo realizado em contexto hospitalar, o delirium atingiu 21% (IC95% 0,17-0,25; p<0,01) dos pacientes. O risco do idoso frágil hospitalizado desenvolver delirium foi de 66% (RR 1,66; IC95% 1,23-2,22; p<0,01).(9)
Em estudo conduzido em Boston, nos Estados Unidos, com 560 idosos de idade superior a 70 anos com o objetivo de avaliar a associação entre características do nível socioeconômico de bairros e a incidência e gravidade de delirium em idosos submetidos a cirurgias não cardíacas de grande porte, a vulnerabilidade social associou-se ao delirium. Residir nos bairros menos favorecidos associou-se a maior risco de delirium (46%), em comparação aos bairros mais favorecidos (23%), p=0,01.(12)
Inclusive em países desenvolvidos como os Estados Unidos, é importante quantificar os determinantes sociais de saúde em suas múltiplas dimensões. Observou-se que 9,6% dos setores censitários apresentaram regiões de extrema pobreza e consequentemente, de maior preocupação para os profissionais de saúde e defensores de políticas públicas. Apesar desses países apresentarem melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), observa-se correlação entre a vulnerabilidade social e as condições de saúde.(13) Tais resultados podem ser agravados em países de baixa renda ou com desigualdades sociais.(2,12)
Até o presente momento, não foram encontrados estudos que investigassem a associação da vulnerabilidade social à fragilidade e ao delirium em idosos hospitalizados. Compreender a ligação entre fragilidade e delirium em idosos hospitalizados advindos de uma área socioeconômica desfavorecida é relevante, visto que a vulnerabilidade socioambiental é considerada fator contribuinte para reinternações.(14)
Os estudos relacionados às temáticas hospitalização, fragilidade, delirium e vulnerabilidade social podem levar à otimização de recursos e implementação de melhorias na qualidade e no valor dos cuidados de saúde. Além disso, salientam o trabalho interprofissional a fim de alcançar a integralidade do cuidado dentro da perspectiva da clínica ampliada. Intervenções direcionadas para subpopulações de alto risco podem trazer benefícios diretos e produzir melhorias nos diferentes níveis de Atenção à Saúde.
Frente ao exposto, o presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre o índice de vulnerabilidade social e condição de fragilidade física e o delirium em idosos hospitalizados.
Métodos
Trata-se de estudo de corte transversal e analítico, realizado com idosos internados em um hospital de média complexidade de Curitiba. O cálculo do tamanho da amostra foi não probabilístico, com método de amostragem aleatória simples e desfecho em proporções, representativo dos internamentos no ano 2019. A ferramenta de orientação do STrengthening the Reporting of OBservational studies in Epidemiology (STROBE), traduzida para o português do Brasil e constituída por uma lista de 22 itens de verificação, foi utilizada para a construção sistematizada do estudo.(15)
O estudo foi realizado com dados secundários do banco de dados do projeto Fragilidade Física e os Desfechos Clínicos, Funcionais, Psicossociais, Nutricionais e na Demanda de Cuidados em Idosos Hospitalizados, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) em Seres Humanos do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob parecer 4.985.540. Os critérios de inclusão dos participantes foram: idade igual ou superior a 60 anos; estar hospitalizado para tratamento clínico e/ou cirúrgico; apresentar a condição de fragilidade física estratificada pelo fenótipo de Fried;(16) ter sido avaliado com a ferramenta de rastreio de delirium Confusion Assessment Method (CAM).(17) Foram excluídos moradores de cidades da região metropolitana de Curitiba, já que tais cidades não dispunham da aferição do IVAB.
Inicialmente, foi realizado o rastreio cognitivo mediante aplicação do Miniexame do Estado Mental(18) validado para o português do Brasil,(19) com o objetivo de selecionar os idosos aptos para responder os questionários do estudo. Quando o idoso apresentou alteração cognitiva e/ou défice de comunicação, o acompanhante presente no momento da coleta de dados foi convidado a responder as questões na presença do idoso. Caso a pessoa presente no momento da entrevista não se sentisse segura para responder às questões, o acompanhante principal era contatado para se conseguir informações seguras.
Entende-se como acompanhante principal a pessoa que se responsabiliza pelos cuidados diretos ao idoso e que o conheça há pelo menos três meses. Dessa forma, este acompanhante principal teria conhecimento para responder as questões relacionadas à saúde física e mental do idoso presentes nos questionários sociodemográficos, clínicos e no fenótipo de fragilidade. Esse acompanhante habitualmente é um cuidador informal, ou seja, um familiar, amigo, vizinho que desempenha tais atividades sem nenhuma remuneração.
A coleta de dados consistiu na aplicação de questionário sociodemográfico com as seguintes variáveis de interesse: idade, sexo, cor, estado civil. A fragilidade foi classificada por meio dos marcadores do fenótipo da fragilidade física, a saber: força de preensão manual diminuída; velocidade da marcha reduzida; autorrelato de fadiga/exaustão; perda de peso não intencional e redução do nível de atividade física.(16) O delirium foi avaliado pelo CAM,(17) validado para a língua portuguesa do Brasil.(20) O instrumento conta com quatro características cardinais que permitem distinguir o delirium de outros comprometimentos cognitivos: início agudo e curso flutuante; défice de atenção; pensamento desorganizado; e alteração do nível de consciência.
O hospital escolhido para a coleta de dados compõe a Rede de Atenção a Saúde (RAS) do município, sendo o atendimento 100% vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A RAS inclui as Unidades Básicas de Saúde, as quais são classificadas de acordo com o IVAB pela Secretaria Municipal de Saúde. Os idosos hospitalizados que participaram do estudo foram agrupados conforme a UBS de origem, identificadas a partir da consulta ao prontuário eletrônico próprio do município (E-saúde).
As notas do IVAB e as categorizações em baixa, média e alta vulnerabilidade foram obtidos por meio da classificação da Unidade de Saúde de procedência do idoso conforme o decreto municipal 638, que institui o IVAB das Unidades Municipais de Saúde na Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba.(1)
O IVAB considera quatro dimensões: adequação do domicílio; perfil e composição familiar; acesso ao trabalho e renda; condições de escolaridade. Na dimensão adequação do domicílio, são analisados tipo de domicílio, densidade por dormitório, material de construção, presença de água encanada e rede de esgoto. No perfil e composição familiar, são avaliados os responsáveis pela família, razão entre crianças e adolescentes e adultos, presença de trabalho infantil, presença de crianças e adolescentes internados, presença de adultos internados, presença de idosos internados, presença de pessoas com deficiência, idosos em condição de agregado e analfabetismo do chefe de família. O acesso ao trabalho e renda leva em consideração o trabalho dos adultos e renda familiar mensal per capita. Nas condições de escolaridade, a presença de crianças e adolescentes fora da escola, defasagem idade e série, e jovens e adultos sem ensino fundamental são analisados.(1)
As Unidades Municipais de Saúde localizadas no primeiro tercil (percentagem menor que 3,9%) são denominadas como de baixa vulnerabilidade, no segundo tercil como de média vulnerabilidade (percentagem maior ou igual a 3,9% e menor que 7,8%) e no terceiro tercil como de alta vulnerabilidade (percentagem maior ou igual 7,8% até o limite superior, que pode atingir 100%).(1)
Previamente à aplicação dos testes, com o intuito de padronizar a execução e minimizar vieses de coleta, treinamentos teóricos e práticos foram realizados com os examinadores, que são membros de um grupo de pesquisa constituído por discentes de graduação e pós-graduação de enfermagem de uma instituição de ensino. Um estudo-piloto, com o objetivo de verificar a necessidade de adequação dos questionários e testes propostos, foi realizado com 30 idosos. Esses participantes integraram a amostra final, já que não houve alterações nos questionários e testes aplicados. Os dados foram coletados de março a julho de 2022 nas enfermarias clínicas e/ou cirúrgicas do hospital e o tempo médio de aplicação do instrumento de coleta foi de aproximadamente 30 minutos.
Foi utilizada estatística descritiva, média, desvio-padrão, mediana, máximo, mínimo, com apresentação em tabelas de distribuição de frequência e teste não paramétricos do qui-quadrado e teste exato de Fisher para avaliar a associação entre as variáveis de interesse do estudo. Tendo em vista a comparação de grupos independentes, optou-se pela utilização dos testes não paramétricos devido à presença de dados categóricos. O teste exato de Fisher é uma alternativa ao teste de qui-quadrado quando a frequência das variáveis é baixa, menor que cinco. As análises estatísticas foram realizadas no software R 4.2.1., com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%.
O estudo atendeu as normas éticas nacionais que envolvem seres humanos (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 50459821.0.0000.0102/ Parecer nº: 4.985.540).
Resultados
Da amostra de 305 idosos, houve predomínio do sexo feminino (59,4%), da cor branca (70,6%), casados (39,7%) e com idade igual ou superior a 80 anos (40,9%). Houve associação entre sexo feminino e as regiões de baixa (64,8%; IC95% 55,9-72,7) e média vulnerabilidade (63,0%; IC95% 53,2-71,8), com p=0,0262 (Tabela 1).
Tabela 1
Condições sociodemográficas e índice de vulnerabilidade social
Variáveis
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=122)
IC95%
(n=100)
IC95%
(n=83)
IC95%
Sexo
Feminino
79
64,8% (55,9-72,7)
63
63,0% (53,2-71,8)
39
47,0% (36,6-57,6)
0,0262*
Masculino
43
35,2% (27,3-44,1)
37
37,0% (28,2-46,8)
44
53,0% (42,4-63,4)
Idade
60-70
28
23,0% (16,4-31,2)
27
27,0% (19,3-36,4)
27
32,5% (23,4-43,2)
0,0632*
70-80
32
26,2% (19,2-34,7)
33
33,0% (24,6-42,7)
31
37,3% (27,7-48,1)
80 ou mais
62
50,8% (42,1-59,5)
40
40,0% (30,9-49,8)
25
30,1% (21,3-40,7)
Cor
Branca
88
72,1% (63,6-79,3)
74
74,0% (64,6-81,6)
54
65,1% (54,3-74,4)
0,731†
Parda
26
21,3% (15,0-29,4)
20
20,0% (13,3-28,9)
19
22,9% (15,2-33,0)
Preta
7
5,7% (2,8-11,4)
5
5,0% (2,2-11,2)
9
10,8% (5,8-19,3)
Amarela
1
0,8% (0,1-4,5)
1
1,0% (0,2-5,4)
1
1,2% (0,2-6,5)
Estado civil
Solteiro(a)
10
8,2% (4,5-14,4)
3
3,0% (1,0-8,5)
4
4,8% (1,9-11,7)
0,285†
Casado(a)
44
36,1% (28,1-44,9)
37
37,0% (28,2-46,8)
40
48,2% (37,8-58,8)
Separado(a)
13
10,7% (6,3-17,4)
12
12,0% (7,0-19,8)
11
13,3% (7,6-22,2)
Viúvo(a)
55
45,1% (36,5-53,9)
48
48,0% (38,5-57,7)
28
33,7% (24,5-44,4)
*Teste do qui-quadrado; †teste exato de Fisher
Na tabela 2, observa-se que houve predomínio de idosos robustos na condição de baixa vulnerabilidade (14,8%; IC95% 9,5-22,1), com predomínio da condição de pré-fragilidade nos três estratos de vulnerabilidade social. Já nos idosos com idade igual ou superior a 80 anos, houve predomínio de frágeis nos três estratos de vulnerabilidade, sem associação entre fragilidade e vulnerabilidade social, com p=0,788.
Tabela 2
Associação entre fragilidade física e índice de vulnerabilidade social em pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 e 80 anos
Idade ≥ 60 anos
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=122)
IC95%
(n=100)
IC95%
(n=83)
IC95%
Fragilidade
Não frágil
18
14,8% (9,5-22,1)
13
13,0% (7,8-21,0)
12
14,5% (8,5-23,6)
0,927*
Pré-frágil
56
45,9% (37,3-54,7)
52
52,0% (42,3-61,5)
39
47,0% (36,6-57,6)
Frágil
48
39,3% (31,1-48,2)
35
35,0% (26,4-44,7)
32
38,6%(28,8-49,3)
Idade ≥ 80 anos
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=62)
IC95%
(n=40)
IC95%
(n=25)
IC95%
Fragilidade
Não frágil
7
11,3% (5,6-21,5)
3
7,5% (2,6-19,9)
1
4,0% (0,7-19,5)
0.788†
Pré-frágil
18
29% (19,2-41,3)
14
35,0% (22,1-50,5)
10
40,0% (23,4-59,3)
Frágil
37
59,7% (47,3-71,0)
23
57,5% (42,2-71,5)
14
56,0% (37,1-73,3)
*Teste do qui-quadrado; †teste exato de Fisher
Na tabela 3, o delirium nos idosos com idade igual ou superior a 60 anos provenientes de áreas de baixa vulnerabilidade foi de 29,5% (IC95% 22,3-38,4), de média 17% (IC95% 10,9-25,5) e de áreas de alta 14,5% (IC95% 8,6-23,9), com p=0,0151. Nos idosos com idade igual ou superior a 80 anos, a distribuição de frequência do delirium em pacientes provenientes de áreas de baixa vulnerabilidade foi de 44,3% (IC95% 32,5-56,7), de média 35,0% (IC95% 22,1-50,5) e de áreas de alta 25,0% (IC95% 12,0-44,9), com p=0,235.
Tabela 3
Associação entre a ocorrência de delirium e o índice de vulnerabilidade social em pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 e 80 anos
Idade ≥ 60 anos
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=122)
IC95%
(n=100)
IC95%
(n=83)
IC95%
Delirium
Não
85
69,7% (61,6-77,7)
83
83,0% (74,5-89,1)
70
84,3% (76,1-91,4)
0,0151*
Sim
36
29,5% (22,3-38,4)
17
17,0% (10,9-25,5)
12
14,5% (8,6-23,9)
Faltante
1
(0,8%)
0
(0%)
1
(1,2%)
Idade ≥ 80 anos
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=61)
IC95%
(n=40)
IC95%
(n=24)
IC95%
Delirium
Não
34
55,7% (43,3-67,5)
26
65,0% (49,5-77,9)
18
75,0% (55,1-88,0)
0,235†
Sim
27
44,3% (32,5-56,7)
14
35,0% (22,1-50,5)
6
25,0% (12,0-44,9)
*Teste do qui-quadrado; †teste exato de Fisher
Discussão
As mulheres predominam em regiões de baixa e média vulnerabilidade e homens em áreas de maior privação e/ou alta vulnerabilidade. O estudo realizado com dados do Rochester Epidemiology Project (Mayo Clinic) incluiu 197.578 indivíduos de Minnesota, Estados Unidos, 49,5% da amostra com 50 anos de idade ou mais, teve como objetivo determinar a associação entre o status socioeconômico, as condições crônicas e as diferenças por idade, sexo, raça ou etnia. Estimou-se a prevalência de condições crônicas e uma medida composta de desvantagem socioeconômica do bairro, o Índice de Privação de Área (IPA). Para as condições cardiometabólicas hiperlipidemia, diabetes mellitus, arritmias cardíacas e doença arterial coronariana, os padrões foram semelhantes em homens e mulheres, mas se encontraram associações mais fortes com o aumento do quintil de IPA nas mulheres, em comparação aos homens.(21)
Apesar de diversos estudos evidenciarem que o processo de envelhecimento feminino cursa com maior incapacidade, comorbidades e menor acúmulo de capital (social, financeiro, de saúde), o que as torna mais suscetíveis ao gradiente social de saúde,(2,3)não foi observada essa relação nas idosas hospitalizadas. Neste estudo, houve presença mais significativa de homens entre os idosos provenientes de áreas de maior vulnerabilidade. Pesquisas futuras são necessárias para esclarecer os fatores de desenvolvimento que levam a essas diferenças entre os sexos e identificar estratégias eficazes para intervir na relação entre a posição socioeconômica e desfechos desfavoráveis.
A condição de fragilidade física e as diferenças observadas em bairros com diversidade socioeconômicas e étnicas de San Antonio, Texas, Estados Unidos, foram objeto de um estudo transversal conduzido com 394 idosos de 65 anos de idade ou mais. A prevalência de fragilidade foi de 15,6% no bairro central, 9,4% no bairro de transição e 3,5% nos subúrbios (p=0,01).(22) No presente estudo, não foi evidenciada associação entre fragilidade física e o índice de vulnerabilidade em idosos hospitalizados. Observou-se predomínio de pré-frágeis nos idosos com idade igual ou superior a 60 anos e de frágeis na população com 80 anos de idade ou mais. A ausência de associação entre fragilidade física e índice de vulnerabilidade pode estar relacionada ao processo de seleção dos sujeitos e ao desenho do estudo, já que o estudo é do tipo seccional, realizado em um único ambiente hospitalar e, portanto, com particularidades na avaliação, como a descompensação de alguma condição clínica.
Estudo longitudinal envolvendo a terceira e a quarta etapa do Duke Established Populations for Epidemiologic Studies of the Elderly (EPESE) analisou 1.740 idosos em uma área rica em serviços de saúde. Não houve associação entre fragilidade e a vizinhança desfavorável, possivelmente pela melhor saúde da amostra e o fácil acesso aos serviços de saúde.(23) A literatura também aponta associação da fragilidade física com fatores sociodemográficos e clínicos de idosos como, baixa renda,(24) idade, sexo feminino e baixa escolaridade.(8)
Em revisão sistemática com metanálise realizada no Reino Unido em 2022 objetivou avaliar a relação entre vulnerabilidade social, mortalidade e fragilidade em pessoas idosas. O nível de vulnerabilidade social da metanálise medido pelo índice de vulnerabilidade social foi de 0,3 (IC95% 0,24-0,36). O maior índice de vulnerabilidade social foi observado na Tanzânia 0,47 (IC95% 0,44-0,50), enquanto o menor índice de vulnerabilidade social foi relatado na China 0,15 (IC95% 0,15-0,15). O nível mais alto do índice de fragilidade foi 0,32 na Tanzânia e na Europa, e a menor fragilidade relatada em um estudo dos Estados Unidos, no Havaí, com 0,15. Em todos os estudos, a vulnerabilidade social foi um preditor significativo de mortalidade para ambos os sexos.(25)
Em estudo prospectivo conduzido em Boston com 560 idosos acima de 70 anos, houve associação entre a vulnerabilidade social e o delirium. O objetivo foi avaliar a associação entre características do nível socioeconômico de bairros e a incidência e gravidade de delirium em idosos submetidos a cirurgias não cardíacas de grande porte. Residir nos bairros menos favorecidos foi associado a maior risco de delirium (46%), quando comparado aos bairros mais favorecidos (23%) (razão de risco de 2,0; IC95% 1,3–3,1, com p=0,01).(12) Esses dados divergem dos encontrados neste estudo; entre os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, 29,5% de regiões de baixa vulnerabilidade apresentaram delirium e 14,5% dos de regiões de alta vulnerabilidade, com p=0,0151. O delirium é sabidamente subdiagnosticado, e seu rastreio depende do treinamento de profissionais de saúde.(26) Regiões de baixa vulnerabilidade podem ter maior acesso a cuidadores profissionais, treinados na identificação de alterações sutis no estado mental do idoso, e, por isso, há direcionamento mais precoce ao ambiente hospitalar. Estudos que possam elucidar essa hipótese, verificando o tipo de cuidado, profissional ou não, em cada segmento de vulnerabilidade social devem ser incentivados. Compreender os fatores psicossociais que podem levar ao aumento de delirium em idosos hospitalizados é importante para o gerenciamento desta condição.
A distribuição de frequência de delirium em idosos com idade igual ou superior a 80 anos provenientes de áreas de baixa vulnerabilidade foi de 44,3% (IC95% 32,5-56,7), de média 35% (IC95% 22,1-50,5) e em áreas de alta 25% (IC95% 12,0-44,9). Apesar do aumento expressivo de delirium em idosos com 80 anos de idade ou mais, não houve associação com a vulnerabilidade social.
A utilização de ferramentas para avaliação de vulnerabilidade social, como a IVAB, permite comparar unidades de saúde de forma objetiva, identificando áreas que necessitam maior aporte de recursos do estado, primando pelo princípio da equidade do SUS. A identificação da vulnerabilidade social dentro do território, em uma perspectiva que vá além da identificação da pobreza (insuficiência de renda) e a relação com a hospitalização, fragilidade física e delirium, suscita pensar em planos de gerenciamento de cuidados em saúde e enfermagem individualizados.
Destaca-se como limitações do estudo o desenho seccional, que não possibilita o estabelecimento da relação de causa-efeito, a presença de diferentes instrumentos para avaliação dos diferentes estratos de vulnerabilidade social e a não realização do rastreamento dos fatores de risco clinico da ocorrência de delirium.
Conclusão
Houve associação entre hospitalização e delirium em mulheres idosas mais jovens provenientes de regiões de baixa e média vulnerabilidade social. Essa associação não foi observada nas idosas provenientes de regiões de alta vulnerabilidade. A fragilidade física evolui com o aumento da idade, uma vez que a pré-fragilidade predominou em idosos mais jovens com idade igual ou superior a 60 anos, e a condição de frágil naqueles acima de 80 anos de idade. A fragilidade física não mostrou relação com o índice de vulnerabilidade social, enquanto o delirium apontou relação com áreas de menor índice de vulnerabilidade social em idosos mais jovens, na faixa etária de 60 a 80 anos. Os fatores individuais devem ser interpretados dentro do contexto mais amplo de indicadores de desvantagem social, evidenciando a necessidade de uma abordagem complexa e multifatorial para o planejamento do cuidado do idoso hospitalizado. Destaca-se a necessidade de melhor compreensão dos fatores psicossociais que podem levar ao aumento de delirium em idosos hospitalizados provenientes de áreas de baixa vulnerabilidade social.
Referências
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Diário Oficial Eletrônico
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citado 2023 Dez 15
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10.37689/acta-ape/2025AO0001201i
Original Article
Social vulnerability index, physical frailty and delirium in hospitalized older adults
0000-0001-8309-4003
Lenardt
Maria Helena
collaborated with the study design
analysis and interpretation of data
writing of the article
relevant critical review of the intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0002-9981-3655
Cechinel
Clovis
collaborated with the study design
analysis and interpretation of data
writing of the article
relevant critical review of the intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0002-5708-3148
Rodrigues
João Alberto Martins
collaborated with the study design
analysis and interpretation of data
writing of the article
relevant critical review of the intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0002-7168-4839
Marques
Daiane Maria da Silva
collaborated with the study design
analysis and interpretation of data
writing of the article
relevant critical review of the intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0002-8042-0317
Guedez
José Baudilio Belzarez
collaborated with the study design
analysis and interpretation of data
writing of the article
relevant critical review of the intellectual content and approval of the final version to be published
1
0000-0002-9185-6634
Binotto
Maria Angélica
collaborated with the study design
analysis and interpretation of data
writing of the article
relevant critical review of the intellectual content and approval of the final version to be published
2
1
Brazil
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brazil.
2
Brazil
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR, Brazil.
Corresponding author: João Alberto Martins Rodrigues; E-mail: morgadinho70@hotmail.com
Associate Editor:
Meiry Fernanda Pinto Okuno (https://orcid.org/0000-0003-4200-1186) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil
Conflicts of interest:
none to declare.
eAPE0001201i
Abstract
Objective
To analyze the relationship between the social vulnerability index and physical frailty condition and delirium in hospitalized older adults.
Methods
Cross-sectional analytical study of older adults developed in a hospital in southern Brazil. The collection instruments used were a sociodemographic questionnaire, the social vulnerability index, physical frailty phenotype markers and the Confusion Assessment Method. Descriptive and inferential statistics were used.
Results
Of the 305 older adults evaluated, 59.4% were female, 40.9% were aged over 80 years and 92.6% had morbidities. There was an association between hospitalization and female sex with low and medium vulnerability (64.8%; 95%CI 55.9-72.7 and 63%; 95%CI 53.2-71.8, respectively, with p=0.0262) . Delirium was observed in 29.5% (95%CI 22.3-38.4) of older adults over 60 years of age with low vulnerability, 17% (10.9-25.5) medium, 14.5% ( 8.6-23.9) high, with p=0.0151. There was no association between delirium and the vulnerability index in older adults aged over 80 years, with p=0.235. Delirium affected 44.3% (32.5-56.7) of older adults with low vulnerability, 35% (22.1-50.5) with medium and 25% (12-44.9) high. There was no association between frailty and social vulnerability, with p=0.927. Among older adults aged 80 years or over, frail people prevailed in the three vulnerability strata (low 59.7%; medium 57.5% and high 56%), p=0.788.
Conclusion
Hospitalization and delirium were associated with younger, pre-frail women from low and medium social vulnerability. The condition of frailty did not correlate with social vulnerability. The need to better understand the biopsychosocial factors that can increase delirium in hospitalized older adults with low social vulnerability is highlighted.
Aged
Hospitalization
Frailty
Delírium
Social class
Social vulnerability
Introduction
Hospitalized older adults often bring with them not only the underlying/chronic disease, but a set of specific characteristics of the context where they reside. The Vulnerability of Coverage Areas of Municipal Health Units Index (Portuguese acronym: IVAB) emerges in this scenario, in which dimensions on the suitability of the home, family profile and composition, access to work, income and educational conditions are considered.(1)
Social vulnerability in health emerges as a concept used to comprehensively understand the social issues affecting the health of older adults, and the degree to which general social situations make an individual susceptible to poor health outcomes is considered.(2)
Although social vulnerability is important for individuals in any age group, its impact is likely greater in older adults due to the increased incidence of significant social changes.(3) These transitions include retirement, death of a life partner, and dependence on other people for self-care activities, such as shopping or personal hygiene. For some older adults, the accumulation of social changes can result in functional, psychological and physiological decline,(2) often recognized as components of frailty.
Given such relationships, neighborhoods with lower social vulnerability may provide more opportunities to support health and well-being. Neighborhood-based social processes, such as cohesion and social participation protect against frailty through the creation and maintenance of social connections and support networks.(4,5)
In a scoping review carried out in the United States in 2019, 13 studies involving this topic were analyzed, and an association between frailty and the social and physical characteristics of neighborhood residents was found, including the population’s deprivations, diversity, ethnic heterogeneity, social cohesion and ability to walk. Most studies included in this review assessed frailty using the Cardiovascular Health Study-based phenotype or an index approach. Phenotype measurement assesses the physical components of frailty, while an index approach assesses the physical and psychosocial contributors to the development of frailty.(6)
In turn, physical frailty is defined as a clinical state characterized by increased vulnerability in the individual when exposed to internal and external stressors, in addition to being one of the main contributors to functional decline and early mortality in older adults.(7)
The condition of frailty was the target of a cross-sectional and analytical study of 1,716 older adults from the community conducted in Curitiba (PR) in which 65.3% pre-frail and 15.8% frail were observed.(8) In a systematic review with meta-analysis including 26 studies and the total sample of 13,502 hospitalized older adults, the prevalence of frailty was 34% (95% confidence interval - 95%CI 0.26-0.42, p=0).(9)
The aim of a study of 2,413 older adults conducted at the Caboolture Hospital, Australia, was to evaluate frailty and hospital outcomes in an area of socioeconomic disadvantage. The Clinical Frailty Scale (CFS) instrument was associated with the 28-day mortality, and odds of mortality increased 1.5 times per unit increase in CFS (95%CI 1.3-1.7). For the authors, the management of frail older adults must be considered as a priority in interventions and resource allocation in the hospital environment. In that same study, delirium was evidenced in 0.8% of robust older adults and 5% of frail older adults; p<0.001.(10)
Delirium, which is often identified in older adults in the hospital environment, was associated with employment status and demographic factors, such as age, sex, ethnicity and physical frailty itself.(11) Likewise, in a study conducted in a hospital setting, delirium affected 21% (95%CI 0.17-0.25; p<0.01) of patients. The risk of hospitalized frail older adults developing delirium was 66% (RR 1.66; 95%CI 1.23-2.22; p<0.01).(9)
A study of 560 older adults over 70 years of age was conducted in Boston, United States, with the objective to evaluate the association between characteristics of the socioeconomic level of neighborhoods and the incidence and severity of delirium in older adults undergoing major non-cardiac surgery. Social vulnerability was associated with delirium and living in less favored neighborhoods was associated with a higher risk of delirium (46%) compared to more advantaged neighborhoods (23%), p=0.01.(12)
Even in developed countries like the United States, it is important to quantify the social determinants of health in their multiple dimensions. It was observed that 9.6% of census sectors presented regions of extreme poverty and, consequently, of greater concern for health professionals and public policy advocates. Although these countries have better Human Development Indexes (HDI), a correlation between social vulnerability and health conditions is observed.(13) Such results can be worsened in low-income countries or those with social inequalities.(2,12)
To date, no studies investigating the association of social vulnerability with frailty and delirium in hospitalized older adults have been found. Understanding the link between frailty and delirium in hospitalized older adults from a disadvantaged socioeconomic area is relevant, given that socio-environmental vulnerability is considered a contributing factor to readmissions.(14)
Studies related to the themes of hospitalization, frailty, delirium and social vulnerability can lead to the optimization of resources and the implementation of improvements in the quality and value of healthcare. Furthermore, they emphasize interdisciplinary work in order to achieve comprehensive care within the perspective of the expanded clinic. Interventions targeted at high-risk subpopulations can bring direct benefits and improvements at different levels of healthcare.
In view of the above, the aim of the present study was to analyze the relationship between the social vulnerability index and physical frailty condition and delirium in hospitalized older adults.
Methods
This is a cross-sectional and analytical study of older adults hospitalized in a medium complexity hospital in Curitiba. The sample size calculation was non-probabilistic with a simple random sampling method and outcome in proportions representing the hospitalizations in 2019. The STrengthening the Reporting of OBservational studies in Epidemiology (STROBE) guidance tool translated into Brazilian Portuguese and consisting of a 22-item checklist, was used for the systematic development of the study.(15)
The study was conducted with secondary data from the database of the project Physical Frailty and Clinical, Functional, Psychosocial, Nutritional and Demand for Care in Hospitalized Older Adults Outcomes, approved by the Research Ethics Committee in Human Beings of the Health Sciences Sector at the Universidade Federal do Paraná (UFPR) under opinion number 4.985.540. The inclusion criteria for participants were: age equal to or over 60 years old; being hospitalized for clinical and/or surgical treatment; presenting the condition of physical frailty stratified by Fried’s phenotype;(16) having been evaluated with the Confusion Assessment Method (CAM) delirium screening tool.(17) Residents of cities in the metropolitan region of Curitiba were excluded, as such cities did not have the IVAB measurement available.
Initially, cognitive screening was performed using the Mini Mental State Examination(18) validated for Brazilian Portuguese,(19) with the aim of selecting older adults capable of answering the study questionnaires. When the older adult presented cognitive changes and/or communication deficits, the caregiver present at the time of data collection was invited to answer the questions in the presence of the older adult. If the person present at the time of the interview did not feel confident answering the questions, the main caregiver was contacted to obtain reliable information.
The main caregiver is the person responsible for the direct care of the older adult and who has known him/her for at least three months. This main caregiver would have the knowledge to answer the questions related to the physical and mental health of the older adult present in the sociodemographic and clinical questionnaires and the frailty phenotype. This person is usually an informal caregiver, that is, a family member, friend or neighbor who performs such activities without any remuneration.
Data collection consisted of applying a sociodemographic questionnaire with the following variables of interest: age, sex, color, marital status. Frailty was classified using physical frailty phenotype markers, namely: decreased handgrip strength; reduced walking speed; self-report of fatigue/exhaustion; unintentional weight loss and reduction in the level of physical activity.(16) Delirium was assessed by the CAM,(17) validated for Brazilian Portuguese.(20) The instrument has four cardinal characteristics that allow distinguishing delirium from other cognitive impairments: acute onset and fluctuating course; attention deficit; disorganized thinking; and change in level of consciousness.
The hospital chosen for data collection is part of the city’s Health Care Network (Portuguese acronym: RAS), and care is 100% linked to the Unified Health System (SUS). The RAS includes Basic Health Units (UBS), which are classified according to the IVAB by the Municipal Health Department. The hospitalized older adults who participated in the study were grouped according to the UBS of origin, identified through consultation of the electronic medical record of the municipality called E-saúde.
The IVAB scores and the categorizations into low, medium and high vulnerability were obtained through the classification of the Health Unit where the older adult came from, in accordance with municipal decree 638, which establishes the IVAB of Municipal Health Units in the Municipal Health Secretariat of Curitiba.(1)
Four dimensions are taken into consideration in the IVAB: household suitability; family profile and composition; access to work and income; schooling conditions. In the household suitability dimension, type of household, density per bedroom, construction material, presence of running water and sewage network are analyzed. In the family profile and composition, those responsible for the family are assessed, the ratio of children and adolescents to adults, the presence of child labor, the presence of hospitalized children and adolescents, the presence of hospitalized adults, the presence of hospitalized older adults, the presence of people with disabilities, other coresident older adults and illiteracy of the head of the family. Access to work and income takes into account the work of adults and per capita monthly family income. In schooling conditions, the presence of children and adolescents out of school, age and grade gaps, and young people and adults without primary education are analyzed.(1)
Municipal Health Units located in the first tertile (percentage less than 3.9%) are classified as low vulnerability, in the second tertile as medium vulnerability (percentage greater than or equal to 3.9% and less than 7.8%) and in the third tertile as high vulnerability (percentage greater than or equal to 7.8% up to the upper limit, which can reach 100%).(1)
Prior to the application of the tests, with the aim of standardizing the execution and minimizing collection biases, theoretical and practical training was given to the examiners, who are members of a research group composed of undergraduate and postgraduate nursing students at an educational institution. A pilot study was conducted with 30 older adults with the objective of assessing the need to adapt the proposed questionnaires and tests. These participants were part of the final sample, as there were no changes to the questionnaires and tests applied. Data were collected from March to July 2022 in the clinical and/or surgical wards of the hospital and the average time to apply the collection instrument was approximately 30 minutes.
Descriptive statistics, mean, standard deviation, median, maximum, minimum were used, with presentation in frequency distribution tables, and the non-parametric chi-square test and the Fisher’s exact test to evaluate the association between the variables of interest in the study. Non-parametric tests were used to compare independent groups given the presence of categorical data. The Fisher’s exact test is an alternative to the chi-square test when the frequency of variables is low, less than five. Statistical analyzes were performed using the R 4.2.1 software, with a confidence level of 95% and a sampling error of 5%.
The study met national ethical standards involving human beings (Certificate of Presentation of Ethical Appreciation: 50459821.0.0000.0102/ Opinion number: 4.985.540).
Results
Of the sample of 305 older adults, there was a predominance of females (59.4%), white (70.6%), married (39.7%) and aged 80 years or over (40.9%). There was an association between the female sex and regions of low (64.8%; 95%CI 55.9-72.7) and medium vulnerability (63.0%; 95%CI 53.2-71.8), with p=0.0262 (Table 1).
Table 1
Sociodemographic conditions and social vulnerability index
Variables
Low vulnerability
Medium vulnerability
High vulnerability
p-value
(n=122)
95%CI
(n=100)
95%CI
(n=83)
95%CI
Sex
Female
79
64.8% (55.9-72.7)
63
63.0% (53.2-71.8)
39
47.0% (36.6-57.6)
0.0262*
Male
43
35.2% (27.3-44.1)
37
37.0% (28.2-46.8)
44
53.0% (42.4-63.4)
Age
60-70
28
23.0% (16.4-31.2)
27
27.0% (19.3-36.4)
27
32.5% (23.4-43.2)
0.0632*
70-80
32
26.2% (19.2-34.7)
33
33.0% (24.6-42.7)
31
37.3% (27.7-48.1)
80 or older
62
50.8% (42.1-59.5)
40
40.0% (30.9-49.8)
25
30.1% (21.3-40.7)
Color
White
88
72.1% (63.6-79.3)
74
74.0% (64.6-81.6)
54
65.1% (54.3-74.4)
0.731†
Brown/mixed race
26
21.3% (15.0-29.4)
20
20.0% (13.3-28.9)
19
22.9% (15.2-33.0)
Black
7
5.7% (2.8-11.4)
5
5.0% (2.2-11.2)
9
10.8% (5.8-19.3)
Yellow
1
0.8% (0.1-4.5)
1
1.0% (0.2-5.4)
1
1.2% (0.2-6.5)
Marital status
Single
10
8.2% (4.5-14.4)
3
3.0% (1.0-8.5)
4
4.8% (1.9-11.7)
0.285†
Married
44
36.1% (28.1-44.9)
37
37.0% (28.2-46.8)
40
48.2% (37.8-58.8)
Separated
13
10.7% (6.3-17.4)
12
12.0% (7.0-19.8)
11
13.3% (7.6-22.2)
Widowed
55
45.1% (36.5-53.9)
48
48.0% (38.5-57.7)
28
33.7% (24.5-44.4)
*Chi-square test; †Fisher’s exact test
In table 2, a predominance of robust older adults in the low vulnerability condition (14.8%; 95%CI 9.5-22.1) is observed, with a predominance of the pre-frailty condition in the three strata of social vulnerability. Among older adults aged 80 years or over, there was a predominance of frail people in the three vulnerability strata, with no association between frailty and social vulnerability, p=0.788.
Table 2
Association between physical frailty and social vulnerability index in older adults aged 60 and 80 years and over
Age ≥ 60 years
Low vulnerability
Medium vulnerability
High vulnerability
p-value
(n=122)
95%CI
(n=100)
95%CI
(n=83)
95%CI
Frailty
Non frail
18
14.8% (9.5-22.1)
13
13.0% (7.8-21.0)
12
14.5% (8.5-23.6)
0.927*
Pre-frail
56
45.9% (37.3-54.7)
52
52.0% (42.3-61.5)
39
47.0% (36.6-57.6)
Frail
48
39.3% (31.1-48.2)
35
35.0% (26.4-44.7)
32
38.6%(28.8-49.3)
Age ≥ 80 years
Low vulnerability
Medium vulnerability
High vulnerability
p-value
(n=62)
95%CI
(n=40)
95%CI
(n=25)
95%CI
Frailty
Non frail
7
11.3% (5.6-21.5)
3
7.5% (2.6-19.9)
1
4.0% (0.7-19.5)
0.788†
Pre-frail
18
29% (19.2-41.3)
14
35.0% (22.1-50.5)
10
40.0% (23.4-59.3)
Frail
37
59.7% (47.3-71.0)
23
57.5% (42.2-71.5)
14
56.0% (37.1-73.3)
*Chi square test; †Fisher’s exact test
In table 3, delirium in older adults aged 60 years or over from low-vulnerability areas was 29.5% (95%CI 22.3-38.4), from medium-vulnerability areas 17% (95%CI 10.9 -25.5) and from high-vulnerability areas 14.5% (95%CI 8.6-23.9), with p=0.0151. In older adults aged 80 years or over, the frequency distribution of delirium in patients from low-vulnerability areas was 44.3% (95%CI 32.5-56.7), from medium-vulnerability areas 35.0% (95%CI 22.1-50.5) and high-vulnerability areas 25.0% (95%CI 12.0-44.9), with p=0.235.
Table 3
Association between the occurrence of delirium and the social vulnerability index in older adults aged 60 and 80 years and over
Age ≥ 60 years
Low vulnerability
Medium vulnerability
High vulnerability
p-value
(n=122)
IC95%
(n=100)
IC95%
(n=83)
IC95%
Delirium
No
85
69.7% (61.6-77.7)
83
83.0% (74.5-89.1)
70
84.3% (76.1-91.4)
0.0151*
Yes
36
29.5% (22.3-38.4)
17
17.0% (10.9-25.5)
12
14.5% (8.6-23.9)
Missing
1
(0.8%)
0
(0%)
1
(1.2%)
Age ≥ 80 years
Low vulnerability
Medium vulnerability
High vulnerability
p-value
(n=61)
95%CI
(n=40)
95%CI
(n=24)
95%CI
Delirium
No
34
55.7% (43.3-67.5)
26
65.0% (49.5-77.9)
18
75.0% (55.1-88.0)
0.235†
Yes
27
44.3% (32.5-56.7)
14
35.0% (22.1-50.5)
6
25.0% (12.0-44.9)
* Chi square test; †Fisher’s exact test
Discussion
Women predominate in regions of low and medium vulnerability and men in areas of greater deprivation and/or high vulnerability. A study carried out with data from the Rochester Epidemiology Project (Mayo Clinic) included 197,578 individuals from Minnesota, United States, 49.5% of the sample was aged 50 years or older, and the aim was to determine the association between socioeconomic status, chronic conditions and differences by age, sex, race or ethnicity. The prevalence of chronic conditions and a composite measure of neighborhood socioeconomic disadvantage was estimated, the Area Deprivation Index (ADI). For the cardiometabolic conditions of hyperlipidemia, diabetes mellitus, cardiac arrhythmias and coronary artery disease, the patterns were similar in men and women, but associations were stronger with the increase in the ADI quintile in women, compared to men.(21)
Although several studies show that the female aging process involves greater disability, comorbidities and less accumulation of capital (social, financial, health), which makes them more susceptible to the social health gradient,(2,3) this relationship was not observed in hospitalized older adult women. In this study, there was a more significant presence of men among older adults from areas of greater vulnerability. Future research is needed to clarify the developmental factors that lead to these sex differences and identify effective strategies to intervene in the relationship between socioeconomic position and adverse outcomes.
The condition of physical frailty and the differences observed in neighborhoods with socioeconomic and ethnic diversity in San Antonio, Texas, United States, were the subject of a cross-sectional study conducted with 394 older adults aged 65 years or older. The prevalence of frailty was 15.6% in the central neighborhood, 9.4% in the transition neighborhood and 3.5% in the suburbs (p=0.01).(22) In the present study, there was no evidence of an association between physical frailty and the vulnerability index in hospitalized older adults. There was a predominance of pre-frail older adults in those aged 60 years or over, and frail in those aged 80 years or over. The lack of association between physical frailty and the vulnerability index may be related to the subject selection process and the study design. Since this is a sectional study conducted in a single hospital environment, it presents particularities in the evaluation, such as decompensation of some clinical condition.
A longitudinal study involving the third and fourth stages of the Duke Established Populations for Epidemiologic Studies of the Elderly (EPESE) analyzed 1,740 older adults in an area rich in health services. There was no association between frailty and an unfavorable neighborhood, possibly due to the better health of the sample and easy access to health services.(23) The literature also points to an association between physical frailty and sociodemographic and clinical factors of older adults, such as low income,(24) age, female sex and low schooling.(8)
In a systematic review with meta-analysis conducted in the United Kingdom in 2022, the objective was to evaluate the relationship between social vulnerability, mortality and frailty in older adults. The level of social vulnerability in the meta-analysis measured by the social vulnerability index was 0.3 (95%CI 0.24-0.36). The highest social vulnerability index was observed in Tanzania 0.47 (95%CI 0.44-0.50), while the lowest social vulnerability index was reported in China 0.15 (95%CI 0.15-0.15) . The highest level of the frailty index was 0.32 in Tanzania and Europe, and the lowest frailty reported in a study from the United States was in Hawaii, 0.15. In all studies, social vulnerability was a significant predictor of mortality for both sexes.(25)
In a prospective study conducted in Boston with 560 older adults over 70 years of age, there was an association between social vulnerability and delirium. The objective was to evaluate the association between characteristics of the socioeconomic level of neighborhoods and the incidence and severity of delirium in older adults undergoing major non-cardiac surgery. Living in less favored neighborhoods was associated with a higher risk of delirium (46%), when compared to more advantaged neighborhoods (23%) (risk ratio 2.0; 95%CI 1.3–3.1, with p=0 .01).(12) These data differ from those found in the present study; among older adults aged 60 years or over, 29.5% from low-vulnerability regions presented delirium and 14.5% of those from high-vulnerability regions, with p=0.0151. Delirium is known to be underdiagnosed, and its screening depends on the training of health professionals.(26) Regions of low vulnerability may have greater access to professional caregivers, trained in identifying subtle changes in the mental state of older adults, hence there is an earlier referral to the hospital environment. Studies that can elucidate this hypothesis, assessing the type of care, professional or not, in each segment of social vulnerability should be encouraged. Understanding the psychosocial factors that may lead to increased delirium in hospitalized older adults is important for managing this condition.
The frequency distribution of delirium in older adults aged 80 years or over from low-vulnerability areas was 44.3% (95%CI 32.5-56.7), from medium vulnerability 35% (95%CI 22.1 -50.5) and from high vulnerability areas 25% (95%CI 12.0-44.9). Even though the increase in delirium in older adults aged 80 or over is significant, there was no association with social vulnerability.
The use of tools for assessing social vulnerability, such as the IVAB, allows the objective comparison of health units, identifying areas that require a greater contribution of resources from the state, striving for the principle of equity in the SUS. The identification of social vulnerability within the territory from a perspective beyond the identification of poverty (insufficiency of income) and the relationship with hospitalization, physical frailty and delirium, encourages thinking about individualized healthcare and nursing care management plans.
The limitations of the study include the sectional design, which does not allow the establishment of a cause-effect relationship, the presence of different instruments for assessing different strata of social vulnerability and the failure in screening clinical risk factors for the occurrence of delirium.
Conclusion
There was an association between hospitalization and delirium in younger older adult women from regions of low and medium social vulnerability. This association was not observed in older adult women from highly vulnerable regions. Physical frailty evolves with increasing age, since pre-frailty predominates in younger older adults aged 60 years or over, and the frail condition in those over 80 years of age. Physical frailty showed no relationship with the social vulnerability index, while delirium showed a relationship with areas of lower social vulnerability index in younger older adults aged between 60 and 80 years. Individual factors must be interpreted within the broader context of indicators of social disadvantage, highlighting the need for a complex and multifactorial approach to planning care for hospitalized older adults. The psychosocial factors that can lead to an increase in delirium in hospitalized older adults from areas of low social vulnerability need to be better understood.
Autoría
Maria Helena Lenardt
colaboraram com a concepção de estudo
análise e interpretação dos dados
redação do artigo
revisão critítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.Universidade Federal do ParanáBrasilCuritiba, PR, BrasilUniversidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
revisão critítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
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revisão critítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.Universidade Federal do ParanáBrasilCuritiba, PR, BrasilUniversidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
revisão critítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR, Brasil.Universidade Estadual do Centro-OesteBrasilIrati, PR, BrasilUniversidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR, Brasil.
Meiry Fernanda Pinto Okuno (https://orcid.org/0000-0003-4200-1186) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Conflitos de interesse:
nada a declarar.
SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.Universidade Federal do ParanáBrasilCuritiba, PR, BrasilUniversidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR, Brasil.Universidade Estadual do Centro-OesteBrasilIrati, PR, BrasilUniversidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR, Brasil.
Tabela 3
Associação entre a ocorrência de delirium e o índice de vulnerabilidade social em pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 e 80 anos
table_chartTabela 1
Condições sociodemográficas e índice de vulnerabilidade social
Variáveis
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=122)
IC95%
(n=100)
IC95%
(n=83)
IC95%
Sexo
Feminino
79
64,8% (55,9-72,7)
63
63,0% (53,2-71,8)
39
47,0% (36,6-57,6)
0,0262*
Masculino
43
35,2% (27,3-44,1)
37
37,0% (28,2-46,8)
44
53,0% (42,4-63,4)
Idade
60-70
28
23,0% (16,4-31,2)
27
27,0% (19,3-36,4)
27
32,5% (23,4-43,2)
0,0632*
70-80
32
26,2% (19,2-34,7)
33
33,0% (24,6-42,7)
31
37,3% (27,7-48,1)
80 ou mais
62
50,8% (42,1-59,5)
40
40,0% (30,9-49,8)
25
30,1% (21,3-40,7)
Cor
Branca
88
72,1% (63,6-79,3)
74
74,0% (64,6-81,6)
54
65,1% (54,3-74,4)
0,731†
Parda
26
21,3% (15,0-29,4)
20
20,0% (13,3-28,9)
19
22,9% (15,2-33,0)
Preta
7
5,7% (2,8-11,4)
5
5,0% (2,2-11,2)
9
10,8% (5,8-19,3)
Amarela
1
0,8% (0,1-4,5)
1
1,0% (0,2-5,4)
1
1,2% (0,2-6,5)
Estado civil
Solteiro(a)
10
8,2% (4,5-14,4)
3
3,0% (1,0-8,5)
4
4,8% (1,9-11,7)
0,285†
Casado(a)
44
36,1% (28,1-44,9)
37
37,0% (28,2-46,8)
40
48,2% (37,8-58,8)
Separado(a)
13
10,7% (6,3-17,4)
12
12,0% (7,0-19,8)
11
13,3% (7,6-22,2)
Viúvo(a)
55
45,1% (36,5-53,9)
48
48,0% (38,5-57,7)
28
33,7% (24,5-44,4)
table_chartTabela 2
Associação entre fragilidade física e índice de vulnerabilidade social em pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 e 80 anos
Idade ≥ 60 anos
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=122)
IC95%
(n=100)
IC95%
(n=83)
IC95%
Fragilidade
Não frágil
18
14,8% (9,5-22,1)
13
13,0% (7,8-21,0)
12
14,5% (8,5-23,6)
0,927*
Pré-frágil
56
45,9% (37,3-54,7)
52
52,0% (42,3-61,5)
39
47,0% (36,6-57,6)
Frágil
48
39,3% (31,1-48,2)
35
35,0% (26,4-44,7)
32
38,6%(28,8-49,3)
Idade ≥ 80 anos
Baixa vulnerabilidade
Média vulnerabilidade
Alta vulnerabilidade
p-value
(n=62)
IC95%
(n=40)
IC95%
(n=25)
IC95%
Fragilidade
Não frágil
7
11,3% (5,6-21,5)
3
7,5% (2,6-19,9)
1
4,0% (0,7-19,5)
0.788†
Pré-frágil
18
29% (19,2-41,3)
14
35,0% (22,1-50,5)
10
40,0% (23,4-59,3)
Frágil
37
59,7% (47,3-71,0)
23
57,5% (42,2-71,5)
14
56,0% (37,1-73,3)
table_chartTabela 3
Associação entre a ocorrência de delirium e o índice de vulnerabilidade social em pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 e 80 anos
Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São PauloR. Napoleão de Barros, 754, 04024-002 São Paulo - SP/Brasil, Tel./Fax: (55 11) 5576 4430 -
São Paulo -
SP -
Brazil E-mail: actapaulista@unifesp.br
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