Open-access Redefining learning spaces in higher education: analysis of the Ilum School of Science

AC Ambiente Construído Ambiente Construído 1415-8876 1678-8621 Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC Abstract This study examines the redefinition of learning spaces in higher education, focusing on the Ilum School of Science at CNPEM. In response to the demands of a labor market shaped by technological innovations and contemporary societal challenges, this study investigates how academic institutions are adapting their physical environments to meet emerging needs. Utilizing the Design Science Research (DSR) methodology, the article analyzes architectural and design modifications, emphasizing the integration of technologies and the flexibility required for interactive and engaging learning. A critical analysis of interviews with users of this space reveals that these transformations significantly enhance practical learning and student engagement, while also promoting creativity and collaboration, which are essential for academic and professional success in today’s world. The Ilum School of Science serves as an outstanding example of how educational environments can be effectively transformed. The study highlights the importance of adaptable educational spaces and offers practical guidelines for institutions seeking to renew their educational facilities to align more closely with the dynamics of contemporary society. Introdução Nas últimas décadas, a educação e o mercado de trabalho sofreram profundas transformações, impulsionadas por avanços tecnológicos e novas exigências sociais (Wagner; Dintersmith, 2015; Johannessen, 2019; Barbosa et al., 2022). A pandemia da COVID-19 acelerou essas mudanças, forçando a uma rápida revisão das rotinas de trabalho e de estudo de maneira global (Souza, 2020; Barbosa et al., 2022). A literatura recente, como o estudo de Barbosa et al. (2022), publicado no European Journal of Futures Research, argumenta que os paradigmas do mundo do trabalho estão mudando, exigindo contínua renovação dos modelos educacionais para preparar a força de trabalho para novos formatos de emprego (BARBOSA et al., 2022). A necessidade de adaptação a esse cenário emergente revelou desafios e oportunidades para repensar e remodelar os ambientes de aprendizagem e trabalho. A transição para modelos híbridos de ensino, combinando elementos presenciais e online, já era uma tendência antes mesmo da pandemia, e agora se estabelece como uma prática comum (Carneiro; Andrade; Sampaio, 2022). Serafim (2022) descreve este fenômeno como um “processo de hibridização”, evidenciando a capacidade de adaptação das estruturas educacionais e corporativas. Tal flexibilidade no ambiente educacional é crucial para atender às necessidades de um mercado de trabalho que, conforme Resnick (2017), exige que profissionais tenham uma abordagem criativa e adaptativa. Para alcançar esse objetivo, Resnick sugere uma metodologia inspirada no ambiente de jardim da infância, onde a interação entre os pares e a liberdade de atuação promovem o desenvolvimento pessoal e a criatividade. Conforme Wagner e Dintersmith (2015) destacam, as inovações tecnológicas estão desestruturando as rotinas de trabalho tradicionais, revelando que muitos sistemas educacionais ainda são obsoletos. Os modelos tradicionais de ensino, centrados em aulas expositivas em espaços estáticos, estão sendo adaptados – e em alguns casos substituídos – por abordagens que valorizam a colaboração, a experimentação e a aprendizagem prática. Nesse contexto, torna-se essencial repensar os espaços físicos dedicados à educação, não apenas por causa das transformações aceleradas pela pandemia, mas também pelas necessidades educacionais em evolução. Autores como Alvares e Kowaltowski (2015) ressaltam a necessidade de os espaços de aprendizagem refletirem metodologias pedagógicas diversas, que podem ir desde aulas expositivas até abordagens que valorizam a interação e a aprendizagem ativa. Entre os métodos contemporâneos de ensino-aprendizagem, destacam-se a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), a sala de aula invertida e o aprendizado por pares. Essas práticas educacionais envolvem os alunos em projetos relevantes de longo prazo, promovem a autonomia no estudo em casa para posterior discussão em sala de aula e incentivam o aprendizado por meio da explicação de conceitos entre os estudantes (Mazur, 1997, 2013; Martinez; Stager, 2013). Embora a maioria dessas abordagens tenha sido criada no exterior, existe um grande interesse de forma eminente no Brasil por sua adaptação às nossas condições sociais. Um exemplo foi a Escola Zeferino Vaz de Educação Superior, realizada na UNICAMP em 2012, que contou com a presença de autoridades no assunto, incluindo Peter Dourmashkin e Philip Altbach (UNICAMP, 2012). Já existem, nessa área, alguns exemplos implementados de espaços dedicados a essas novas metodologias. Um dos primeiros foi o espaço TEAL (Technology-Enhanced Active Learning) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), traduzido como Aprendizagem Ativa Aprimorada pela Tecnologia. Esse conceito foi desenvolvido por John Belcher no MIT e envolve a integração de tecnologia e pedagogia ativa para criar um ambiente de aprendizagem colaborativo e interativo, onde os alunos trabalham em pequenos grupos em mesas redondas providas de notebooks, com quadros brancos e projeções a seu redor (Dori; Belcher, 2005). No que se refere aos ambientes de trabalho, nas últimas décadas parece ter ocorrido um maior avanço na criação de espaços mais colaborativos e interativos que promovem a criatividade. A empresa Google foi, sem dúvida, uma precursora com a implementação dos famosos playgrounds – espaços de descompressão e que acabaram se tornando frequentes na maioria dos ambientes corporativos voltados à inovação (Saval, 2014). Além disso, desde o início dos anos 2000, os espaços de coworking tornaram-se comuns sob diferentes modelos de negócios, tanto dentro de empresas quanto em ambientes de trabalho independentes. De acordo com Saval (2014), esses espaços são projetados para fomentar o senso de comunidade entre os usuários, proporcionando um ambiente compartilhado, onde indivíduos podem trabalhar de forma independente, mas coletivamente. Saval descreve que o conceito de coworking nasceu da necessidade de se criar espaços de trabalho mais dinâmicos e sociais, que pudessem acomodar os crescentes setores de trabalhadores autônomos (freelancers) e startups (Saval, 2014). O principal desafio para a área de educação neste momento é como incorporar os avanços observados no mundo corporativo para os espaços de ensino-aprendizagem, de forma alinhada às novas metodologias educacionais, promovendo ambientes que favoreçam a colaboração, a interatividade e a criatividade. Contudo, apesar das discussões teóricas e recomendações de adaptação dos espaços de aprendizagem, há uma lacuna significativa na literatura sobre a implementação prática dessas transformações no ensino superior. Poucos estudos exploram como as instituições de ensino estão projetando e modificando fisicamente seus espaços para atender às exigências contemporâneas de uma educação mais interativa e colaborativa, combinando características dos novos espaços de trabalho e dos métodos pedagógicos atuais. Este trabalho faz parte de uma pesquisa de doutorado sobre inovações na criação de espaços de aprendizagem, em resposta às necessidades emergentes do ensino superior contemporâneo. O autor acompanhou, de forma imersiva, o desenvolvimento de três projetos com tais objetivos: o Espaço Mescla, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), o Espaço Plasma, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e a Escola de Ciência Ilum, do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), também em Campinas. Os três projetos exemplificam como o design de ambientes educacionais pode integrar tecnologia de ponta, promover a interação interdisciplinar e oferecer flexibilidade para uma variedade de atividades acadêmicas. A contribuição do trabalho reside no relato detalhado da abordagem utilizada, baseada na metodologia Design Science Research (DSR). O estudo aproveitou três oportunidades de transformação de espaços educativos, descrevendo o processo social de criação desses ambientes inovadores por meio da interação com alunos, professores e colaboradores. A imersão no projeto e na participação social permitiu uma profunda compreensão de como o envolvimento desses atores pode contribuir para bons resultados, algo que pode ser replicado em outros contextos. Ao examinar estes três exemplos, busca-se preencher lacunas no conhecimento e fornecer recomendações práticas de projeto arquitetônico para guiar profissionais e instituições na reconfiguração de ambientes educacionais, atendendo às necessidades de uma sociedade em constante mudança. Por limitações de espaço do texto, neste artigo é apresentado, em maior profundidade, apenas o caso da Escola Ilum. A principal diferença entre ela e os demais espaços foi o tipo de atores envolvidos no processo participativo – além das diferentes escalas dos projetos. Questões de pesquisa e objetivos Este trabalho foi guiado por questões que buscam entender os espaços de ensino superior frente às exigências contemporâneas. As questões de pesquisa são: Quais características devem ter os espaços de ensino contemporâneos para fomentar uma aprendizagem eficaz e engajadora? Como o processo de desenvolvimento de projetos de arquitetura e interiores pode responder às novas demandas educacionais, promovendo ambientes que favoreçam a interação e a flexibilidade necessárias no ensino superior? De que maneira a configuração espacial e as dinâmicas de interação influenciam a eficácia dos processos de ensino e aprendizagem em universidades? Como professores, estudantes, colaboradores e gestores podem ser envolvidos no processo de criação desses espaços? Com essas questões em foco, o principal objetivo deste artigo é investigar as novas concepções de espaços educacionais no ensino superior, por meio da análise crítica da Escola de Ciência Ilum do CNPEM. Esta investigação foi conduzida através de uma análise detalhada das seguintes categorias: design e arquitetura: Como o layout, os equipamentos e a organização desses espaços promovem um ambiente de aprendizado dinâmico e interativo? funcionalidade: Quais são os recursos disponíveis, incluindo tecnologias e infraestrutura, para atender às necessidades contemporâneas dos processos educativos? configuração espacial: Qual o impacto da configuração espacial na dinâmica de ensino e aprendizagem, considerando a adaptabilidade e a flexibilidade dos ambientes? dinâmicas de interação: Como esses espaços facilitam a interação entre os usuários, estimulando a colaboração e o compartilhamento de conhecimento? características inovadoras: Quais inovações definem esses espaços como modelos para futuros ambientes de aprendizado? O intuito é não somente revelar o potencial desses espaços para inspirar mudanças na educação superior, mas também contribuir para o debate sobre o papel da arquitetura e do design de interiores na promoção de um aprendizado mais eficaz e envolvente. Materiais e métodos Este estudo faz parte de uma pesquisa de doutorado que emprega a metodologia Design Science Research (DSR), focada na criação e validação de artefatos projetados para resolver problemas específicos, conforme delineado por Dresch, Lacerda e Antunes Junior (2015). No contexto desta investigação, os espaços de aprendizagem inovadores – o Espaço Mescla da PUC-Campinas, o Espaço Plasma da UNICAMP e a Escola de Ciência Ilum do CNPEM – foram concebidos utilizando uma abordagem de ação reflexiva inspirada por Schön (1983). Esta abordagem enfatiza a participação do pesquisador em uma prática reflexiva intensiva, caracterizada por colaboração, reflexão e interação contínua, essencial para compreensão dos desafios e assimilação do conhecimento nas etapas de concepção, construção e validação do projeto. O percurso metodológico envolveu a definição do problema por meio da interação com as partes interessadas, incluindo educadores, alunos e administradores, para garantir que as soluções propostas atendessem às necessidades reais da comunidade acadêmica. Posteriormente, foram desenvolvidos os desenhos com as soluções de projetos dos espaços de aprendizagem, refinados em colaboração com os usuários e colaboradores. Essas adaptações compreenderam ajustes nas especificações do projeto, respondendo a limitações de orçamento e cumprimento do cronograma. Na sequência, ocorreram etapas de obras de reforma, com a implementação de novos materiais de acabamento, adequação das instalações elétricas, hidrossanitárias e de tecnologias da informação e de prototipagem rápida, além de móveis especialmente desenhados e executados em marcenaria ou comprados prontos. As etapas da metodologia Design Science Research (DSR) podem ser observadas na Figura 1. Por limitações de espaço, neste artigo são apresentadas, com mais detalhes, as fases destacadas em vermelho: o Desenvolvimento do artefato, a Avaliação do artefato e a Elucidação do aprendizado da Escola de Ciência Ilum. A etapa 7 foca na criação e implementação da solução proposta, enquanto a etapa 8 analisa a eficácia e o impacto da intervenção implementada. Já a etapa 9 reflete sobre os conhecimentos adquiridos, extraindo lições e recomendações para futuras práticas. Essas fases são essenciais para compreender o valor prático e teórico do artefato. Neste trabalho, o pesquisador adotou uma postura participativa durante todo o processo de criação e investigação desses projetos. Este envolvimento direto, embora possa sugerir um conflito de interesses, foi mitigado pela transparência e pela colaboração contínua com outros atores envolvidos no processo, incluindo a orientadora e outros colaboradores da comunidade acadêmica, como alunos de graduação, pós-graduação e gestores. A participação ativa do pesquisador foi essencial para obter um olhar crítico e para a adaptação ágil às necessidades que emergiam durante as fases de projeto e execução. Na etapa de avaliação do artefato, conforme proposto por Dresch, Lacerda e Antunes Jr. (2015), foram adotados procedimentos análogos aos da metodologia de Avaliação Pós-Ocupação (APO), descrita por Voordt e Van Wegen (2013) em “Arquitetura sob o olhar do usuário”. A APO, tradicionalmente utilizada para avaliar edificações já concluídas e em uso, funciona como uma “avaliação depois do fato”, verificando se as expectativas e metas do projeto foram atingidas mediante métodos quantitativos e qualitativos. No entanto, é importante destacar que a etapa 8 (Avaliação do artefato) deste trabalho não se configura como uma Avaliação Pós-ocupação, focando apenas em aspectos específicos como a funcionalidade, o conforto, a adequação para o ensino-aprendizagem, e a percepção dos usuários desses espaços. Na etapa de avaliação desta pesquisa, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e grupos focais que forneceram percepções detalhadas sobre as experiências, visões e necessidades dos envolvidos, fundamentais para compreender as dinâmicas de interação e a eficácia dos espaços em promover uma aprendizagem colaborativa e inovadora. Figura 1 Etapas da metodologia utilizada Fonte: adaptado de Dresch, Lacerda e Antunes Junior (2015). Ono et al. (2018) ressaltam que os métodos qualitativos de coleta de dados, como entrevistas, grupos focais e métodos observacionais, são essenciais para aferir a percepção e a satisfação dos usuários quanto ao ambiente construído. Entre os métodos apresentados, entrevistas individuais ou em grupo se destacam por permitir coletar informações sobre a percepção dos usuários de forma detalhada e contextualizada (Ono et al., 2018). Duarte (2004) evidencia a importância dessas entrevistas qualitativas, afirmando que elas permitem ao pesquisador “fazer um mergulho em profundidade” para coletar indícios significativos sobre como os sujeitos percebem e interpretam sua realidade (Duarte, 2004). As perguntas das entrevistas, aprovadas pelo Comitê de Ética da UNICAMP , concentraram-se em explorar três dimensões principais: a percepção dos usuários sobre o design e funcionalidade do espaço; suas experiências pessoais e interações no local; e suas expectativas e demandas para futuras melhorias. Após as entrevistas, os dados gravados foram transcritos e analisados para identificar unidades de significação, que são segmentos da fala contendo informações essenciais para a análise, conforme descreve Duarte (2004). Essas unidades foram posteriormente organizadas em categorias de análise mais amplas, formadas a partir dos conceitos teóricos que embasaram as perguntas e das questões que emergiram naturalmente durante a análise. Essa organização sistemática dos dados permitiu a identificação de padrões e tendências nas respostas, fornecendo uma compreensão profunda das dinâmicas e perspectivas dos participantes em relação ao tema estudado. Esses padrões e categorias emergiram como elementos fundamentais para a exposição dos resultados, permitindo a formulação de hipóteses explicativas sobre o fenômeno investigado (Duarte, 2004). No próximo tópico, é detalhado o caso estudado, começando pelo contexto de criação e as análises subsequentes da Escola de Ciência Ilum. Análise da Escola de Ciência Ilum Neste tópico, é caracterizada a Escola de Ciência Ilum, abordando inicialmente o contexto de criação, sua finalidade, e o projeto arquitetônico proposto. São descritos as infraestruturas e os recursos que esse espaço inovador de aprendizado oferece, estabelecendo um panorama de suas intenções educacionais. Em seguida, a análise se concentra nas percepções dos usuários, coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados um total de 22 usuários desse local, com idades entre 18 e 55 anos. O perfil dos participantes incluiu estudantes de graduação, professores do ensino superior, colaboradores do setor administrativo e técnicos de laboratório, abrangendo ambos os gêneros e refletindo a diversidade de funções dentro do ambiente acadêmico e operacional. A seleção dos entrevistados foi realizada de maneira aleatória, a partir de abordagem pessoal no próprio espaço, em que foram apresentados o contexto da pesquisa e o motivo da coleta de dados. As entrevistas foram gravadas com consentimento prévio dos participantes, e que demonstraram um entendimento profundo sobre as interações daquele grupo de alunos, professores e colaboradores com o projeto estudado. Os dados coletados nas entrevistas foram organizados para que pudessem ser interpretados conforme as categorias de análise mencionadas no tópico anterior e que são apresentados mais adiante. Escola de Ciência Ilum A Escola de Ciência Ilum é uma iniciativa educacional inovadora mantida pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) (CNPEM, 2024), sob a administração do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do Governo Federal. Concebida como um polo de formação avançada em ciência e tecnologia, a Ilum oferece um curso de bacharelado interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, projetado para integrar rigorosamente as áreas de ciências da vida, ciências da matéria, linguagens matemáticas e humanidades. A motivação para a criação da Escola Ilum nasceu do desejo de formar uma nova geração de cientistas equipados, não somente com conhecimento técnico, mas também com uma forte consciência cívica e ética. Iniciada pelo Prof. Rogério Cerqueira Leite, presidente do Conselho do CNPEM, a ideia evoluiu a partir de 2017, através de uma série de discussões que visavam estabelecer um modelo de ensino superior que fosse verdadeiramente integrador e focado na formação de jovens cientistas. O objetivo era preparar profissionais capazes de resolver problemas complexos, transitar facilmente entre as diversas áreas do conhecimento, e contribuir significativamente para o avanço científico e tecnológico global (CNPEM, 2022). O campus da Ilum foi projetado para permitir a imersão total dos alunos no ambiente de pesquisa desde o primeiro dia de aula. Ocupando o espaço onde ocorreram as primeiras atividades relacionadas ao acelerador de elétrons UVX, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) (LNLS, 2024), na década de 1980, e que posteriormente foi utilizado como incubadora de empresas, as instalações foram completamente renovadas para servir como ambiente educacional de última geração. Alguns dos eventos que marcaram a evolução das atividades do LNLS, onde atualmente encontra-se a Escola de Ciência Ilum, podem ser observados na Figura 2. Figura 2 Acontecimentos que marcaram a evolução do LNLS Fonte: adaptado de CNPEM (2022). Após a mudança do LNLS para o novo campus de Barão Geraldo, em 1995, o edifício começou a ser usado para outros fins, abrigando inclusive uma incubadora de empresas da Prefeitura de Campinas. Antes do início das obras para sua conversão na Escola Ilum, o imóvel estava em condições que exigiam uma renovação completa, conforme exposto na Figura 3. As características originais do edifício compreendiam paredes de alvenaria de bloco de concreto, mezanino com trechos de laje em concreto e trechos com estrutura metálica. O espaço era coberto por uma grande estrutura metálica treliçada, com telhas de amianto em duas águas, formando um amplo vão. Essas telhas apresentavam sinais evidentes de infiltração e desgaste. A fachada principal do edifício destacava-se pela parede de bloco de concreto aparente, formando uma composição triangular devido à inclinação da cobertura. Figura 3 Imagens do imóvel antes do início das obras Fonte: fotografias da autora Gabriela Celani. Nos últimos anos de uso, os ambientes internos haviam sido subdivididos por painéis leves, descaracterizando o vão central com o pé-direito duplo. Essa foi uma característica original do edifício que se buscou resgatar e explorar para obter-se uma maior integração entre os diferentes espaços da escola. A planta com a configuração do edifício no início dos estudos de implantação da Ilum pode ser observada na Figura 4, que mostra as áreas internas de circulação e a subdivisão dos ambientes, tanto do pavimento térreo quanto do primeiro andar. Figura 4 Planta original do edifício do CNPEM O partido de projeto arquitetônico manteve o aspecto industrial existente na edificação, aproveitando as estruturas edificadas em alvenaria e metálicas. A presença de um lanternim, que favorecia a troca de ar quente e a ventilação natural, foi valorizada e preservada durante a reforma. A solução final propôs a substituição da cobertura em amianto por telhas tipo forro termoacústicas, pintura da estrutura metálica existente, incluindo pilares, vigas e guarda-corpos de metal. Também foi instalado um elevador para acessibilidade e aplicado um novo piso com revestimento em pintura epóxi. As divisórias leves foram removidas para a construção de nova distribuição de salas com paredes de drywall – gesso acartonado preenchido com lã de rocha – e sistemas de caixilhos de alumínio com vidro incolor. Os registros fotográficos realizados durante a obra podem ser observados na Figura 5. Figura 5 Registros fotográficos durante a obra da Escola de Ciência Ilum Fonte: fotografias da autora Gabriela Celani. Vale destacar que, ao longo do desenvolvimento do projeto, o programa de necessidades e a distribuição dos espaços foram modificados devido à mudança na equipe de coordenação da escola, incorporando diferentes visões de ensino. Na versão final, ao entrar no edifício, pelo pavimento térreo, os usuários se deparam primeiramente com a biblioteca, um local de aprendizado com acervo de livros e espaços dedicados tanto para estudos individuais quanto coletivos, conforme ilustrado na Figura 6. Apesar do espaço do terreno ser pequeno e não contar com uma área para jardim, elementos vegetais foram incorporados no talude da divisa Norte voltada para a rua, na área do café, por meio de vasos, e na área externa junto ao recuo frontal. Figura 6 Biblioteca da Escola de Ciência Ilum Fonte: Protobox (2021). Adjacente ao hall principal, salas multifuncionais, apresentadas na Figura 7, foram equipadas com tecnologia de ponta para projetos de robótica, incluindo impressoras 3D e equipamentos de gravação audiovisual, propiciando um ambiente ideal para a inovação e a criatividade. Próximo a essas salas, um espaço de convivências com mobiliário variado, como arquibancadas e bancadas de trabalho, facilita a interação e o desenvolvimento de projetos colaborativos. Figura 7 Salas para desenvolvimento de projetos Fonte: Protobox (2021). Neste mesmo pavimento, a Figura 8 exibe uma ampla área de convivência equipada com mesas, cadeiras, sofás e poltronas, criando um ambiente acolhedor que estimula a interação e a troca entre alunos e professores. Figura 8 Vista panorâmica da área de convivências da Ilum Fonte: Protobox (2021). Uma área de convivência e refeições, com bancada para preparo de alimentos (Figura 9), atua como um ponto de encontro central onde todos podem interagir em um contexto mais informal. Esses elementos são essenciais para fomentar uma atmosfera colaborativa. Figura 9 Vista panorâmica da área de convivências da Ilum Fonte: Protobox (2021). Já no primeiro andar, com acesso por meio de escadas ou elevador, os usuários encontram as áreas administrativas, incluindo a secretaria e as salas de coordenação. Uma ampla sala de professores (Figura 10), com estações de trabalho individuais em um ambiente compartilhado, proporciona um espaço para planejamento e colaboração docente, contrastando com o modelo tradicional de gabinetes isolados onde o docente tem mais privacidade, ficando menos acessível. Além disso, há salas reservadas para reuniões e atividades que também requerem mais privacidade. Figura 10 Sala dos professores Fonte: Protobox (2021). Nos espaços mais divididos, foram intercaladas divisórias opacas com vidro transparente, mantendo a visibilidade e continuidade espacial do projeto. A circulação periférica deste andar oferece uma vista clara para a área de convivência no térreo através de um vão que destaca o pé-direito duplo da área central do edifício. Este andar também abriga salas de aula que possuem mobiliário com rodízios e paredes com lousa, otimizando o espaço para aulas dinâmicas e interativas que são fundamentais para a pedagogia da Ilum. O layout proposto, apresentado na Figura 11, destaca na cor amarela os ambientes fechados, enquanto os espaços de circulação são identificados em cinza. Além de servirem para a movimentação, alguns desses espaços de circulação em cinza são equipados com mobiliário, transformando-se em áreas de permanência, ambientes de estudo e de socialização. Figura 11 Planta de layout do projeto da Escola de Ciência Ilum – CNPEM Nos próximos tópicos, são apresentados e discutidos os resultados das entrevistas semiestruturadas realizadas com alunos, professores e colaboradores da escola Ilum, oferecendo uma visão aprofundada das experiências e interações nesse ambiente educacional. Entrevistas semiestruturadas com usuários da Escola de Ciência Ilum Os dados coletados das entrevistas semiestruturadas com os usuários da Escola de Ciência Ilum foram organizados de maneira a facilitar uma análise qualitativa e sistemática, conforme as categorias de análise previamente estabelecidas. Essa abordagem permite uma compreensão mais profunda dos padrões e tendências nas percepções dos usuários sobre o design e a funcionalidade do espaço, suas experiências pessoais e expectativas para melhorias futuras. As entrevistas foram realizadas com três grupos de usuários (9 alunos, 4 professores e 4 colaboradores, incluindo o setor administrativo, operacional e técnico de laboratório), e com 5 estudantes individualmente. A Figura 12 exibe o momento de uma das entrevistas realizadas com alunos na Ilum. Figura 12 Entrevista com alunos da Ilum Fonte: fotografias do autor Wilson Barbosa Neto. Para ilustrar os resultados de forma concisa e visual, foi criada uma nuvem de palavras que destaca os termos mais recorrentes mencionados nas entrevistas. A nuvem de palavras é uma ferramenta eficaz para representar dados qualitativos, destacando a frequência e a relevância dos termos mencionados, o que facilita a interpretação dos dados de forma visual e intuitiva (Vilela; Ribeiro; Batista, 2020). A partir da transcrição das entrevistas, as palavras que mais se destacavam dentro das categorias de análise foram selecionadas e suas recorrências identificadas. O Quadro 1 destaca as palavras mais recorrentes e a quantidade de vezes que elas apareceram nas entrevistas. Quadro 1 Recorrência e classificação de palavras nas entrevistas com usuários Categoria Palavra Frequência Design e arquitetura Layout(s) 6 Equipamento(s) 9 Organização 3 Funcionalidade Tecnologia(s) 19 Infraestrutura(s) 6 Configuração espacial Adaptabilidade(s) 11 Flexibilidade(s) 3 Dinâmicas de interação Colaboração(ões) 7 Compartilhamento(s) 6 Características inovadoras Inovação(ões) 2 Modelo(s) de ensino 12 Expectativas e melhorias Melhoria(s) 6 Sugestão(ões) 6 Posteriormente, essas palavras foram inseridas no Wordclouds.com, uma ferramenta online que permite a criação de nuvens de palavras, gerando uma visualização hierárquica em que as palavras mais frequentes aparecem em tamanhos maiores. O resultado da nuvem de palavras é apresentado na Figura 13. Figura 13 Nuvem de palavras Os temas recorrentes identificados na nuvem de palavras incluem termos como “colaboração”, “tecnologias”, “flexibilidade”, “equipamentos” e “infraestrutura”, refletindo as principais preocupações e apreciações dos usuários. As entrevistas destacaram a importância de espaços que favorecem tanto atividades colaborativas quanto estudo individual, além da necessidade de tecnologias modernas e mobiliário adaptável para criar um ambiente de aprendizado eficaz. Esta representação visual ajuda a sintetizar os insights qualitativos obtidos, preparando o leitor para as recomendações práticas e conclusões que serão abordadas no próximo tópico. Os detalhes completos das entrevistas, incluindo as falas dos entrevistados e a análise detalhada das respostas, podem ser encontrados na íntegra na tese de doutorado que deu origem a este artigo. Análise crítica: Escola de Ciência Ilum Continuando com a metodologia adotada neste estudo, as entrevistas semiestruturadas com os usuários da Escola de Ciência Ilum foram organizadas para uma análise qualitativa. Esta seção examina os dados coletados para entender como a estrutura física e as dinâmicas interativas da Escola de Ciência Ilum contribuem para o ambiente de aprendizado. A análise se baseia nos contextos em que essas palavras foram mencionadas, dispondo uma visão abrangente dos aspectos positivos e das áreas que necessitam de aprimoramento identificada por aquele grupo e entrevistados. Foi explorado como o layout, os equipamentos e a organização dos espaços promovem um ambiente de aprendizado dinâmico e interativo. Também foi examinada a adequação das tecnologias e infraestruturas disponíveis para atender às necessidades contemporâneas dos processos educativos, além do impacto da configuração espacial na dinâmica de ensino e aprendizagem, considerando a adaptabilidade e a flexibilidade dos ambientes. Adicionalmente, foram discutidas como as dinâmicas de interação facilitam a colaboração e o compartilhamento de conhecimento entre os usuários, e quais inovações definem esses espaços como modelos para futuros ambientes de aprendizado. Por fim, foram analisadas as sugestões e expectativas dos usuários para futuras melhorias, destacando as recomendações práticas que podem orientar futuras iniciativas de design e reconfiguração de espaços educacionais. O Quadro 2 apresenta a síntese da análise realizada. Quadro 2 Síntese da análise baseada nas entrevistas com usuários da Escola de Ciência Ilum Categoria Palavra Análise Design e Arquitetura Layout Os entrevistados mencionaram repetidamente a importância do layout do espaço na promoção de um ambiente de aprendizado dinâmico e interativo. Elogiaram a disposição flexível das mesas e cadeiras com rodízios, áreas de convivência e espaços multifuncionais que facilitam a interação entre alunos e professores. Alguns sugeriram uma melhor distribuição das tomadas para evitar cabos espalhados pelo espaço. Equipamentos Os usuários valorizaram a presença de notebook fornecidos a cada aluno, que facilitam o uso de tecnologia em qualquer lugar da escola. A conectividade Wi-Fi foi destacada como essencial. Além disso, mencionaram a disponibilidade de monitores nas salas de aula, permitindo o espelhamento de dispositivos móveis durante as atividades educacionais. Organização Os usuários apreciaram a organização física dos espaços, mencionando que uma boa organização contribui para a funcionalidade e eficiência do ambiente. A existência de mobiliário adaptado e conexo aos usos foi destacada, facilitando a organização espacial e a adaptação a diferentes atividades. Funcionalidade Tecnologias A infraestrutura tecnológica, incluindo a robustez da rede Wi-Fi e a oferta de notebooks, foi amplamente elogiada. Infraestrutura A qualidade da infraestrutura foi destacada. No entanto, alguns mencionaram a necessidade de melhorias na manutenção em pontos específicos. Considerando que o edifício existente foi adaptado, foram observados pontos de alerta sobre acústica e iluminação natural. Configuração espacial Adaptabilidade e flexibilidade A possibilidade de reconfigurar rapidamente o ambiente para diferentes atividades foi vista como uma vantagem significativa. A flexibilidade do mobiliário foi elogiada, mas alguns sugeriram maior diversidade de tipos de mobiliário para atender a diferentes necessidades. Dinâmicas de interação Colaboração e compartilhamento A presença de uma área central de convívio foi frequentemente mencionada, sendo utilizada para discussões coletivas, momentos de estudo individual e em grupo, assim como para a socialização. Esse espaço central é visto como um ponto focal para a interação entre alunos e professores, promovendo um senso de comunidade e colaboração contínua. Características inovadoras Inovações A oferta de notebooks e as metodologias de ensino inovadoras foram vistas como grandes vantagens. A metodologia pedagógica adotada, que estimula o desenvolvimento de projetos e o aprendizado a partir da interação, foi particularmente enfatizada. Expectativas e melhorias Melhorias e sugestões As sugestões incluíram mais áreas dedicadas a estudos silenciosos, aprimoramento do conforto do mobiliário voltado ao momento de descanso, e aumento da disponibilidade de espaços ao ar livre. A melhoria da acústica em ambientes de grande concentração de usuários foi mencionada como importante necessidade. A análise das entrevistas com os usuários da Escola de Ciência Ilum revela uma apreciação pelos aspectos inovadores e funcionais dos espaços educacionais, mas também destaca áreas que necessitam de melhorias. A flexibilidade e adaptabilidade dos espaços, combinadas com a infraestrutura tecnológica, são vistas como pontos fortes. No entanto, melhorias na distribuição de tomadas, diversificação do mobiliário e manutenção da infraestrutura são necessárias para otimizar ainda mais o ambiente de aprendizado. Essas percepções fornecem uma base sólida para a conclusão deste estudo. A partir delas, são apresentadas recomendações práticas para o desenvolvimento e reconfiguração de espaços educacionais, alinhadas às necessidades contemporâneas de ensino e aprendizagem. No próximo tópico, são exploradas essas recomendações e destacados os insights obtidos, que podem orientar futuras iniciativas em instituições de ensino superior. Conclusões O presente estudo proporciona uma análise crítica sobre a redefinição de espaços de aprendizagem no ensino superior, com foco específico na Escola de Ciência Ilum do CNPEM. Utilizando a metodologia Design Science Research (DSR), foi evidenciado como as transformações arquitetônicas e de design podem integrar metodologias educacionais com soluções espaciais para promover um ambiente de aprendizagem mais interativo e dinâmico. O trabalho apresentado inova ao documentar minuciosamente o processo de criação e implementação de espaços educacionais contemporâneos. Diferentemente de muitos estudos teóricos, este trabalho oferece um relato prático das etapas envolvidas na transformação dos espaços físicos de uma instituição de ensino superior. Tal aspecto é essencial para profissionais de arquitetura e design, pois proporciona um modelo referencial que pode apoiar o processo de projeto de espaços semelhantes. A originalidade deste trabalho reside na aplicação prática da metodologia DSR para a criação de espaços de aprendizagem. A imersão do pesquisador no processo de desenvolvimento do projeto, a interação contínua com diversos atores e a análise detalhada das percepções dos usuários conferem um grau de inovação raramente visto em estudos semelhantes. Este trabalho não apenas propõe soluções criativas, mas também valida essas soluções por meio de um processo de avaliação e elucidação do aprendizado. A análise do Quadro 2 revela que os usuários valorizam significativamente a flexibilidade do layout, a disponibilidade de tecnologia avançada e a organização dos espaços. No entanto, existem áreas que necessitam de melhorias, como a distribuição de tomadas, a manutenção da infraestrutura acústica e a inclusão de mais áreas dedicadas a estudos silenciosos e espaços ao ar livre. Essas observações destacam a importância de considerar tanto os aspectos funcionais quanto os de conforto e bem-estar ao projetar ambientes educacionais. Em suma, este trabalho demonstra como a redefinição de espaços de aprendizagem pode atender às necessidades contemporâneas do ensino superior, promovendo um ambiente que estimula a interação, a criatividade e a inovação. Com base na análise realizada, algumas diretrizes práticas para a criação de espaços de aprendizagem contemporâneos podem ser destacadas, tais como: diversificar os tipos de mobiliário para atender a diferentes perfis de usuários e usos, considerando a oferta de recursos para a personalização da ergonomia; explorar a viabilidade de incorporar sistemas de bateria em mobiliários com rodízios, como mesas e cadeiras, proporcionando maior flexibilidade na disposição e uso de mobiliários em ambientes educacionais; e implementar áreas de descompressão, voltadas para momentos de ócio criativo, descanso e permanência durante as jornadas de estudo. Essas diretrizes oferecem um caminho claro para outras iniciativas que buscam renovar os espaços educacionais, alinhando-se de uma maneira mais favorável às dinâmicas da sociedade atual e contribuindo para o avanço da educação. Referências ALVARES, S. L.; KOWALTOWSKI, D. C. C. K. Programando a arquitetura da aprendizagem. 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