Resumo
Objetivo: Determinar os fatores relacionados à síndrome da fragilidade na pessoa idosa com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica.
Métodos: Estudo de abordagem quantitativa e transversal realizado com indivíduos idosos com 60 anos ou mais de idade, de ambos os sexos, com diagnóstico de hipertensão arterial. Foram avaliados: perfil sociodemográfico, medidas da pressão arterial, hábitos de vida, Escala de Fragilidade de Edmonton e Miniexame do Estado Mental. Foram utilizadas a estatística descritiva, a análise de correlação de Pearson e o teste t para comparação das médias, além da regressão logística linear. Teve significância p<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa.
Resultados: Dos 272 participantes avaliados, 162 tinham diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, 119 (73,45%) eram mulheres, a maioria com idade entre 60 e 79 (82,1%) anos, 85 (52,5%) sem companheiro, com média de escolaridade de 5,14 anos e de 5,18 morbidades, além da hipertensão arterial. O Miniexame do Estado Mental evidenciou rastreio positivo para déficit cognitivo em 96 (59,3%) indivíduos da população em estudo e fragilidade com média de 5,43 pontos. Na regressão linear, os fatores associados à fragilidade foram a menor escolaridade (p=0,005) e o número de morbidades (<0,001), sendo que as mulheres apresentaram maior pontuação na fragilidade.
Conclusão: Os fatores associados sexo, idade, escolaridade e multimorbidade, que incidem diretamente na fragilidade, acarretam ao longo do tempo aumento da fragilidade da pessoa idosa. Tal condição pode ocasionar piora em seu estado de saúde e no desenvolvimento de novas comorbidades.
Descritores
Idoso; Fragilidade; Hipertensão; Pressão arterial; Doença crônica; Disfunção cognitiva; Estilo de vida