Resumo
Objetivo: Analisar o perfil profissional e as práticas assistenciais dos estomaterapeutas no tratamento de úlceras do pé diabético em idosos.
Métodos: Estudo transversal incluindo 181 estomaterapeutas desenvolvido em 2021. Os critérios de inclusão contemplaram estomaterapeutas que cuidavam de idosos e atuavam no cuidado direto. Aqueles que atuavam em consultoria, assessoria, ensino e pesquisa foram excluídos. Foram investigados dados sociodemográficos, profissionais e aspectos do cuidado ao idoso. O Statistical Package for the Social Sciences foi utilizado na análise de dados por meio de análise bivariada e regressão logística binária.
Resultados: A média de idade foi de 43,18 anos, o tempo médio de experiência em estomaterapia foi de 7,51 anos, 121 (66,9%) não realizavam plano de cuidados individualizado e 58 (32%) não utilizavam instrumento para avaliação funcional do idoso. Houve associação significativa entre o tempo de treinamento em terapia enterostomal e o uso de diretrizes clínicas (χ2(1)=6,155 p=0,013) e o uso do teste de monofilamento para avaliação dos pés (χ2(1)=4,236 p=0,040).
Conclusão: A prática clínica tem revelado escassez no uso rotineiro de instrumentos de avaliação funcional, o que impacta na qualidade geral da assistência na intersecção entre diabetes e saúde geriátrica. Estomaterapeutas experientes frequentemente utilizam diretrizes clínicas e avaliação dos pés com o teste de monofilamento, o que favorece melhores ações de cuidado. No entanto, o perfil profissional e as práticas de cuidado não apresentaram diferenças estatísticas na maioria das variáveis investigadas.
Descritores
Ferimentos e lesões; Ulcera do pé; Estomaterapia; Pé diabético; Idoso