Resumo
A matriz energética brasileira, majoritariamente renovável devido à abundância de recursos hídricos, busca diversificação em resposta às demandas crescentes e às considerações ambientais, sociais, econômicas e tecnológicas. A energia solar fotovoltaica surge como alternativa limpa e de disponibilidade ilimitada. A tendência global de integrar múltiplas funções aos módulos fotovoltaicos, conhecida como BIPV (Building Integrated Photovoltaics) ganha destaque, especialmente quando combinada com trocas térmicas, formando o BIPV/T. Neste artigo, com o objetivo de avaliar as interferências térmicas de módulos fotovoltaicos em fachadas, é realizado um experimento com a utilização de uma célula-controle e uma célula-teste. O experimento inclui análises comparativas das temperaturas do ar entre protótipos com e sem módulos fotovoltaicos de silício policristalino aplicados na face norte, nos períodos de verão e inverno. Concluiu-se que nas condições do experimento, sem aberturas que permitam a circulação do ar entre a retaguarda do módulo fotovoltaico e o interior da célula-teste, a aplicação do módulo fotovoltaico pode minimizar o aquecimento imediato durante o verão. No inverno, apesar de potencial para aquecimento, a falta da circulação mencionada e a baixa inércia da parede de alvenaria convencional não permitiram o aproveitamento desse potencial.
Palavras-chave
BIPV; BIPV/T; Módulo fotovoltaico; Sistema fotovoltaico integrado à edificação