Resumo
A evolução da resistência à compressão do concreto é dependente da disponibilidade de água e da temperatura no seu entorno. A restrição à água reduz a taxa de hidratação do cimento Portland e, consequentemente, a resistência à compressão. O aumento da temperatura potencializa a hidratação e a resistência à compressão nas primeiras idades. Nas idades mais avançadas, comportamento inverso pode ser observado. No presente estudo, o concreto estrutural usinado de classe C30, utilizado na execução de um empreendimento predominantemente residencial, foi submetido a diferentes condições de cura para análise dos efeitos sobre a resistência à compressão nas idades de 3, 7 e 28 dias. O procedimento de cura de referência seguiu as diretrizes normativas (NBR 5738). No laboratório, o concreto foi curado ao ar e na condição selada, utilizando filme de PVC. Na obra (in loco), o concreto foi submetido à cura química, com a aplicação de emulsão de hidrocarbonetos parafínicos. Os procedimentos de cura alternativos reduziram a resistência à compressão do concreto em todas as idades analisadas, com variação entre 7 e 30%. A cura química foi a que resultou na maior redução de resistência à compressão do concreto, apesar da evolução de perda de massa por secagem se assemelhar àquela da cura ao ar.
Palavras-chave
Cura química; Concreto in loco; Resistência à compressão; Variação de massa