Open-access MIGRAÇÕES, MOLÉSTIAS, SOBREVIVÊNCIAS: CEARENSES E PIAUIENSES NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (TERESINA-1879)1

MIGRATIONS, ILLNESSES, SURVIVALS: PEOPLE FROM CEARÁ AND PIAUÍ IN SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (TERESINA-1879)

Resumo

A seca de 1877-1879 impulsionou a migração em diferentes pontos do Norte do Império brasileiro, seja para fora dele ou para províncias limítrofes. Do Ceará, parte da população se deslocou para o Piauí, mas ao chegarem a essa província, continuaram vivenciando dificuldades, como fome, doenças e mortes. Acometidos pelas moléstias da época, muitos recorriam à Santa Casa de Misericórdia de Teresina, onde se juntavam aos piauienses. Partindo disso, este artigo analisa a presença de cearenses e piauienses internados na Santa Casa de Misericórdia de Teresina, no ano de 1879. Utilizando como fonte o Livro de Registros de internados daquele ano, verificou-se grande presença de cearenses entre os que procuravam atendimento no hospital, em número superior aos piauienses, reforçando a expressividade da migração do Ceará para o Piauí naquele período. As moléstias mais frequentes eram febre intermitente, febre paludosa, cachexia paludosa, úlceras, vermes e diarreias. Observou-se extensos períodos de internação, o que permitiu levantar hipóteses acerca das estratégias de sobrevivência da população pobre e migrante.

Palavras-chave:
Migração; Ceará; Piauí; Doenças; Febres

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