Abstract in Portuguese:

Resumo: A Exposição Internacional de Arte Chinesa de 1935-1936, em Londres, desempenhou um papel fundamental na reformulação das percepções ocidentais da identidade cultural chinesa. Este estudo examina os quadros filosóficos e curatoriais que fundamentaram a exposição, analisando como a transição de “Japonismo” para um estilo claramente “chinês” foi estrategicamente foi feita com curadoria para desafiar estereótipos ocidentais fortalecidos. Através de uma abordagem multidisciplinar que integra a filosofia cultural, a história da arte e os estudos de museu, o texto emprega quadros teóricos da hibridez cultural de Homi Bhabha, do capital cultural de Pierre Bourdieu e do orientalismo de Edward Said para interrogar a dinâmica do poder na representação da arte chinesa. Os achados demonstram como as decisões curatoriais, profundamente radicadas na estética confuciana e taoísta, funcionaram como ferramentas artísticas e diplomáticas, reforçando a soberania cultural da China, enquanto influenciaram as práticas museológicas ocidentais. Este trabalho contribui para discursos em curso na diplomacia cultural, história de arte transnacional e circulação global da estética.

Abstract in English:

Abstract: The 1935-1936 International Exhibition of Chinese Art in London played a pivotal role in reshaping Western perceptions of Chinese cultural identity. This study examines the philosophical and curatorial frameworks underpinning the exhibition, analyzing how the transition from “Japonisme” to a distinctly “Chinese Style” was strategically curated to challenge entrenched Western stereotypes. Through a multidisciplinary approach integrating cultural philosophy, art history and museum studies, the study employs theoretical frameworks from Homi Bhabha’s cultural hybridity, Pierre Bourdieu’s cultural capital and Edward Said’s orientalism to interrogate the power dynamics in the representation of Chinese art. The findings demonstrate how curatorial decisions, deeply rooted in Confucian and Taoist aesthetics, functioned as both artistic and diplomatic tools, reinforcing China’s cultural sovereignty while influencing Western museological practices. This paper contributes to ongoing discourses in cultural diplomacy, transnational art history and the global circulation of aesthetics.

Abstract in Portuguese:

Resumo: Este artigo combina métodos de análise de caso para analisar a reflexão de He Youzhi sobre a realidade social e a integração de valores tradicionais e modernos, em sua criação de histórias em quadrinhos, por meio de técnicas narrativas históricas. O objetivo é explorar como os artistas usam suas obras enquanto um meio para herança cultural e reflexão histórica, em contextos históricos específicos. A teoria de “Desafio e Resposta” de Toynbee fornece uma estrutura importante para entender as criações de He Youzhi, a qual sustenta que o crescimento da civilização decorre da resposta bem-sucedida a desafios internos e externos. A ênfase é colocada no papel dos artistas no contexto histórico e sua responsabilidade pela herança cultural. Os resultados da pesquisa indicam que as histórias em quadrinhos de He Youzhi não são apenas uma apresentação de arte visual, mas também um portador de pensamento histórico e reflexão cultural. Reinterpretar as histórias em quadrinhos de He Youzhi pode ajudar a promover a disseminação e o intercâmbio cultural, e fazê-las brilhar com novo brilho, em um novo contexto cultural.

Abstract in English:

Abstract: This article combines case analysis methods to analyze He Youzhi’s reflection of social reality and the integration of traditional and modern values in his comic book creation through historical narrative techniques. The aim is to explore how artists use their works as a medium for cultural inheritance and historical reflection in specific historical contexts. Toynbee’s “Challenge and Response” theory provides an important framework for understanding He Youzhi’s creations, which holds that the growth of civilization stems from successfully responding to internal and external challenges. Emphasis is placed on the artists’ role in the historical context and their responsibility for cultural inheritance. The research results indicate that He Youzhi’s comic books are not only a presentation of visual art, but also a carrier of historical thinking and cultural reflection. Re-interpreting He Youzhi’s comic books can help promote cultural dissemination and exchange, and make them shine with new brilliance in a new cultural context.

Abstract in Portuguese:

Resumo: A crítica de Karl Marx sobre alienação laboral permanece um tema central, em discussões sobre a exploração dos trabalhadores em sociedades capitalistas. Este estudo analisa como os Estados socialistas - a União Soviética, a China e Cuba - tentaram institucionalizar a teoria marxista do trabalho, em seus quadros jurídicos, focando na propriedade coletiva, abolição da propriedade privada e relações laborais. Ao empregar uma análise comparativa hermenêutica, este trabalho explora as contradições entre os ideais marxistas e sua aplicação prática em sistemas jurídicos socialistas. Particularmente, ele mostra como as estruturas burocráticas e a interferência política formaram as políticas laborais. Enquanto a teoria de Marx fornece uma base teórica para eliminar a alienação, através da propriedade coletiva, este artigo destaca como os desafios do mundo real impediram a criação de uma ordem jurídica completamente antialienante. Além disso, o trabalho estende a discussão às preocupações modernas do trabalho, incluindo a economia gig, a automatização e as políticas neoliberais do trabalho, demonstrando como as críticas marxistas do trabalho permanecem relevantes, na bolsa de estudos jurídica contemporânea. Os achados sugerem que estruturas legais, inspiradas pelo pensamento marxista, muitas vezes não conseguiram dar pleno poder aos trabalhadores, levantando questões sobre a viabilidade das políticas antialienação, nos sistemas socialistas de trabalho.

Abstract in English:

Abstract: Karl Marx’s critique of labor alienation remains a central theme in discussions on the exploitation of workers in capitalist societies. This study examines how socialist states - the Soviet Union, China and Cuba - attempted to institutionalize Marxist labor theory into their legal frameworks, focusing on collective ownership, the abolition of private property and labor relations. By employing a hermeneutic comparative analysis, this paper explores the contradictions between Marxist ideals and their practical application in socialist legal systems, particularly how bureaucratic structures and political interference shaped labor policies. While Marx’s theory provides a theoretical foundation for eliminating alienation through collective ownership, this study highlights how real-world challenges hindered the creation of a fully anti-alienating legal order. Furthermore, the paper extends the discussion to modern labor concerns, including the gig economy, automation and neoliberal labor policies, demonstrating how Marxist critiques of labor remain relevant in contemporary legal scholarship. The findings suggest that legal structures, inspired by Marxist thought, often failed to fully empower workers, raising questions about the viability of anti-alienation policies in socialist labor systems.

Abstract in Portuguese:

Resumo: Os leques de exportação da Dinastia Qing resultaram de trocas culturais dos séculos 18 e 19, entre o Oriente e o Ocidente. Sua singularidade deriva do desenvolvimento de uma cultura de arte focada na exportação, durante as dinastias Ming e Qing, e do advento do comércio Leste-Oeste, na era da globalização. Esses leques misturam significado cultural e comercial, justificando uma pesquisa extensa. Este trabalho emprega um método de revisão da literatura e observação, utilizando-se da forma estética concernente ao conceito filosófico como sua lógica básica, para analisar visualmente uma gama de fãs de exportação. A pesquisa estética cultural está mudando da intersubjetividade para a interculturalidade. A estética visual, na filosofia cultural, mantém a universalidade, agora expressa como universalidade intercultural, sugerindo que a pesquisa chinesa está se movendo para uma perspectiva de filosofia cultural, indicando uma evolução necessária na estética visual.

Abstract in English:

Abstract: The Qing Dynasty export fans resulted from 18th and 19th-century East-West cultural exchanges. Their uniqueness stems from the development of an export-focused art culture during the Ming and Qing dynasties and the advent of East-West trade in the globalization era. These fans blend cultural and commercial significance, warranting extensive research. This paper employs a literature review and observational method, with “From aesthetic form to philosophical concept as its core logic, to visually analyze a range of export fans”. Cultural aesthetics research is shifting from inter-subjectivity to inter-culturality. Visual aesthetics in cultural philosophy maintain universality, now expressed as inter-cultural universality, suggesting that Chinese research is moving towards a cultural philosophy perspective, indicative of a necessary evolution in visual aesthetics.

Abstract in Portuguese:

Resumo: Este artigo discute o papel-chave da filosofia oriental na formação de conceitos estéticos contemporâneos e revela sua influência na criação artística. A sabedoria oriental persegue a paz interna, inspirando artistas a quebrar os arcos da tradição e a explorar novas formas e expressões de arte. Através de pesquisas profundas sobre a filosofia oriental, este texto fornece uma nova perspectiva para se reexaminar a relação entre natureza e beleza, salientando que a natureza não só tem atributos materiais, mas também carrega estética profunda e significado da vida. Por meio de exemplos, este trabalho mostra a incorporação concreta da ideia taoísta da “unidade do céu e do homem” em artes visuais, como pintura e escultura. Foi descoberto que o conceito de “unidade do céu e do homem”, na filosofia oriental, é a força principal da liberdade estética na criação de arte contemporânea. Ele revela como a filosofia oriental forma profundamente a prática artística, propicia visões únicas na interação entre filosofia e arte, e estabelece uma sólida base para pesquisa em campos relacionados.

Abstract in English:

Abstract: This article discusses the key role of Eastern philosophy in the formation of contemporary aesthetic concepts and reveals its influence on artistic creation. Oriental wisdom pursues inner peace, inspiring artists to break the shackles of tradition and explore new art forms and expressions. Through in-depth research on Eastern philosophy, this article provides a new perspective for re-examining the relationship between nature and beauty, pointing out that nature not only has material attributes, but also carries deep aesthetics and life meaning. Through examples, this article shows the concrete embodiment of the Taoist idea of “unity of heaven and man” in visual arts, such as painting and sculpture. It was discovered that the concept of “unity of heaven and man”, in Eastern philosophy, is the core driving force of aesthetic freedom in contemporary art creation. It reveals how Eastern philosophy profoundly shapes artistic practice, provides unique insights into the interaction between philosophy and art, and lays a solid foundation for research in related fields.