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Open-access Fisioterapia em Movimento

Publication of: Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Area: Health Sciences ISSN online version: 1980-5918

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Fisioterapia em Movimento, Volume: 38, Published: 2025
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Fisioterapia em Movimento, Volume: 38, Published: 2025

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ORIGINAL ARTICLE
Respiratory and functional outcomes in post-hospitalized COVID-19 patients Americano, Caroline Valle Oliveira, Cristino Carneiro Miranda, Yuri Augusto de Sousa Cabral, Leandro Ferracini Reboredo, Maycon Moura Malaguti, Carla José, Anderson

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução A COVID-19 é uma doença com manifestações sistêmicas que podem resultar em sequelas respiratórias e funcionais. Compreender essas consequências é importante para desenvolver estratégias preventivas e reabilitadoras eficazes. Objetivo Avaliar as repercussões respiratórias e funcionais a curto e longo prazo após a hospitalização por COVID-19. Métodos Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e multicêntrico, que avaliou indivíduos após hos-pitalização por COVID-19 aos 15, 90 e 180 dias após a alta hospitalar. As avaliações utilizadas foram: espirometria, pressão inspiratória máxima (PIM), escala de dispneia mMRC, teste de degrau de seis minutos (TD6), força de preensão manual, teste senta e levanta de 30 segundos (TSL30) e atividade física na vida diária. Resultados Sessenta e cinco participantes (54,8 ±12,5 anos, 54% homens) foram avaliados aos 15, 90 e 180 dias após a alta hospitalar, apresentando, respectivamente: capacidade vital forçada (CVF): 67,6 ± 25,4%, 76,7 ± 20,5% e 70,1 ± 22,6% do previsto; PIM: 77,4 ± 49,8%, 76,5 ± 48,8% e 84,0 ± 54,1% do previsto; mMRC: 2,0 (0,0 – 3,0), 1,0 (0,0 – 2,5) e 1,0 (0,0 – 3,0) pontos; TD6: 70,7 ± 25,9%, 80,2 ± 29,8% e 84,8 ± 31,3% do previsto; TSL30: 61,3 ± 23,8%, 65,6 ± 19,5% e 71,7 ± 20,0% do previsto; força de preensão manual: 101,3 ± 40,1%, 99,8 ± 35,5% e 101,7 ± 31,2% do previsto; nível de atividade física: 23,1%, 10,8% e 23,1% dos participantes eram sedentários. Conclusão Indivíduos pós-hospitalização por COVID-19 apresentam dispneia persistente, reduções na CVF, PIM, capacidade funcional, força muscular periférica e baixos níveis de atividade física. Cento e oitenta dias após a alta hospitalar, ainda foram observados dispneia, redução da CVF, força muscular periférica e baixos níveis de atividade física.

Abstract in English:

Abstract Introduction I COVID-19 is a disease with systemic manifestations that can result in respiratory and functional sequelae. Understanding these consequences is crucial for developing effective preventive and rehabilitative strategies. Objective To assess the short- and long-term respiratory and functional repercussions following hos-pitalization for COVID-19. Methods This observational, longitudinal, multicenter study evaluated individuals post-hospitalization for COVID-19 at 15, 90, and 180 days post-hospital discharge using the follow-ing measures: spirometry, maximal inspiratory pressure (MIP), mMRC dyspnea scale, six-minute step test (6MST), handgrip strength, 30-second sit-to-stand test (30sSTS) and physical activity in daily life. Results Sixty-five participants (54.8 ± 12.5 years, 54% male) were assessed at 15, 90, and 180 days post-hospital discharge. The results showed, respectively: forced vital capacity (FVC): 67.6 ± 25.4%, 76.7 ± 20.5%, and 70.1 ± 22.6% predicted; MIP: 77.4 ± 49.8%, 76.5 ± 48.8%, and 84.0 ± 54.1% predicted; mMRC: 2.0 (0.0 – 3.0), 1.0 (0.0 – 2.5), and 1.0 (0.0 – 3.0) points; 6MST: 70.7 ± 25.9%, 80.2 ± 29.8%, and 84.8 ± 31.3% predicted; 30sSTS: 61.3 ± 23.8%, 65.6 ± 19.5%, and 71.7 ± 20.0% predicted; handgrip strength: 101.3 ± 40.1%, 99.8 ± 35.5%, and 101.7 ± 31.2% predicted; physical activity: 23.1%, 10.8%, and 23.1% of participants were sedentary. Conclusion Individuals post-hospitalization for COVID-19 exhibited persistent dyspnea, reductions in FVC, MIP, functional capacity, peripheral muscle strength, and low levels of physical activity. Dyspnea, reduced FVC, peripheral muscle strength, and low physical activity levels persisted even 180 days post- discharge.
ORIGINAL ARTICLE
Telerehabilitation exercise program in pediatric kidney transplant patients: clinical trial protocol Carbonera, Raquel Pinto Luft, Amanda Alves Sobotyk, Ana Clara Recoba, Karolayne de Lima Garcia, Clotilde Druck Lukrafka, Janice Luisa

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução O transplante renal pediátrico é uma importante opção terapêutica para melhorar a expectativa e a qualidade de vida dessa população. Entretanto, vários aspectos relacionados à funcionalidade de crianças com doença renal crônica não são totalmente recuperados após o procedimento. Programas de exercício físico via telerreabilitação podem ser uma alternativa para auxiliar nesse sentido. Objetivo Apre-sentar o protocolo de um ensaio clínico randomizado que visa avaliar o efeito de um programa de exercício físico realizado através de telerreabilitação de crianças e adolescentes transplantados renais. Métodos Trata-se do protocolo de um ensaio clínico randomizado. Pacientes pós-transplante renal com idade entre 6 e 18 anos, randomizados em grupos intervenção (GI) e grupo controle (GC), serão acompanhados via telerreabilitação por seis semanas. O GI realizará exercícios guiados por meio de videochamada previamente agendada. O GC também receberá videocha-mada e realizará exercícios ventilatórios. O desfecho primário é a capacidade de exercício. Os desfechos secundários são qualidade de vida, força muscular periférica e perfil inflamatório e bioquímico. Discussão Dado o descondicionamento físico encontrado nesta população, um programa de exercício físico pode auxiliar no processo de reabilitação após o procedimento. Além disso, será possível verificar se a ferramenta de telerreabilitação é uma estratégia válida para esta abordagem.

Abstract in English:

Abstract Introduction Pediatric kidney transplantation is an im-portant therapeutic option to improve life expectancy and quality of life in this population. However, several aspects related to the functionality of children with chronic kidney disease are not fully recovered after the procedure. Telerehabilitation exercise programs can be an alternative to help in this regard. Objective Outlines the protocol of a clinical trial that aims to evaluate the effect of a telerehabilitation exercise program on the physical conditioning of children and adolescents with kidney transplants. Methods This is a protocol of a randomized clinical trial. Post-kidney transplant patients aged 6-18 years, randomized into intervention group (IG) and control group (CG), will undergo follow-up via telerehabilitation for six weeks. The IG will perform guided exercises through a previously scheduled video call. The CG will also receive a video call and perform simple ventilation exercises. The primary outcome is exercise capacity. The secondary outcomes are quality of life, peripheral muscle strength, and inflammatory and biochemical profile. Discussion Given the physical deconditioning found in this population, an exercise program may help in the rehabilitation process after the procedure. In addition, we will be able to verify if a telerehabilitation tool is a valid strategy for this approach.
Original Article
Transversus abdominis activation is similar in healthy and unhealthy individuals Silva, César Augusto Medeiros Lima, Vinicius Batista Medeiros, Yago Costa de Assis, Sanderson José Costa de Macedo, Liane Brito Souza, Clécio Gabriel de

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução: O transverso abdominal parece ser o principal músculo estabilizador das costas e suas disfunções estão associadas ao desenvolvimento de dor lombar. Objetivo: Comparar a ativação do transverso abdominal e a força muscular da coluna lombar entre indivíduos saudáveis autorreferidos, indivíduos com lombalgia inespecífica e indivíduos com hérnia de disco. Métodos: Estudo transversal realizado com indivíduos do sexo masculino divididos intencionalmente em: grupo saudável (GH), grupo lombalgia inespecífica (GLP) e grupo hérnia de disco (GHD). Foram avaliados os desfechos dor, flexibilidade, incapacidade, força muscular das costas e ativação do transverso abdominal. Resultados: Foram selecionados trinta indivíduos. Em relação à ativação do transverso abdominal, 60% do GH teve excelente ativação, enquanto para o LBPG e o HDG foi de apenas 30 e 20%, respectivamente. Contudo, não houve diferenças significativas entre os grupos (p = 0,155). Para força, tanto o LBPG quanto o GHD foram diferentes em relação ao GH (p = 0,028 e p = 0,045, respectivamente). Conclusão: A ativação do transverso abdominal parece ser semelhante entre indivíduos saudáveis, indivíduos com dor lombar inespecífica e aqueles com hérnia de disco. Indivíduos com hérnia de disco, porém, apresentaram menos força e maior incapacidade.

Abstract in English:

Abstract Introduction: The transversus abdominis seems to be the key stabilizing muscle of the back, and its dysfunctions are associated with the development of low back pain (LBP). Objective: To compare the activation of the transversus abdominis and back muscle strength between self-reported healthy individuals, individuals with non-specific LBP, and individuals with disc herniation. Methods: This is a cross-sectional study carried out with male individuals intentionally divided into: healthy group (HG), non-specific LBP group (LBPG), and herniated disc group (HDG). The outcomes evaluated were pain, flexibility, disability, back muscle strength and transversus abdominis activation. Results: Thirty individuals were selected. Regarding the activation of the transversus abdominis, 60% of the HG had excellent activation, while for the LBPG and HDG it was only 30 and 20%, respectively. However, there were no significant differences between groups (p = 0.155). For strength, both the LBPG and the HDG were different compared to the HG (p = 0.028 and p = 0.045, respectively). Conclusion: The activation of the transversus abdominis seems to be similar between healthy individuals, individuals with non-specific LBP, and those with disc herniation. However, individuals with a herniated disc had less strength and greater disability.
ORIGINAL ARTICLE
Manometric scale of pelvic floor muscles strength in prostatectomized men Fernandes, Ana Paula Dantas Zaidan, Patrícia Silva, Elirez Bezerra

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução: Avaliações da contração muscular tornam-se necessárias para otimizar alvos terapêuticos e controlar a evolução da reabilitação da perda urinária por esforço. A palpação digital, em conjunto com o perineômetro, é confiável para requisitos científicos. No entanto, a ausência de valores de referência no manômetro afeta a leitura dos resultados da avaliação. Objetivo: Desenvolver uma escala de classificação para manometria da força muscular do assoalho pélvico (FMAP) em homens prostatectomizados. Métodos: Realizouse um estudo transversal no Departamento de Fisioterapia do Hospital dos Servidores (Rio de Janeiro, Brasil). Foram avaliados um total de 100 pacientes, com idade entre 51 e 78 anos, submetidos à prostatectomia radical retropúbica. Um especialista realizou o teste usando um perineômetro. Os dados de FMAP foram coletados e classificados de acordo com os resultados. Uma escala avaliada foi desenvolvida. Resultados: Distribuição normal (KS d = 0,13; p = 0,10). Remoção de nove outliers. A medida da FMAP de 91 participantes foi de 56,4 ± 33 cmH2O. A partir desses resultados, desenvolveuse a escala manométrica da FMAP, sendo: excelente (acima de 123 cmH2O), muito boa (de 90 a 122 cmH2O), boa (de 57 a 89 cmH2O), regular (de 24 a 56 cmH2O) e insuficiente (abaixo de 23 cmH2O). Conclusão: O método desenvolvido tem vantagens: eliminar o erro do preditor e preencher as lacunas entre as categorias em que a força muscular do assoalho pélvico não é dividida em níveis de graduação.

Abstract in English:

Abstract Introduction: An assessment of muscle contraction is necessary to optimize therapeutic targets and control the evolution of stress urinary incontinence rehabilitation. Digital palpation in conjunction with perineometer are reliable for scientific requirements. However, the absence of reference values in manometer affects reading the assessment results. Objective: To develop a classification scale for manometry of pelvic floor muscle (PFM) strength in prostatectomized men. Methods: A cross-sectional study was conducted at the Department of Physiotherapy at Hospital dos Servidores (Rio de Janeiro, Brazil). We evaluated a total of 100 patients, aged 51 to 78 years, who undergone radical retropubic prostatectomy. An expert performed the test using a perineometer. PFM strength data were collected and classified according to results. An evaluated scale was developed. Results: The Normal distribution of the PFM strength was estimated by use of Kolmogorov-Smirnov test (KS d = 0.13; p = 0.10). Removal of nine outliers. The measurement of PFM strength of 91 participants was 56,4 ± 33 cmH2O. From these results, the manometric scale of the PFM strength was developed: excellent (above 123 cmH2O), very good (from 90 to 122 cmH2O), good (from 57 to 89 cmH2O), regular (from 24 to 56 cmH2O), and insufficient (below 23 cmH2O). Conclusion: The method developed has advantages: to eliminate predictor error, and to bridge the gaps among categories where PFM strength is not divided into grade levels.
ORIGINAL ARTICLE
Presence of home fall risk factors, fall perception, and fear of falling in older adults: a cross-sectional study Lyra, Caroline Rodrigues Silva, Eduardo Quadros da Lima, Leidiane Aparecida Santos, Eduarda Patrono dos Nascimento Júnior, José Roberto Andrade do Oliveira, Daniel Vicentini de

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução: Preocupações com quedas domiciliares, percepções de queda e medo associado tornam-se essenciais para compreender os desafios enfrentados pelos idosos brasileiros e informar estratégias de prevenção e intervenção. Objetivo: Investigar a associação da presença de fatores de risco domiciliares com variáveis sociodemográficas, de saúde, percepção de quedas e medo de cair em pessoas idosas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com 201 idosos de ambos os sexos, residentes no sul e sudeste do Brasil. Utilizou-se um questionário de perfil sociodemográfico e de saúde, o Falls Risk Awareness Questionnaire (FRAQ-Brasil), um questionário de percepção de risco dentro do domicílio e a Falls Efficacy Scale-International (FES-I-BRASIL). Os dados foram analisados pelo teste qui-quadrado, regressão logística binária e teste Hosmer-Lemeshow (p < 0,05). Resultados: Notou-se maior proporção de idosos com menor nível de escolaridade, menor renda mensal e da região sul do país com mais fatores de risco domiciliares (p < 0,05). Destacou-se maior proporção de idosos com percepção de saúde boa, que praticam exercício físico e que não reportaram ter osteoartrite com menos fatores de risco domiciliares (p < 0,05). Evidenciou-se maior proporção de idosos com menor medo de cair com menos fatores de risco domiciliares para quedas (p <0,05). Os idosos analfabetos, com ensino fundamental incompleto, que não utilizam ou utilizam um ou dois medicamentos e com maior renda apresentaram mais chances de possuírem mais de oito fatores de risco para quedas no domicílio. Conclusão: Os resultados deste estudo destacam a importância da educação, renda e localização geográfica na identificação dos fatores de risco de quedas em casa entre idosos.

Abstract in English:

Abstract Introduction: Concerns regarding home falls, perceptions of falling, and associated fear are essential to understanding the challenges faced by older adults and to inform prevention and intervention strategies. Objective: To investigate the association of home fall risk factors with sociodemographic, health-related, perception of falls, and fear of falling variables in older adults. Methods: A cross-sectional study was conducted with 201 older adults of both sexes residing in South and Southeast of Brazil. A sociodemographic and health profile questionnaire, the Falls Risk Awareness Questionnaire (FRAQ-Brazil), a questionnaire on perception of home fall risk, and the Falls Efficacy Scale-International (FES-I-Brazil) were utilized. Data were analyzed using the chi-square test, binary logistic regression, and Hosmer-Lemeshow test (p < 0.05). Results: A higher proportion of older adults with lower levels of education, lower monthly income, and from the southern region of the country were noted to have more home fall risk factors (p < 0.05). A higher proportion of older adults with good perceived health engaged in physical exercise, and without reported osteoarthritis were highlighted to have fewer home fall risk factors (p < 0.05). A higher proportion of older adults with less fear of falling were evidenced to have fewer home fall risk factors (p < 0.05). Illiterate older adults, those with incomplete primary education, nonusers or light users of medication, and those with higher income were found to have higher odds of having more than eight home fall risk factors. Conclusion: The results of this study emphasize the importance of education, income, and geographical location in identifying home fall risk factors among older adults.
ORIGINAL ARTICLE
Time spent in different body positions is associated with functional performance in critically ill patients: a prospective study Peso, Claudia Neri Fu, Carolina Lunardi, Adriana Claudia Annoni, Raquel Schujmann, Debora Stripari

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução: Pacientes criticamente enfermos são expostos à imobilidade. Pacientes críticos passam mais tempo em repouso no leito e os efeitos fisiológicos podem impactar a capacidade funcional. Mobilidade e posturas elevada têm sido encorajadas para esses pacientes. Poucos estudos mediram objetivamente quanto tempo os pacientes passam deitados, sentados ou em pé durante a internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e se há associação com desfechos funcionais. Objetivo: Avaliar o tempo que os pacientes passam deitados, sentados e em pé durante a internação em UTI e sua associação com o status funcional na alta da UTI. Métodos: Trata-se de um estudo observacional prospectivo que incluiu 161 pacientes maiores de 18 anos, internados em UTI, que apresentaram escore de índice de Barthel = 100 pontos antes da hospitalização. Um acelerômetro foi usado para avaliar a mobilidade dos pacientes durante a internação na UTI. As variáveis usadas na análise foram porcentagem de tempo e quantidade de tempo sentado, em pé e deitado. A funcionalidade dos pacientes foi avaliada usando o índice de Barthel na alta da UTI. Resultados: Os pacientes permaneceram 89% do tempo deitados, 7% sentados e 4% em pé. A idade (OR = 1,08; IC95% 1,04 – 1,13) e o percentual de tempo deitado (OR = 1,1; IC95% 1,04 – 1,17) foram fatores independentes para dependência funcional. O tempo em pé (OR = 0,76; IC95% 0,66 – 0,88) foi associado à manutenção da funcionalidade. Conclusão: Há associação entre tempo em repouso no leito e pior estado funcional na alta da UTI. Por outro lado, o tempo em pé foi fator de proteção para dependência funcional.

Abstract in English:

Abstract Introduction: Critically ill patients are exposed to immobility. Critical patient spend more time in bed rest and the physiologic effects can impact on functional capacity. Mobility and high posture have been encouraged for these patients. Few studies have objectively measured how long patients spend lying, sitting or standing during intensive care unit (ICU) stay and if there is association with functional outcomes. Objective: To evaluate the time patients spend lying, sitting and standing during ICU stay and its association with status functional at ICU discharge. Methods: This was a prospective observational study that included 161 patients older than 18 years, admitted to the ICU, who presented Barthel index score = 100 points before hospitalization. An accelerometer was used to assess patient’s mobility during the stay in ICU. The variables used in the analysis were percentage of time and amount of time in sitting, standing and lying down. The patient’s functionality was assessed using the Barthel index at ICU discharge. Results: Patients spent 89% of the time lying down, 7% seated and 4% on standing position. The age (OR = 1.08; 95%CI 1.04 – 1.13) and percentage of time lying down (OR = 1.1; 95%CI 1.04 – 1.17) were independent factors for functional dependence. Time in standing (OR = 0.76; 95%CI 0.66 – 0.88) was associated with maintenance of functionality. Conclusion: There is association with time in bed rest and worse status functional at ICU discharge. On the other hand, the time in standing position was a protective factor for functional dependency.
Original Article
Is shoulder posture during work related to neck and shoulder symptoms among cleaners? Santos, Talissa dos Cardoso, Viviane de Freitas Triches, Maria Isabel Gonçalves, Josiane Sotrate Moriguchi, Cristiane Shinohara Sato, Tatiana de Oliveira

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução: Trabalhadoras da limpeza realizam atividades durante o trabalho que podem estar relacionadas ao desenvolvimento de sintomas no ombro e pescoço. Objetivo: Analisar a correlação entre a elevação do ombro durante o trabalho e a presença de sintomas no pescoço e ombros em trabalhadoras da limpeza. Métodos: Os sintomas foram avaliados por meio do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. A elevação do ombro foi registrada durante o trabalho por meio de inclinômetros triaxiais. Os dados foram analisados de forma descritiva e por meio da análise de correlação ponto bisserial. Resultados: Participaram da pesquisa 22 mulheres, trabalhadoras terceirizadas (73%), com média de idade de 44 anos (DP = 11,2), que trabalhavam em média nove horas por dia. A elevação do ombro no trabalho foi associada à presença de sintomas no ombro (rpb = 0,51 e rpb = 0,45 para os percentis 50 e 10, respectivamente) e à porcentagem de tempo em elevação do ombro acima de 30° (rpb = 0,47). Não houve associação entre a elevação do ombro e os sintomas no pescoço. Conclusão: Os resultados indicam a necessidade de reduzir a elevação do ombro em trabalhadoras da limpeza para o controle dos sintomas musculoesqueléticos do ombro.

Abstract in English:

Abstract Introduction: Cleaning workers perform tasks that may be related to the development of shoulder and neck symptoms. Objective: To analyze the correlation between shoulder elevation during work and the presence of neck and shoulder symptoms in cleaning workers. Methods: Symptoms were assessed using the Nordic Musculoskeletal Questionnaire. Shoulder elevation was recorded during work using triaxial inclinometers. Data were analyzed descriptively and via point-biserial corre-lation analysis. Results: The study included 22 women, most of whom were outsourced (73%), with an average age of 44 years (SD = 11.2), working an average of nine hours per day. Shoulder elevation at work was associated with the presence of shoulder symptoms (rpb = 0.51 and rpb = 0.45 for the 50th and 10th percentiles, respectively) and the percentage of time spent with the shoulder elevated above 30° (rpb = 0.47). No association was found between shoulder elevation and neck symptoms. Conclusion: The results highlight the need to reduce shoulder elevation in cleaning workers to manage musculoskeletal symptoms in the shoulder.
REVIEW ARTICLE
Challenges of person-centered care in physiotherapy for chronic pain: A qualitative metasynthesis Vieira, Adriane Sventnickas, Sofia Paiva Mescouto, Karime Araújo, Mariana Moreno de Bertini, Ana Carolina

Abstract in Portuguese:

Resumo Introdução: O cuidado centrado na pessoa (CCP) tem sido recomendado como um modelo adequado para o tratamento de pessoas com dor musculoesquelética crônica (DMC), sendo importante compreender como esse modelo tem permeado a prática clínica na fisioterapia. Objetivo: Investigar como fisioterapeutas compreendem e implementam o CCP no tratamento da DMC. Métodos: Trata-se de uma metassíntese de estudos qualitativos (PROSPERO CRD42021268243) sobre fisioterapeutas, em que o CCP foi considerado no tratamento de pessoas com DMC. O Critical Appraisal Skills Program foi utilizado para a avaliação metodológica dos estudos incluídos e a análise temática indutiva foi utilizada para síntese e construção dos resultados. Resultados: Elementos do CCP estão presentes na avaliação do paciente, havendo reconhecimento da importância de um olhar ampliado do paciente e da necessidade de estabelecer vínculo terapêutico. No entanto, perspectivas divergentes e conflitos em relação a como conduzir a abordagem terapêutica mostraram-se presentes nos estudos, indicando questionamentos e incertezas entre entender as necessidades e preferências dos pacientes e seguir as recomendações das diretrizes clínicas. Conclusão: Fisioterapeutas participantes dos estudos entendem os princípios da CCP como relevantes para a prática clínica e os utilizam de forma consistente na avaliação e construção de vínculo com os pacientes. No entanto, persistem incertezas na condução do tratamento da DMC tendo por referência o CCP, enfatizando a necessidade de mais pesquisas para melhor entendimento das disparidades encontradas nas abordagens terapêuticas e melhor a preparação dos profissionais para administrar o CCP.

Abstract in English:

Abstract Introduction: Person-centered care (PCC) has been recommended as a suitable model for treating people with chronic musculoskeletal pain (CMP), emphasizing the need to understand how this model has permeated clinical practice in physiotherapy. Objective: To investigate how physiotherapists understand and implement PCC in the management of CMP. Methods: This is a metasynthesis of qualitative studies (PROSPERO CRD 42021268243) involving physiotherapists considering PCC in the treatment of individuals with CMP. The Critical Appraisal Skills Program was employed for methodological evaluation of the included studies, and inductive thematic analysis was used for synthesis and result construction. Results: Elements of PCC are present in patient assessment, recognizing the importance of deep patient evaluation and establishing a strong therapeutic bond. However, divergent perspectives and conflicts regarding how to conduct therapeutic approaches were evident in the studies, indicating questions and uncertainties in balancing patient needs and preferences with adherence to clinical guidelines. Conclusion: Physiotherapists participating in the studies understand the principles of PCC as relevant to clinical practice and consistently utilize them in patient assessment and building rapport. However, uncertainties persist in implementing PCC principles in the management of CMP, highlighting the need for further research to better understand the disparities found in therapeutic approaches and enhance professionals' preparedness to administer PCC.
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