Open-access Análise do consumo de água: um estudo de caso no aeroporto de Joinville

Analysis of water consumption: a case study at Joinville airport

Resumo

A preservação da água faz parte de um dos 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Os aeroportos (grandes consumidores de água) podem adotar um plano de eficiência hídrica, com monitoramento contínuo de demanda de água. Esse artigo tem como objetivo analisar o comportamento de consumo de água entre 2016 e 2021 no aeroporto de Joinville, a cidade mais populosa do estado de Santa Catarina e terceira do sul do Brasil. O consumo de água, número de passageiros e indicador de consumo (em litros*passageiros-1) são analisados, considerando as oscilações sazonais, mudança de ramais internos de água para ganho de segurança operacional e comportamento do consumo de água antes e durante a pandemia de Covid-19. Os resultados mostram uma relação inversa entre o número de passageiros e o indicador de consumo de água, além de picos de consumo durante a pandemia. A análise reforça a importância de estratégias como o uso de sistemas sustentáveis e melhorias na eficiência hídrica para mitigar impactos ambientais e atender o crescimento projetado para o setor da aviação.

Palavras-chave
Infraestrutura aeroportuária; Monitoramento de consumo de água; Covid-19

Abstract

The preservation of water worldwide is one of the 17 Sustainable Development Goals established by the United Nations (UN). Airports, as major water consumers, can implement a water efficiency plan, including continuous monitoring of water demand. This article aims to analyze water consumption from 2016 to 2021 at the Joinville airport, located at the most populous city in the state of Santa Catarina and third in southern Brazil. The analysis considers the number of passengers and the per capita water consumption (liters*passenger-1) considering seasonal fluctuations, changes to internal water system for improved operational safety, and water consumption behavior before and during the Covid-19 pandemic. The results reveal an inverse relationship between the number of passengers and the per capita water consumption, with notable consumption peaks during the Covid-19 pandemic. Furthermore, the analysis highlights the importance of adopting sustainable systems and enhancing water efficiency to mitigate environmental impacts and meet the projected growth in the aviation sector.

Keywords
Airport infrastructure; Water consumption monitoring; Covid-19

Introdução

Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento é o sexto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo uma das metas, o aumento da eficiência no uso de água em todos os setores (ONU, 2015). O Brasil, como um dos signatários desses objetivos, também busca assegurar retiradas sustentáveis de recursos hídricos, de forma a evitar a escassez de água. Os aeroportos, por possuírem um consumo expressivo de água em seus diversos usos (Moreira Neto et al., 2012), também devem buscar atingir o uso consciente e mais sustentável da água. No mundo corporativo atual, as atividades econômicas e sociais são direcionadas para a mudança em busca de sustentabilidade econômica, social e ambiental, e diante disso, os operadores aeroportuários estão cada vez mais pressionados pelas partes interessadas (acionistas, clientes, funcionários e sociedade) para avaliar os impactos socioeconômicos e gerenciar as ações de forma sustentável e resiliente (Dimitriou; Karagkouni, 2022).

A aviação brasileira em 2023 movimentou cerca de 112 milhões de passageiros, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC, 2024a). A agência aponta também que o setor aéreo do país está em ascensão, sendo este o melhor resultado após a pandemia de Covid-19, ficando próximo dos valores de 2019. Ao analisar a previsão de passageiros voando em todo o mundo, é esperado que a partir de 2024 o número de passageiros supere os valores de 2019 e continue crescendo conforme previsto antes da pandemia (Airports Council International, 2023). As projeções citadas pelo Airport Council Internacional (2023) indicam que em 2027 o movimento nos aeroportos será aproximadamente 20% maior em relação ao registrado em 2019.

Após a pandemia, está ocorrendo a retomada da movimentação de passageiros e os aeroportos estão enfrentando o desafio de atender a demanda crescente de usuários. Com o aumento no número de passageiros, o consumo de recursos precisa ser gerenciado de maneira integrada. Carvalho et al. (2013) coletaram dados do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, e verificaram que o consumo de água potável se manteve sem muitas alterações de 2001 a 2010, apesar do crescimento no número de passageiros. Os autores mencionam iniciativas para promoção da conservação da água, como a instalação de torneiras com limitadores de vazão, mictórios sem uso de água e a redução do uso de água potável.

Diante da necessidade da promoção da eficiência no uso da água, a gestão sustentável é um elemento-chave nas políticas e práticas ambientais e de sustentabilidade (Baxter, 2022). Uma das práticas para redução de consumo é a implantação de um programa de uso racional da água, a partir de uma avaliação sistemática e contínua dos consumos dos diversos setores em que a água é utilizada (Carvalho et al., 2013). Com a gestão das informações de consumo de água com medições em cada área, é possível realizar o controle da demanda, de modo a investigar consumos que estejam com desvios em relação aos padrões estabelecidos. Essa gestão pode permitir que se corrijam vazamentos de forma eficiente. Além disso, em alguns usos finais também é possível a substituição da água potável por meio do aproveitamento da água da chuva ou do reúso da água (Vurmaz; Boyacioglu, 2018). A gestão do uso da água deve considerar aspectos ambiental, econômico, técnico e social, conforme expõem Sousa et al. (2020).

Diversos aeroportos (como o de Sydney, na Austrália, e o de Atlanta, nos Estados Unidos) adotaram iniciativas para promover o uso eficiente da água (Carvalho et al., 2013). Segundo Baxter et al. (2019), as iniciativas de conservação de água promovem a redução do consumo, limitando-o ao estritamente necessário. Assim, a água potável é utilizada apenas para os usos em que é indispensável e fontes alternativas são usadas para fins não potáveis, como o abastecimento de bacias sanitárias, testes de combate a incêndios, limpeza de pavimentos e irrigação dos jardins nas áreas ao redor do aeroporto (Baxter et al., 2018, 2019). Em um aeroporto localizado na Turquia, Vurmaz e Boyacioglu (2018), por meio de medições dos usos finais, perceberam que a irrigação, o sistema de testes de incêndios, as torres de arrefecimento de ar-condicionado e os sanitários do terminal de passageiros representavam uma utilização elevada, com taxas de 23%, 7%, 26% e 20% respectivamente, totalizando 76% do consumo total e que esses usos poderiam ser realizados com água não potável.

Ramakrishnan et al. (2022) destacam a importância de realizar avaliação de benchmarks, com a criação de bancos de dados de informações de relatórios ambientais para comparação dos indicadores de aeroportos, criando referências de modo a melhorar a sustentabilidade das operações aeroportuárias. Ramakrishnan et al. (2022) citam a necessidade do desenvolvimento de ferramentas para avaliar os aeroportos e mencionam a dificuldade da padronização dos dados. Isso mostra que a criação de indicadores para aeroportos é importante pois permite a comparação de resultados e pode trazer melhorias para o setor.

O controle do consumo de água não é visto de forma isolada, mas sim como um componente importante da sustentabilidade. Kilkiş e Kilkiş (2016) consideraram o volume de água para compor indicadores de sustentabilidade em aeroportos, analisando esses parâmetros em nove aeroportos, escolhidos por serem os mais bem avaliados e mais movimentados do mundo. Os 25 indicadores formulados pelos autores avaliam diversas áreas da sustentabilidade em 5 dimensões: serviços e qualidade; consumo e geração de energia; emissões de CO2 e plano de mitigação; gestão ambiental e biodiversidade; atmosfera e transporte de baixa emissão. O volume consumido de água é um dos indicadores avaliados na dimensão que trata da gestão ambiental e biodiversidade. Segundo Kilkiş e Kilkiş (2016), todos os aeroportos analisados possuem certificação ISO 14001, que fornece diretrizes para reduzir o uso de água. O volume de água consumido por ano variou entre 437 mil m3 (no aeroporto de Londres Heathrow) e 1,7 milhões de m3 (no aeroporto de São Francisco). Com os dados de captação de água e número de passageiros apresentados por Kilkiş e Kilkiş (2016) foi possível calcular os indicadores de consumo de água, que variaram entre 6,06 e 44,06 litros*passageiros-1.

Vurmaz e Boyacioglu (2018) fizeram um levantamento junto aos administradores de aeroportos pelo mundo e obtiveram valores do indicador de consumo de água que variaram de 9,4 a 43 litros*passageiros-1. Carvalho et al. (2013) analisaram dados em aeroportos brasileiros em 2010 e 2011 e a maior parte dos valores se concentrou no intervalo de 23 a 40 litros*passageiros-1, com exceção do aeroporto de Manaus, no Amazonas, e do Galeão, no Rio de Janeiro, que apresentaram valores acima de 80 litros*passageiros-1, bem como do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que apresentou valor próximo de 10 litros*passageiros-1.

É importante destacar, no entanto que os padrões de consumo de água sofreram alterações em edificações de diversas tipologias durante a pandemia Covid-19. Para o enfrentamento da pandemia, as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram que os pontos de entrada do País devessem seguir o Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Como medida de enfrentamento da Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) construiu diversas resoluções sobre a detecção dos casos, o uso de equipamentos de proteção individual e resposta a esses eventos. Uma das medidas de enfrentamento da Covid-19 e de interesse desse estudo foi a intensificação dos procedimentos de limpeza e desinfecção dos ambientes (Carvalho, 2020). O Protocolo para Detecção e Atendimento de Casos Suspeitos de Covid-19 em Portos, Aeroportos e Fronteiras informa que compete à administração aeroportuária a implementação dos procedimentos de limpeza e desinfecção para cada caso suspeito no solo do aeroporto (Anvisa, 2020). A limpeza e a desinfecção devem ser realizadas seguindo as instruções descritas na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 56, na qual as etapas exigem o uso de água (Anvisa, 2008).

Assim, é relevante analisar o consumo de água em aeroportos, considerados como grandes consumidores de recursos hídricos no ambiente urbano. Também é crucial verificar os impactos da pandemia de Covid-19 no consumo de recursos nas instalações aeroportuárias para preparar a sociedade para o enfrentamento de outras situações desafiadoras no futuro. De modo a contribuir com o tema, este artigo tem por objetivo apresentar o consumo de água no aeroporto de Joinville nos anos de 2016 a 2021, analisando o comportamento de consumo mensal de água nos períodos pré-pandemia e durante a pandemia de Covid-19.

Materiais e métodos

Objeto de estudo e desenho da pesquisa

O aeroporto de Joinville - Lauro Carneiro de Loyola - é nomeado como JOI pela International Air Transport Association (IATA) e como SBJV pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). O aeroporto de Joinville é considerado Classe II pelo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) de número 153 da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC, 2024b) por operar entre 200 mil até 1 milhão de passageiros por ano. Antes da pandemia, o aeroporto recebia cerca de 500 mil passageiros por ano. Em 2020, por conta da pandemia, esse número caiu para 190 mil, e em 2021, para 165 mil passageiros por ano, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero, 2022). Para atender esse público, antes da pandemia, o aeroporto contava com pouco mais de 500 funcionários e durante a pandemia havia cerca de 350 empregados fixos que desempenhavam atividades nos diversos setores aeroportuários. Embora esteja localizado na terceira cidade mais populosa da região Sul, após Porto Alegre e Curitiba, este aeroporto opera exclusivamente voos domésticos.

O aeroporto de Joinville conta com um terminal de passageiros desde 1972 e, ao longo das décadas, passou por ampliações, reformas e modernizações em seus equipamentos (Basseto, 2017). No período de estudo, suas instalações incluíam um terminal de passageiros com cerca de 4000 m², um terminal de cargas, centro administrativo, seção de combate a incêndios e estacionamento para usuários, entre outras áreas. O conjunto de edificações contava com aproximadamente 40 bacias sanitárias, 15 mictórios e 50 torneiras. Na época do estudo, o aeroporto possuía cerca de 15 reservatórios de água potável, com capacidade total de aproximadamente 100 m³ (Infraero, 2022). O aeroporto de Joinville não possuía medidores de consumo de água para mensurar de maneira separada o consumo hídrico potável e não-potável durante o período de estudo. A Figura 1 apresenta as etapas metodológicas desse estudo, orientando a organização e condução da pesquisa.

Figura 1
Desenho da pesquisa

Coleta e análise dos dados

Esta pesquisa baseia-se na análise do consumo de água do aeroporto de Joinville no período de 2016 a 2021, em uma abordagem quantitativa. Além da disponibilidade das informações, o período do estudo foi escolhido devido a sua relevância temporal, que possibilita a análise dos dados e identificação do comportamento do consumo ao longo de 5 anos. A análise do consumo de água do aeroporto de Joinville abrange justamente o período em que houve mudanças físicas da infraestrutura, bem como o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

A pandemia apresentou três ondas de casos no Brasil: a primeira onda foi de 23 de fevereiro a 07 de novembro de 2020; a segunda, entre 8 de novembro de 2020 e 25 de dezembro de 2021; e a terceira onda, de 26 de dezembro de 2021 a 21 de maio de 2022 (Moura et al., 2022). Neste estudo, o consumo de água entre março de 2020 e outubro de 2020 foi considerado como sendo durante a primeira onda da pandemia e o consumo de água entre novembro de 2020 e dezembro de 2021, como sendo durante a segunda onda da pandemia de Covid-19. Para balizar esse estudo foi seguida a linha de outros autores, como Carvalho et al. (2013), Vurmaz e Boyacioglu (2018) e Baxter et al. (2019), que analisaram o comportamento de consumo de água em aeroportos por meio do indicador de consumo (em litros*passageiros-1), que relaciona o consumo de água (em litros) e o número de passageiros conforme Equação 1.

I C = C A p a x Eq. 1

Em que:

IC é o indicador de consumo (em litros*passageiros-1);

CA é o consumo de água no período (em litros); e

pax é o número de passageiros no período.

É importante considerar que o indicador de consumo de água por passageiro neste estudo reflete não apenas o consumo direto, como o uso em sanitários, bebedouros e alimentação, mas também o consumo indireto relacionado às operações do aeroporto. Esse consumo indireto inclui atividades como a limpeza de áreas comuns e sanitários, a manutenção das pistas de pouso e decolagem, o abastecimento de sistemas de resfriamento e testes de combate a incêndio. Assim, o indicador fornece uma visão abrangente do uso total de água, contemplando todas as demandas associadas à presença e ao atendimento de passageiros no aeroporto.

Os dados de consumo de água, número de passageiros e número de aeronaves operando mês a mês no aeroporto de Joinville foram coletados durante o período do estudo, de janeiro de 2016 a dezembro de 2021, junto à Empresa de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero, que administrou o aeroporto até março de 2022. Em março de 2018 ocorreu a reestruturação dos ramais de abastecimento das edificações internas do aeroporto, que visou reduzir o número de hidrômetros com leitura pela companhia de saneamento municipal. Além da redução no número de hidrômetros da concessionária, com essa reestruturação de ramais passou-se a fornecer água para outros usuários que estavam na área operacional do aeroporto, como empresas que operam serviços de manutenção e abastecimento. A alteração, que transferiu a leitura para uma posição externa, fez com que os leituristas não necessitassem acessar a área aeroportuária Federal, o que aumentou a segurança das operações. Desta forma, até março de 2018 os dados correspondem ao somatório de consumo mensal de cinco hidrômetros, sendo que ao final da reestruturação, os dados passaram a ser obtidos a partir da leitura de um hidrômetro. Dada a reestruturação dos ramais, que ocorreu em março de 2018, e os possíveis impactos da pandemia de Covid-19 no consumo de água, a análise dividiu-se em três fases:

  1. fase 1: consumo de janeiro de 2016 a março de 2018;

  2. fase 2: consumo de abril de 2018 a fevereiro de 2020; e

  3. fase 3: consumo de março de 2020 a dezembro de 2021.

Para avaliar a relação entre o indicador de consumo de água e o número de passageiros na série temporal foram calculados os coeficientes de correlação. De acordo com Mukaka (2012), os coeficientes de correlação são usados para avaliar a relação entre pares de variáveis. O coeficiente de correlação de Pearson pode ser usado quando ambas as variáveis apresentarem distribuição normal e é calculado conforme Equação 2 (Mukaka, 2012).

r = Σ i = 1 n x i x y i y Σ i = 1 n x i x ¯ Σ i = 1 n y i y ¯ Eq. 2

Em que:

r é o coeficiente de correlação de Pearson;

x e são as variáveis em análise; e

n é o número de observações.

A normalidade da distribuição dos dados referentes ao indicador de consumo de água e ao número de passageiros foi verificada usando o teste de Shapiro-Wilk (Shapiro; Wilk, 1965). Caso as variáveis não apresentem distribuição normal, pode ser usado o coeficiente de correlação de Spearman, calculado conforme Equação 3 (Mukaka, 2012).

r s = 1 6 Σ i = 1 n d i 2 n n 2 1 Eq. 3

Em que:

rs é o coeficiente de correlação de Spearman;

x e são as variáveis em análise;

di é a diferença dos ranks das variáveis; e

n é o número de observações.

Também foram elaborados gráficos para visualização do comportamento de consumo de acordo com a movimentação de passageiros e aeronaves durante o período, considerando as mudanças sazonais ao longo do ano e as ondas da Covid-19 (Moura et al., 2020). Para verificação da sazonalidade foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (Ollech, 2021). As análises estatísticas foram realizadas no software R (R Core Team, 2023) com interface RStudio (Posit Team, 2024) e pacote seastests (Ollech, 2021). O nível de significância adotado foi de α = 5%.

Resultados e discussão

A Figura 2 apresenta um gráfico comparativo da variação do consumo de água em m³/mês, número de passageiros e de aeronaves no aeroporto de Joinville de 2016 a 2021, mostrando o comportamento do consumo de água antes e durante a pandemia de Covid-19. A média de consumo de água foi de 546,59 m³/mês na Fase 1, de 716,48 m³/mês na Fase 2, e de 654,18 m³/mês na Fase 3, havendo um pico de consumo em dezembro de 2020 com consumo igual a 2078 m³.

A Figura 3 apresenta o indicador de consumo nas Fases 1 e 2. Na Fase 1 a média do indicador de consumo foi de 13,47 litros*passageiros-1 e na Fase 2, de 16,28 litros*passageiros-1. A Fase 3 apresenta média de 935,74 litros*passageiros-1 e devido a características distintas, o indicador de consumo é apresentado em escala logarítmica em base 10 na Figura 4. A Tabela 1 apresenta as estatísticas descritivas do indicador de consumo de água e do número de passageiros nas três etapas do estudo. As medianas do indicador de consumo nas Fases 1, 2 e 3 são, respectivamente, de 12,56, 16,83 e 39,91 litros*passageiros-1. É possível notar que a média do indicador de consumo de água na Fase 3, durante a pandemia de Covid-19, foi influenciada pelos valores discrepantes no período. As estatísticas descritivas (Tabela 1) mostram que houve meses em que o número de passageiros no aeroporto foi menor que 100. Como o indicador de consumo leva em consideração o número de passageiros e este foi reduzido, principalmente nos primeiros meses da pandemia de Covid-19, a avaliação das medianas de consumo é importante. O aumento da mediana do indicador de consumo da Fase 2 para a Fase 3 foi de cerca 237%, enquanto a redução na mediana do número de passageiros foi de 69,7%. Além da redução no número de passageiros, o aumento no indicador de consumo de água se deu também devido à necessidade de desinfecções de superfícies, conforme recomendado no protocolo de detecção e atendimento de casos suspeitos de Covid-19 em Portos, Aeroportos e Fronteiras, que informa que compete à administração aeroportuária a implementação dos procedimentos de limpeza e desinfecção para cada caso suspeito no solo do aeroporto (Anvisa, 2020).

Figura 2
Gráfico comparativo da variação do consumo de água em m³, número de passageiros, número de aeronaves e as ondas da pandemia - Covid-19 no aeroporto de Joinville de 2016 a 2021
Figura 3
Consumo de água (m³) e indicador de consumo nas Fases 1 e 2
Figura 4
Consumo de água (m³) e indicador de consumo (em escala logarítmica em base 10) na Fase 3
Tabela 1
Estatísticas descritivas do indicador de consumo e do número de passageiros

Conforme apresentado na Figura 4, durante a Fase 3, observa-se que o indicador de consumo, na fase anterior com média de 16,28 litros*passageiros⁻¹, atingiu picos de até 10.065,79 litros*passageiros⁻¹, reflexo da queda acentuada no número de passageiros. Observa-se também que os maiores consumos de água ocorreram durante as ondas da pandemia. Com a diminuição no número de passageiros, não houve uma redução proporcional no consumo de água. Isso se deve ao fato de que durante a pandemia, a ANVISA, por meio de suas resoluções, recomendou que os aeroportos adotassem protocolos de limpeza e desinfecção para cada caso suspeito de Covid-19. Essas ações incluíam a desinfecção frequente de superfícies, o que demandou um volume considerável de água (Anvisa, 2020). Esse fato pode explicar os picos no consumo de água durante esse período.

Comparando os dados do indicador de consumo com os de outros aeroportos analisados por diferentes autores, observa-se que, excluindo os valores registrados durante a pandemia, os resultados estão dentro do intervalo do indicador de 9,4 a 43 litros*passageiros-1 identificado por Vurmaz e Boyacioglu (2018). Quando comparados com os aeroportos brasileiros avaliados por Carvalho et al. (2013), os indicadores no período pré-pandemia são menores, pois ficaram abaixo do intervalo de 23 a 40 litros*passageiros-1, ficando com o indicador de consumo acima apenas do aeroporto de Congonhas, que apresenta valores próximos de 10 litros*passageiros-1.

Para o cálculo do coeficiente de correlação entre o indicador de consumo de água e o número de passageiros foi inicialmente verificada a normalidade da distribuição dos dados. Os resultados do teste de Shapiro-Wilk mostraram que os dados do indicador de consumo de água não possuem distribuição normal nos períodos que correspondem às Fases 1 (p-valor = 0,0407) e 3 (p-valor < 0,001). No caso da Fase 2, os dados referentes ao número de passageiros não apresentaram distribuição normal (p-valor = 0,0136). Desta forma, foi calculado o coeficiente de correlação de Spearman entre o indicador de consumo de água e o número de passageiros nas Fases 1, 2 e 3 desse estudo (Tabela 2). Os coeficientes negativos indicam que conforme aumenta o número de passageiros, o indicador de consumo diminui. Os valores dos coeficientes indicam que a correlação é moderada nas Fases 1 e 3 e alta na Fase 2 (Mukaka, 2012). Além disso, os p-valores indicam que as correlações são estatisticamente significativas em todos os períodos de análise.

As Figuras 5 a 7 apresentam gráficos de dispersão entre o número de passageiros e o indicador de consumo de água nas Fases 1 a 3. Assim como na análise de correlação, observa-se que o indicador de consumo de água diminui com o aumento do número de passageiros. Na maior parte dos meses na Fase 2 (Figura 6), quando o número de passageiros por mês foi menor que 45000, o indicador de consumo foi maior que 15 litros*passageiros-1, exceto em dois meses do ano de 2018. Quando o número de passageiros por mês foi maior que 50000, todos os indicadores de consumo de água tiveram valores menores de 15 litros*passageiros-1 na Fase 2. No estudo de Baxter et al. (2018), o consumo per capita se reduziu com o aumento no número de passageiros no aeroporto internacional Osaka’s Kansai no Japão.

Importante considerar que na tipologia residencial (Schleich; Hillenbrand, 2009; Hussien; Memon; Savic, 2016), o consumo per capita de água é inversamente proporcional ao número de usuários, o que pode ser explicado pelos usos compartilhados, como por exemplo para limpeza, quando mais usuários dividem a mesma edificação. No entanto, são poucos os estudos na literatura acerca do consumo da água em aeroportos. Embora exista uma tendência, os diferentes comportamentos ao longo desse estudo sugerem que outras variáveis também influenciam os dados.

Tabela 2
Coeficiente de correlação entre o indicador de consumo e a movimentação de passageiros de 2016 a 2021
Figura 5
Número de passageiros e o indicador de consumo na Fase 1 (janeiro/2016 a março/2018)
Figura 6
Número de passageiros e o indicador de consumo na Fase 2 (abril/2018 a fevereiro/2020)
Figura 7
Número de passageiros e o indicador de consumo (em escala logarítmica) na Fase 3 (março/2020 a dezembro/2021)

Os dados do indicador de consumo variaram ao longo das estações do ano conforme ilustrado nas Figuras 8 a 10. Os resultados do teste de Kruskal-Wallis (p-valor = 0,002) mostram que há sazonalidade na série temporal mensal quando consideradas as Fases 1 e 2. Tanto na Fase 1 como na Fase 2, os valores de indicadores de consumo nos meses de férias escolares de verão são levemente maiores que os do mês de julho, quando tipicamente ocorrem as férias escolares de inverno na cidade. Com relação às variações sazonais, na Fase 1, as médias dos indicadores de consumo nos meses de verão e de inverno foram de 15,32 e 11,73 litros*passageiros-1, respectivamente. O maior consumo de água em meses de temperatura ambiente mais elevada também se repetiu na Fase 2, com médias de indicador de consumo de água iguais a 18,30 e 14,76 litros*passageiros-1 nos meses de verão e de inverno, respectivamente. Na Fase 3, como os valores são muito discrepantes, foi necessário utilizar a escala logarítmica na Figura 10.

Figura 8
Indicador de consumo e as estações do ano na Fase 1
Figura 9
Indicador de consumo e as estações do ano na Fase 2
Figura 10
Indicador de consumo (em escala logarítmica) e as estações do ano na Fase 3

A análise das oscilações sazonais do consumo de água pode auxiliar no planejamento e gestão hídrica, identificando padrões mensais ou anuais de consumo. Isso permite a preparação para períodos de maior demanda, como os meses de alta temporada de viagens, ajustando as estratégias de uso e conservação de água de maneira proativa. Ações como a instalação de equipamentos economizadores de água, aproveitamento de água da chuva, reúso da água, monitoramento de consumo de maneira setorizada e realização de campanhas educativas podem contribuir para a conservação da água. Além disso, o detalhamento dos padrões sazonais possibilita uma comparação mais robusta entre os diferentes períodos de estudo, auxiliando na avaliação da eficácia das ações implementadas, especialmente diante de mudanças estruturais ou eventos atípicos, como a pandemia de Covid-19.

Os aeroportos em geral, incluindo o aeroporto de Joinville, comumente apresentam um elevado consumo de água para atividades essenciais, como abastecimento de ambientes sanitários, resfriamento e testes de combate a incêndios, além da manutenção de áreas comuns (Carvalho et al., 2013). Essa realidade oferece uma oportunidade para a redução do consumo hídrico por meio da adoção de práticas sustentáveis. O aeroporto de Joinville já implementou algumas iniciativas voltadas à economia de água, como o uso de torneiras com fechamento automático e o reúso da água de testes dos Caminhões de Combate a Incêndio (CCI) em um sistema que esteve ativo em todo o período do estudo. Os testes de canhão de CCI são realizados em uma área específica, sendo que esses veículos acionam os canhões de água (frontal e superior) contra um anteparo, que possui grelhas na base para captar a água utilizada nos testes. Próximo da área do anteparo há um conjunto de bombas e mangueiras que permite o retorno da água ao caminhão, possibilitando sua reutilização nos testes posteriores. Essa prática resulta em economia de água, já que os canhões devem ter vazão mínima de água de 0,5 m³/minuto, sendo testados por mais de um minuto e os testes são realizados em todos os veículos a cada troca de turno, que ocorre uma ou duas vezes ao dia (ANAC, 2019). Além disso, no aeroporto de Joinville as vegetações externas são adaptadas ao clima e não necessitam de irrigação, devido ao clima úmido e superúmido da cidade, com curtos períodos de estiagem e sem estação seca, sendo a umidade relativa média anual do ar de 76,04% (Joinville, 2024). Desta forma, com a vegetação adaptada ao clima local, não há utilização de água para essa finalidade.

De acordo com Carvalho et al. (2013), estratégias para reduzir o consumo de água podem incluir as seguintes ações:

  1. monitoramento contínuo e setorizado do consumo, com uso de hidrômetros por atividade ou edificação, o que permite identificar de maneira mais rápida e assertiva possíveis oscilações de consumo;

  2. uso de equipamentos economizadores de água; e

  3. uso de fontes alternativas de abastecimento de água, por meio da implantação de sistemas de aproveitamento de água pluvial e de reúso de água.

Mais uma abordagem para alcançar a eficiência no consumo de água é promover o benchmarking. De acordo com Adler, Ülkü e Yazhemsky (2013), o benchmarking oferece benefícios importantes, pois permite comparar os resultados de diferentes unidades no mesmo setor de negócio. No caso do aeroporto de Joinville, a comparação dos resultados apresentados nesta pesquisa com dados de indicadores de consumo de água de outros aeroportos regionais pode permitir o diagnóstico mais assertivo, sendo uma ferramenta importante para o planejamento e gestão do uso da água. Neste sentido, este estudo busca contribuir para o estado da arte por meio da investigação do consumo de água em uma edificação aeroportuária.

Conclusões

O estudo presente revelou dados relacionados ao comportamento de consumo de água antes e durante a pandemia de Covid-19 no aeroporto de Joinville. Os resultados desse estudo mostram que há relação inversa entre o número de passageiros e o indicador de consumo, além de um aumento expressivo no indicador de consumo de água durante os períodos mais críticos da pandemia, possivelmente devido à intensificação dos protocolos de limpeza e desinfecção e à redução do número de passageiros. A análise sazonal revelou que os meses de verão apresentam um consumo médio superior aos de inverno. Esses achados reforçam a necessidade de aprimoramento das práticas de gestão hídrica nos aeroportos, com investimentos contínuos em tecnologias e monitoramento setorizado do consumo, permitindo uma abordagem mais eficiente e sustentável para atender à demanda do setor.

Embora o aeroporto de Joinville já adote práticas para promover o uso racional da água, como o uso de torneiras com fechamento automático e o reaproveitamento de água de testes de combate a incêndio, não utilize água para irrigação e mantenha seu indicador de consumo abaixo dos valores observados em outros aeroportos brasileiros e dentro dos limites internacionais, ainda há oportunidades para aprimorar esse desempenho. Neste sentido, recomenda-se o monitoramento do consumo de água de maneira contínua e setorizada e o aproveitamento de fontes alternativas de abastecimento de água.

As análises apresentadas neste estudo são importantes não apenas para o aeroporto de Joinville, mas também permitem a comparação com dados de outros aeroportos, que, como grandes centros de movimentação de pessoas, possuem operações complexas e demandam volumes significativos de água. Promover iniciativas para a conservação da água alinha a gestão dos aeroportos às metas de eficiência hídrica estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU na Agenda 2030. Além disso, tais medidas podem reduzir custos e aprimorar a reputação dos aeroportos como infraestruturas responsáveis e comprometidas com o meio ambiente. Considerando que os dados analisados foram fornecidos pela Empresa Brasileira de Infraestrutura, que administrou o aeroporto até março de 2022, sugere-se a realização de nova análise para estudos futuros, abrangendo a sequência de dados mensais sob a gestão da empresa subsequente. Uma limitação da presente pesquisa foi a impossibilidade de aquisição de dados referentes à área construída em cada uma das fases de análise, sendo o cálculo de indicadores de consumo por área construída uma oportunidade para estudos futuros.

Além disso, pesquisas futuras podem avaliar os impactos econômicos das práticas sustentáveis de gestão hídrica, como forma de reforçar a viabilidade financeira na implementação de novas estratégias de otimização do consumo. O aeroporto de Joinville possui equipamentos economizadores de água, além de um sistema de reúso da água de testes dos caminhões de combate a incêndio. No entanto, outras práticas para promoção da conservação da água, como a verificação de vazamentos, o monitoramento setorizado e contínuo do consumo de água, a instalação de outros equipamentos economizadores de água e o uso de fontes alternativas são exemplos de ações que podem ser avaliadas em estudos futuros. Sugere-se também, em estudos futuros, avaliar a necessidade de mudanças em face das projeções climáticas globais, como períodos de seca ou chuvas intensas. Recomenda-se a ampliação do estudo para incluir aeroportos regionais com características semelhantes, a fim de realizar comparações detalhadas e identificar benchmarks. Além disso, a análise pode ser enriquecida com a incorporação de variáveis adicionais, como condições climáticas, eventos locais e o impacto de novas tecnologias para conservação da água. Por fim, estudos futuros também poderão investigar o impacto de ações educacionais e comportamentais para promover o uso consciente da água entre passageiros e colaboradores, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor aeroportuário.

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Editado por

  • Editor:
    Enedir Ghisi

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Abr 2025
  • Data do Fascículo
    Jan-Dec 2025

Histórico

  • Recebido
    26 Nov 2024
  • Aceito
    10 Mar 2025
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