Resumo
Objetivo: Explorar a condição atual da dor e seu manejo em idosos residentes em instituições de longa permanência para idosos na China e analisar os problemas existentes.
Métodos: Este estudo avaliou a condição atual da dor e seu manejo em instituições de longa permanência para idosos na principal área urbana de Xuzhou, China. A coleta de dados ocorreu de junho a outubro de 2023. Entrevistas semiestruturadas qualitativas foram conduzidas com 20 idosos residentes em instituições de longa permanência para idosos, explorando suas experiências de dor, o impacto da dor em suas vidas diárias e suas perspectivas sobre o manejo da dor. Os dados foram analisados usando o método fenomenológico de Colaizzi.
Resultados: Três temas principais emergiram da análise. Os idosos descreveram sua dor como sofrimento, com impacto significativo em suas atividades diárias e bem-estar geral. Eles identificaram várias barreiras ao manejo eficaz da dor, incluindo falta de confiança em profissionais de saúde, apreensão sobre intervenções cirúrgicas e falta de recursos financeiros. Os participantes expressaram a necessidade de estratégias abrangentes e acessíveis de manejo da dor, incluindo medicação apropriada e educação sobre métodos alternativos.
Conclusão: O estudo destaca a carga significativa de dor vivenciada por idosos em instituições de longa permanência para idosos. As barreiras para o manejo eficaz da dor precisam ser abordadas com o aprimoramento da comunicação, educação e suporte financeiro. Além disso, os provedores de saúde devem trabalhar com idosos para desenvolver planos individualizados de manejo da dor que atendam às necessidades e preferências específicas dessa população.
Descritores
Dor; Manejo da dor; Idoso; Casas de saúde; Instituição de longa permanência para idosos
Abstract
Objective: To explore the current status of pain and its management in elderly residents in nursing homes institutions in China and analyze the existing problems.
Methods: This study assessed the current status of pain and its management in elderly care institutions in the main urban area of Xuzhou, China. Data collection occurred from June to October 2023. Qualitative semistructured interviews were conducted with 20 elderly residents of nursing homes, exploring their experiences of pain, the impact of pain on their daily lives, and their perspectives on pain management. Data were analyzed using Colaizzi’s phenomenological method.
Results: Three main themes emerged from the analysis. The elderly described their pain as sufferings, significantly impacting their daily activities and overall well-being. They identified several barriers to effective pain management, including distrust of healthcare professionals, apprehension about surgical interventions, and lack of financial resources. Participants expressed a need for comprehensive and accessible pain management strategies, including appropriate medication and education on alternative methods.
Conclusion: The study highlights the significant burden of pain experienced by elderly individuals in nursing homes. Barriers to effective pain management need to be addressed through improved communication, education, and financial support. Additionally, healthcare providers should work with older adults to develop individualized pain management plans that meet their specific needs and preferences.
Resumen
Objetivo: Estudiar la condición actual del dolor y su manejo en personas mayores residentes en instituciones de larga estadía para ancianos en China y analizar los problemas existentes.
Métodos: Este estudio evaluó la condición actual del dolor y su manejo en instituciones de larga estadía para ancianos en el área urbana principal de Xuzhou, China. La recopilación de datos se llevó a cabo de junio a octubre de 2023. Se realizaron entrevistas semiestructuradas cualitativas con 20 personas mayores residentes en instituciones de larga estadía para ancianos, donde se analizó la experiencia del dolor, el impacto del dolor en su vida diaria y sus perspectivas sobre el manejo del dolor. Los datos fueron analizados con el método fenomenológico de Colaizzi.
Resultados: Surgieron tres temas principales del análisis. Las personas mayores describieron el dolor como sufrimiento, con un impacto significativo en las actividades diarias y en el bienestar general. Identificaron varios obstáculos para el manejo eficaz del dolor, que incluyeron la falta de confianza en profesionales de la salud, el miedo a intervenciones quirúrgicas y la falta de recursos financieros. Los participantes expresaron la necesidad de estrategias amplias y accesibles de manejo del dolor, que incluyen medicación adecuada y educación sobre métodos alternativos.
Conclusión: El estudio resalta la carga significativa de dolor que sufren las personas mayores en instituciones de larga estadía para ancianos. Los obstáculos para el manejo eficaz del dolor deben ser abordados con una mejora de la comunicación, educación y apoyo financiero. Además, los prestadores de salud deben trabajar con las personas mayores para elaborar planes personalizados de manejo del dolor que atiendan las necesidades y preferencias específicas de estas personas.
Descriptores
Dolor; Manejo da dolor; Anciano; Casas de salud; Hogares para ancianos
Introdução
A população mundial está passando por um rápido processo de envelhecimento, com projeções indicando que o número de indivíduos com 80 anos ou mais triplicará até 2050.(1) Essa mudança demográfica representa desafios significativos para os sistemas de saúde globais, como evidenciado por mais de 40% dos idosos com 65 anos ou mais residindo em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), o que ressalta a magnitude dessa questão.(2) Lamentavelmente, os residentes dessas instituições geralmente sofrem maior prevalência de doenças e condições físicas mais precárias, como artrite, reumatismo e lesões nervosas, que podem resultar em dor crônica e distúrbios.(3) Além disso, dores mais severas em muitos locais estão correlacionadas com piores resultados clínicos, particularmente entre os residentes de ILPI. Enfrentar esses desafios é fundamental para salvaguardar o bem-estar e melhorar a qualidade de vida da população idosa em ILPI.(4)
A dor crônica é definida desta forma quando dura mais de três ou seis meses. Para idosos com doença crônica, além do desconforto, sentir dor também afetou sua qualidade de vida e até o efeito de seu tratamento. Pesquisas conduzidas entre idosos residentes em ILPI mostraram que 1/4 deles reclamam de dor de intensidade moderada a insuportável durante o repouso, e quase 45% reclamam de dor moderada a insuportável durante as atividades.(5) Com frequência, os idosos sentiram dor ao se levantar, sentar, deitar na cama ou caminhar, e muitos residentes sentem dor em várias partes do corpo. Estudos mostraram que a dor pode limitar as atividades diárias dos pacientes, afetar seus relacionamentos familiares, deteriorar as funções sociais e causar uma série de distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão.(6) A prevalência de dor foi ainda maior entre os residentes de ILPI, de 48-55%.(2) Na Alemanha, os residentes em ILPI também foram profundamente afetados por problemas de dor, a qual tem prevalência estimada entre 49% e 80% nessa população.(7) Estudos também relataram uma prevalência de dor muito alta entre os residentes de ILPI; 40%-85% dos residentes nessas instituições relataram dor.(8,9)
A dor é inerentemente uma entidade complexa que precisa ser avaliada e tratada. Seu manejo eficaz se revela um desafio clínico e de saúde pública, uma vez que o subtratamento pode levar à incapacidade, enquanto o tratamento excessivo pode levar ao declínio funcional e potencialmente contribuir para a crise de opioides.(10) A dor é um sintoma comum de idosos em ILPI, já que mais de um terço dos residentes se queixaram de sintomas de dor intensa. Ao mesmo tempo, esta condição permaneceu amplamente subtratada, com 34% dos residentes não recebendo nenhum alívio, apesar de reclamarem de sintomas graves/frequentes.(11) Falsas crenças, como a da dor ser uma parte esperada do envelhecimento e da dor ser tolerável sem busca por tratamento médico, também estão presentes. Para piorar a situação, como a maioria dos analgésicos orais foi prescrita no regime “conforme necessário”, os idosos precisavam solicitar alívio da dor a uma enfermeira. Dada a percepção dos idosos da dor ser parte do envelhecimento e a baixa expectativa que têm sobre o seu alívio, eles poderiam hesitar em relatar a dor a uma enfermeira e solicitar analgésicos.(10) Com base nas evidências disponíveis, a questão do tratamento da dor em idosos é particularmente importante.
Um estudo conduzido na China com 2.323 idosos com limitações funcionais físicas descobriu uma alta incidência de dor; 46,1%.(12) Outro estudo conduzido em seis ILPI em Hong Kong revelou uma alta prevalência de dor; 67,9% dos residentes relataram experiências de dor nos três meses anteriores.(13) Esses achados indicam uma alta prevalência de dor entre idosos em ILPI. No entanto, quais são as perspectivas de idosos em ILPI na China sobre suas experiências de dor e o seu manejo? Essa lacuna no conhecimento ressalta a necessidade de mais investigações nesta área. Portanto, o objetivo deste estudo foi explorar a condição atual da dor e seu manejo em idosos residentes em ILPI na China e analisar os problemas existentes. Com isso, podem ser propostas estratégias direcionadas para a redução do nível de dor dos idosos, alívio de seu sofrimento e melhora de sua qualidade de vida.
Métodos
Neste estudo, foi adotada uma abordagem qualitativa para avaliar a atual situação do manejo da dor em ILPI na principal área urbana de Xuzhou, China. As diretrizes do Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ) foram utilizadas para garantir transparência e integridade no relato de achados qualitativos. A aprovação ética para o estudo envolvendo seres humanos foi concedida pelo Comitê de Ética da Xuzhou Medical University (XZHMU-2023622). Todos os participantes assinaram um Termo Consentimento Livre e Esclarecido antes da participação.
Um método de amostragem intencional guiado pelo princípio da saturação de dados foi usado para selecionar e entrevistar 20 idosos residentes em ILPI. Os critérios de inclusão para participação foram: (1) 60 anos idade de ou mais; (2) capacidade de autoexpressar experiências de dor; (3) residência em uma ILPI por pelo menos seis meses, com planos de estadia de longo prazo; (4) consciência e vontade de participar do estudo, conforme evidenciado pelo termo de consentimento livre e esclarecido por escrito. Os critérios de exclusão foram: (1) deficiências mentais, compreensão prejudicada ou distúrbios de comunicação; (2) expectativa de vida estimada de três meses ou menos; (3) em cuidados paliativos; (4) diagnóstico de demência ou diagnóstico atual de câncer; (5) relutância em participar do estudo. A participação foi voluntária, e os participantes poderiam se retirar do estudo a qualquer momento, sem penalidade ou perda de quaisquer benefícios a que tivessem direito.
Este estudo reuniu uma equipe de quatro pesquisadores com experiência diversificada e relevante para o propósito da pesquisa. Os integrantes foram um especialista em manejo de doenças crônicas, um enfermeiro de ILPI, um enfermeiro especialista em tratamento da dor e um estudante de graduação em enfermagem. As perguntas da entrevista foram desenvolvidas com base em uma revisão da literatura e no conhecimento e percepção da equipe de pesquisa. O esboço da entrevista foi refinado a partir dos resultados de pré-entrevistas conduzidas com dois idosos. Durante as entrevistas, a Escala de Categoria Numérica (ECN) foi utilizada para avaliar a situação de dor dos participantes idosos. Esta escala possui 11 pontos, variando de 0 (sem dor) a 10 (pior dor imaginável), e permitiu que os participantes quantificassem sua intensidade de dor. Pontuações mais altas indicaram maior intensidade da dor, fornecendo percepções valiosas sobre as experiências de dor dos idosos.
A coleta de dados ocorreu de junho a outubro de 2023. Antes de cada entrevista, os participantes foram informados sobre o propósito e a importância do estudo e tiveram a confidencialidade garantida. As entrevistas foram conduzidas anonimamente e gravadas em áudio. Para o conforto dos participantes, as entrevistas foram realizadas em ambientes tranquilos, privados e relaxados. Os participantes foram encorajados a expressar livremente seus pensamentos sem interrupção e as entrevistas duraram de 30 a 40 minutos. O gravador de voz iFlytek H1 Pro (Tianjin iFlytek Intelligent Technology Co., Ltd., China) foi usado para gravar as entrevistas nesta pesquisa. As gravações de áudio foram transcritas na íntegra em um documento do Word usando o aplicativo iFLYTEK (Tianjin Science and Technology Co., Ltd., China). As transcrições foram avaliadas durante as entrevistas, com registro da entonação, pausas, expressões faciais e linguagem corporal. Eventual linguagem incoerente e ambígua durante as entrevistas foi traduzida em texto escrito claro e fluente para melhorar a legibilidade. Dois pesquisadores revisaram as transcrições de forma independente. Os documentos transcritos foram posteriormente submetidos aos entrevistados para aprovação, garantindo a autenticidade das informações registradas.
As gravações das entrevistas foram transcritas na íntegra dentro de 24 horas de cada entrevista e analisadas usando o método de análise fenomenológica de Colaizzi.(14) Enraizado na tradição filosófica da fenomenologia, o objetivo deste método é compreender as experiências vividas pelos indivíduos, explorando suas percepções subjetivas e interpretações da realidade. Na abordagem de Colaizzi, o viés do pesquisador é desconsiderado. Há uma imersão no mundo dos participantes, com compreensão das experiências deles a partir de suas perspectivas. A análise envolveu um processo sistemático de repetidas revisões das transcrições, codificação de pontos de vista recorrentes e organização de códigos em temas e subtemas por meio de discussões iterativas com pesquisadores qualitativos experientes. Este processo iterativo permitiu uma compreensão mais profunda das experiências dos participantes e o surgimento de padrões e percepções significativas.
Neste estudo, os pesquisadores revisaram meticulosamente cada transcrição, identificando e codificando palavras-chave e frases relevantes para as questões da pesquisa. Na sequência, foram realizados o exame, reflexão e síntese cuidadosos dessas unidades de significado codificado para desenvolver gradualmente uma estrutura temática preliminar. Cada tema preliminar foi claramente definido e descrito. Posteriormente, por meio de repetidas comparações e análises de temas preliminares similares, as semelhanças e os conceitos abrangentes foram identificados e extraídos, levando a um vocabulário temático conciso e profundamente significativo. Finalmente, todas as estruturas temáticas foram apresentadas aos participantes da pesquisa para verificação, garantindo que a análise refletisse com precisão suas experiências de dor, mantendo a credibilidade dos resultados da pesquisa. O processo de análise deste estudo foi conduzido inteiramente de forma manual. A equipe de pesquisa priorizou o rigor e a profundidade da análise.
Resultados
O estudo incluiu 20 idosos residentes em ILPI com idades entre 76 e 91 anos (idade média: 85), a maioria do sexo feminino (85%). A formação educacional dos participantes era diversa; analfabetos (n = 4), ensino fundamental (n = 7), ensino médio (n = 6) e universidade (n = 1). A maioria dos participantes era viúvo(a) (n = 14) e quatro eram casados. A duração da estadia na ILPI foi variável; cinco eram residentes há menos de um ano, nove por 1-3 anos, dois por 3-5 anos e quatro por mais de cinco anos. Em relação aos níveis de dor percebidos, seis participantes relataram dor intensa, sete relataram dor moderada e sete relataram dor extrema.
Experiência atormentadora
Experiência atormentadora significa que os idosos suportaram sofrimento profundo. A partir da análise dos dados da entrevista, emergiram três subtemas abaixo do tema abrangente: sofrimentos crônicos, impacto nas atividades diárias e uma dor sem fim.
“Sofrimento crônico” foi prevalente entre os idosos que residem em ILPI, caracterizado por suportar dor de várias origens por longos períodos. Os resultados da entrevista revelaram que a dor era altamente prevalente entre os idosos nestas instituições, com queixas frequentes, incluindo dor na região lombar, dor nas pernas e dores de cabeça. A severidade da dor geralmente variou de moderada a grave, persistindo por vários anos, muitas vezes abrangendo mais de uma década ou mesmo décadas. Portanto, nosso estudo ressalta a natureza crônica do sofrimento vivenciado por idosos residentes em ILPI.
As pernas e a cintura doem, relativamente falando, a dor nas costas é grave. Já faz mais de 20 anos, com um grau de cerca de 10 pontos. É dolorido e sempre que chove, fica dolorido. (Ent 5)
Tenho dores nas pernas há décadas, e elas doem todos os dias. É realmente como uma agulhada nelas. Agora ainda tenho dor de cabeça. Tenho dor de cabeça por 24 horas. Também tenho uma hérnia de disco lombar, e minha cintura também está dolorida! (Ent 11)
“Impacto nas atividades diárias” revelou como a dor restringiu significativamente a vida dos participantes idosos. A dor limitou suas atividades físicas, causando limitações e impactando particularmente a sua mobilidade devido à dor prevalente na região lombar das costas e nas pernas. Além disso, a dor sentida à noite frequentemente interrompeu o repouso, levando a distúrbios do sono e até mesmo demandando o uso de medicamentos soníferos. Quase todos os participantes relataram o impacto prejudicial da dor em suas rotinas diárias, ressaltando sua influência generalizada em suas vidas.
Quando dói, não consigo segurar a tigela. Eu me sinto fraco ao caminhar. Não consigo rolar enquanto durmo. (Ent 19)
Normalmente durmo deitado e não consigo rolar. Não consigo mover minha cintura pela manhã. Afeta a caminhada, então agora preciso usar um andador para andar da forma mais suave possível. (Ent 20)
O subtema “uma dor sem fim” destacou a natureza persistente da dor vivenciada pelos idosos residentes, criando uma sensação de desesperança e resignação. Os participantes descreveram uma sensação de estarem presos em um ciclo interminável de dor, sem esperança de alívio. Eles adotaram estratégias de resistência e aceitação, muitas vezes acreditando que sua dor era uma consequência inevitável do envelhecimento e aceitando que não havia soluções prontamente disponíveis. Suas narrativas também revelaram respostas emocionais à sua dor crônica, incluindo choro, medo e uma sensação de desamparo e impotência.
De qualquer forma, não acho que possa mais ser curada, apenas suportar. Conforme as pessoas envelhecem, a dor é assim, e você só consegue suportar por você mesmo, não tem como. (Ent 3)
Eu choro quando dói, eu só choro, eu só posso chorar, senão o que mais posso fazer? Vai ficar tudo bem quando eu morrer. (Ent 14)
Barreiras para o manejo da dor
As barreiras para o manejo da dor se referem aos fatores e razões que impedem o controle eficaz da dor em idosos. Três subtemas emergiram da análise dos resultados da entrevista: (1) falta de confiança, (2) apreensão com a cirurgia e (3) falta de recursos financeiros.
Os idosos no estudo expressaram significativa falta de confiança na capacidade de tratamento eficaz de sua dor crônica pelo sistema de saúde. A percepção deles foi que hospitais e médicos não puderam fornecer soluções ou curas adequadas para suas condições. Os participantes relataram sentir que o manejo ou tratamento de sua dor eram inadequados, levando a uma sensação de desesperança e desconfiança. Eles declararam que a busca por atendimento médico não resultou em soluções eficazes, e alguns inclusive não buscaram mais ajuda profissional pela falta de crença em sua eficácia.
Eles também não têm boas soluções. Eu não sou a única, há várias pessoas que não conseguem curar dores nas pernas e nas costas. (Ent 6)
Médicos e enfermeiros, eles não têm nenhuma orientação, e eu também não procuro por eles. (Ent 4)
Nas entrevistas, alguns idosos expressaram significativa “apreensão com a cirurgia” para suas condições de dor. Preocupações a respeito de potenciais complicações, particularmente o risco de paralisia, foram prevalentes entre os participantes. Eles citaram casos de pacientes que apresentaram paralisia após a cirurgia como um impedimento para buscar tratamento cirúrgico. Além disso, alguns participantes expressaram preocupações a respeito de sua idade e perceberam maiores riscos cirúrgicos associados ao fato de serem idosos.
O osso femoral está dolorido em ambos os lados e está desgastado... exigindo substituição da articulação. Mas ainda assim, não quero fazer isso, tenho medo de possíveis complicações. (Ent 2)
Meu disco intervertebral lombar está saliente e a dor é intensa, e não ouso operar porque tenho medo de paralisia. (Ent 6)
Os idosos no estudo destacaram a significativa “falta de recursos financeiros” associada ao manejo de sua dor crônica. Muitos expressaram preocupações sobre o alto custo de medicamentos, tratamentos e dispositivos, o que limitou seu acesso ao tratamento adequado para alívio da dor. Também expressaram preocupações sobre a acessibilidade de terapias alternativas, como acupuntura e massagem, e o alto custo de adesivos eficazes para alívio da dor. Eles relataram que restrições financeiras frequentemente os forçavam a limitar o uso desses tratamentos ou escolher alternativas mais baratas que podem ser menos eficazes ou causar reações alérgicas.
Seja usando a medicina tradicional chinesa ou medicina ocidental, custa muito dinheiro, e eu não suporto tomar muitos remédios... e o reembolso do plano de saúde é menor. (Ent 5)
O equipamento de fisioterapia funciona um pouco, mas custa mais de 10.000 RMB para comprar um, o que é muito caro para eu pagar. (Ent 20)
Melhor manejo da dor
Melhorar o controle da dor envolve a implementação de medidas aprimoradas pela equipe médica para otimizar o alívio da dor em idosos. Dois subtemas emergiram da análise dos resultados das entrevistas: (1) uso de medicamentos e (2) conhecimento limitado de métodos alternativos.
Nossas entrevistas revelaram que apesar de alguns idosos recorrerem a analgésicos, sua compreensão a respeito do adequado “uso de medicamentos” é limitada. Certos idosos também sentem medo de medicamentos e apreensão sobre os efeitos colaterais potencialmente adversos, apesar da dúvida sobre a natureza específica desses efeitos. Essa apreensão contribui para uma abordagem casual e inconsistente à ingestão de medicamentos. Enquanto um subconjunto de idosos reluta em tomar medicamentos, mesmo na presença de dor intensa, resistindo ativamente ao seu uso, outros idosos tendem a experimentar qualquer medicamento que prometa alívio, independentemente de suas consequências potenciais. Essas observações sugerem que idosos com experiência de dor geralmente vivenciam um cenário complexo e incerto de uso de medicamentos.
Não tomei nenhum medicamento, não tomei analgésicos e ouvi dizer que tomar medicamentos tem efeitos colaterais. (Ent 3).
Quando a dor era forte, tomei cápsulas de celecoxib. Tomei anteontem, mas não tomei ontem. Não ousei comer muito, com medo de qualquer efeito colateral. (Ent 7)
“Conhecimento limitado sobre métodos alternativos” revelou uma lacuna significativa na conscientização entre os residentes idosos a respeito de opções alternativas para alívio da dor que não as da medicação tradicional. Os participantes da pesquisa demonstraram conhecimento limitado e, em alguns casos, ceticismo em relação a abordagens alternativas de manejo da dor, como acupuntura, moxabustão e aplicação de emplastros. Apesar de explorar esses tratamentos, muitos relataram resultados decepcionantes. Enquanto alguns idosos experimentaram alívio temporário com emplastros, o uso prolongado com frequência resultou em reações alérgicas. Além disso, alguns expressaram insatisfação com técnicas com apoio de instrumentos usadas em conjunto com acupuntura e moxabustão, achando-as ineficazes. Essas experiências destacam potenciais limitações de métodos alternativos no tratamento eficaz da dor crônica na população idosa.
Só colei uma vez por vários dias, se uso demais, coça e minhas pernas ficam dessa cor (marrom avermelhado). Acupuntura e moxabustão também não funcionam. (Ent 1)
A aplicação do emplastro pode aliviar temporariamente a dor, mas depois da aplicação, não dá para colocar continuamente, pois foi usado por um longo tempo e pode causar alergias. (Ent 6)
Discussão
Esta pesquisa revelou a prevalência e o impacto da dor entre idosos residentes em ILPI. A dor é descrita como crônica e implacável, interrompendo as atividades diárias e o bem-estar geral. As barreiras ao manejo eficaz da dor incluem falta de confiança em profissionais de saúde, apreensão a respeito das intervenções cirúrgicas e falta de recursos financeiros. Os residentes enfatizam a necessidade de estratégias abrangentes e acessíveis para o manejo da dor, incluindo medicação apropriada e educação sobre métodos alternativos. Esses achados ressaltam a necessidade urgente de intervenções e cuidados compassivos para aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida dos idosos residentes em ILPI.
Neste estudo, surgiu o tema abrangente “experiências atormentadoras”, compreendendo três subtemas distintos. Indivíduos idosos residentes em ILPI suportaram “sofrimentos crônicos” prolongados, com manifestações de dor de várias origens por longos períodos. A pesquisa indicou que a duração média dessa dor foi de 10,26 anos, variando entre um mínimo de quatro meses e um máximo de 30 anos.(15) Uma parcela significativa (20,7%) de idosos no sul do Brasil lutou contra dor crônica nas costas, correlacionando-se com a consciência de saúde, comprometimento da qualidade de vida e sintomas depressivos.(16) Um exame da dor persistente entre idosos revelou condições prevalentes, como osteoartrite e dor nas costas, afetando de forma significativa a região lombar ou pescoço (65%) e regiões musculoesqueléticas (40%).(17) Essa dor persistente restringiu severamente as atividades físicas, impôs limitações significativas à mobilidade e exerceu profundo “impacto nas atividades diárias”. As descobertas da Pesquisa Nacional sobre Envelhecimento Saudável da Universidade de Michigan destacaram que aproximadamente metade das pessoas com dor nas articulações relataram algum grau de limitação em suas atividades habituais (49%), enquanto mais de um terço (36%) notou interferência em suas rotinas diárias.(18) Essas restrições induzidas pela dor permearam vários aspectos da vida diária, contribuíram para maior dependência, pior humor e aumento de sentimentos de solidão, promovendo, em última análise, o isolamento social.(3,19) A pesquisa também indicou que idosos com dor crônica exibiram níveis significativamente mais baixos de atividade física em comparação com aqueles sem dor, e a dor persistente precipitou declínios consideráveis na função física e bem-estar geral ao longo de um período de sete anos,(20) o que está alinhado com as descobertas do presente estudo. Além disso, suportar uma dor implacável pode precipitar a deterioração da saúde mental entre idosos, o que foi expresso como “uma dor sem fim”. A noção generalizada e aceita de ser incapaz de escapar da dor gerou uma sensação de vulnerabilidade psicológica, agravada por sentimentos de fragilidade, solidão, desespero e apreensão a respeito de um futuro incerto.(21) Estudos elucidaram uma ocorrência concomitante e prevalente de dor crônica e depressão entre idosos, sugerindo uma relação bidirecional entre esses fenômenos.(22) Assim, idosos residentes em ILPI são submetidos a sofrimento crônico duradouro. Com o declínio progressivo das funções fisiológicas, a incidência de doenças degenerativas e crônicas entre idosos, como osteoporose, osteoartrite e distúrbios digestivos, tem aumentado. Essas condições afetam de 20% a 36% da população idosa, que comumente apresenta dor como sintoma predominante, exercendo um impacto profundo em sua qualidade de vida.(23) Um resul- tado da entrevista corroborou essas descobertas, com experiências de dor crônica relatadas por quase todos os participantes idosos, particularmente prevalentes entre aqueles que enfrentam dores na região lombar das costas e nas pernas. Consequentemente, as repercussões na atividade física se manifestaram principalmente como dificuldades de locomoção, exacerbadas pela onipresença da dor, que restringiu seus esforços físicos habituais. Além disso, idosos afetados pela dor frequentemente expressaram sentimentos de desamparo, negatividade generalizada e, em alguns casos, desespero pela percepção de falta de perspectivas para o manejo eficaz da dor.
As “Barreiras para o manejo da dor” abrangem vários fatores e razões que impedem o alívio efetivo da dor em idosos. Nossa investigação delineou três barreiras primárias: “falta de confiança” nos profissionais de saúde, “apreensão com a cirurgia” e “falta de recursos financeiros”. Pesquisas ressaltam a prevalência de dor crônica não tratada ou inadequadamente gerenciada em ILPI, parcialmente atribuível à profunda falta de confiança dos idosos nos profissionais de saúde.(24) Estudos indicam que o manejo da dor inadequado em idosos está correlacionado com a percepção de que a dor é um aspecto inevitável do envelhecimento, o que os demove da busca por cuidados médicos.(25) Além disso, os idosos muitas vezes se sentem relegados pelos profissionais de saúde ao expressar sua dor e buscar sua causa raiz, possivelmente pela noção predominante, tanto entre idosos quanto entre os profissionais de saúde, de que a dor é uma consequência inevitável do envelhecimento.(3) Enfermeiros, particularmente em ambientes de assistência médica domiciliar, podem ignorar a expressão da dor, exacerbando a deficiência geral no manejo da dor em ambientes de assistência a idosos.(26) Consequentemente, a desconfiança promove uma perda de confiança na equipe e nos tratamentos entre os idosos que residem em ILPI. “Apreensão com a cirurgia” surge como outra barreira significativa, pois os idosos residentes em ILPI muitas vezes se sentem apreensivos e são avessos a intervenções cirúrgicas por suas percepções de riscos. Apesar dessa relutância, a ausência de métodos alternativos de alívio da dor obriga os idosos a suportar a dor de forma mais passiva. Embora a cirurgia apresente riscos, evitá-la somente com base no medo pode não ser ideal; melhorar a comunicação entre profissionais médicos e idosos pode mitigar tais apreensões. A comunicação direta, evitando terminologias centradas na idade e uma discussão abrangente de riscos versus benefícios podem permitir decisões mais informadas sobre intervenções cirúrgicas para alívio da dor.(27) Notavelmente, a artroplastia total do joelho foi considerada segura e eficaz mesmo em pacientes com idade ≥80 anos, embora com internações hospitalares mais longas e potenciais complicações.(28) Além disso, as restrições financeiras representam um obstáculo substancial ao manejo da dor, pois muitas opções de tratamento não medicamentoso não são cobertas pelos planos de saúde. O fardo financeiro do manejo da dor, seja por meio de medicamentos ou abordagens não medicamentosas, agrava ainda mais os desafios enfrentados por idosos economicamente desfavorecidos em locais que oferecem assistência. Mesmo com o plano de saúde, a exclusão de muitas terapias não medicamentosas da cobertura limita o acesso ao manejo abrangente da dor.(29) O enfrentamento dessas barreiras exige que as instituições de saúde aumentem o reembolso dos tratamentos para a dor em idosos e priorizem a pesquisa sobre tratamento, manejo e prevenção eficazes da dor para aliviar o fardo econômico associado à dor.
Propor “Melhor manejo da dor” é crucial para aumentar o alívio da dor entre idosos. Empregar medicamentos criteriosamente é essencial no controle da dor e requer cuidadosa consideração da dosagem, duração e potenciais efeitos colaterais. Preocupações sobre dependência química são prevalentes entre alguns idosos, fator que complica significativamente o tratamento da dor baseado em medicamentos.(25) Infelizmente, muitos tratamentos para dor de idosos são negligenciados por profissionais de saúde, levando à falta de orientação padronizada sobre medicamentos e automedicação.(30) Idosos com dor crônica e transtornos por uso de opioides enfrentam decisões complexas de tratamento na atenção primária à saúde.(31) Além disso, “Conhecimento limitado sobre métodos alternativos” em ILPI, onde pouco se sabe sobre medidas de alívio da dor além do tratamento medicamentoso, é outra questão preocupante. Medidas não farmacológicas são consideradas particularmente importantes para pacientes idosos pela menor incidência de reações adversas em comparação aos métodos farmacológicos. Quando combinados com estratégias farmacológicas, geralmente trazem maiores benefícios.(32,33) Influenciados pela medicina tradicional chinesa, muitos idosos neste estudo optaram por métodos de fisioterapia para alívio da dor. No entanto, devido ao conhecimento limitado, suas opções também eram limitadas. Atualmente, métodos emergentes de intervenção da dor, como a educação neural da dor, têm se mostrado eficazes para a dor crônica em idosos.(34) Além disso, ILPI e locais que assistem idosos no Brasil frequentemente realizam atividades como levar animais para visitar idosos hospitalizados e apresentações musicais mensais, que são maneiras eficazes de trazer alívio da dor aos pacientes.(35) Para pessoas com crenças religiosas, a intervenção espiritual religiosa também é eficaz na manejo da dor em idosos.(36) Neste estudo, a maioria dos participantes relatou estratégias ineficazes de manejo da dor, pois continuaram a sentir dor em suas vidas diárias. Os idosos precisam do conhecimento e informações necessários para o manejo de sua dor crônica. No trabalho diário, os profissionais de saúde podem avaliar e elaborar estratégias personalizadas de tratamento da dor sem medicamentos com base na condição física e nas preferências dos idosos, ao mesmo tempo em que agregam atividades coletivas mais humanizadas para alívio da experiência de dor dos idosos, em vez de deixá-los decidir quais métodos usar.
Embora este estudo ofereça percepções e conhecimentos valiosos sobre experiências e manejo da dor em ILPI de Xuzhou, tem a limitação de seu foco exclusivo nas perspectivas dos residentes. A ausência da percepção de profissionais de saúde restringe uma compreensão abrangente das práticas de manejo da dor. Além disso, confiar apenas em experiências de dor autorrelatadas pode subestimar a verdadeira prevalência e gravidade da dor devido ao comprometimento cognitivo ou dificuldades de comunicação comuns entre idosos. O confinamento geográfico do estudo a Xuzhou, uma área urbana específica, também limita a generalização dos achados para outros contextos. Apesar dessas limitações, este estudo contribui significativamente para a área ao destacar a necessidade crítica do manejo eficaz da dor em ILPI. As descobertas ressaltam a importância de adaptar as práticas de enfermagem para o atendimento das necessidades de saúde exclusivas de populações idosas, priorizando a avaliação e o manejo da dor dentro de suas estruturas de cuidados. Este estudo é um passo crucial para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de idosos residentes em ILPI.
Conclusão
Este estudo ressalta o profundo impacto da dor crônica na vida de idosos residentes em ILPI. Os achados revelam a natureza generalizada das experiências de dor e seus efeitos prejudiciais no funcionamento diário e no bem-estar geral. Além disso, a identificação de barreiras ao gerenciamento eficaz da dor enfatiza a necessidade urgente de intervenções direcionadas e mecanismos de suporte. No futuro, é fundamental que os provedores e instituições de saúde priorizem o manejo da dor em ambientes de cuidados com idosos, promovendo melhor comunicação, educação e acesso a recursos. Ao adaptar as intervenções às necessidades e preferências individuais, os profissionais de saúde podem melhorar a qualidade de vida dos residentes idosos, mitigando o fardo da dor e promovendo o bem-estar holístico dessa população vulnerável.
Agradecimentos
Este trabalho foi apoiado pelo projeto de financiamento de Filosofia e Ciências Sociais do Jiangsu Provincial Department of Education (NO. 2021SJA1074).
Referências
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Editado por
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Editora Associada
Meiry Fernanda Pinto Okuno, (https://orcid.org/0000-0003-4200-1186), Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
28 Mar 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
-
Recebido
13 Maio 2024 -
Aceito
26 Ago 2024